Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

sábado, março 29, 2008

Mulher morreu em acidente com extintor de incêndio



Em 16 de abril de 2005, na cidade de Uhlenberg em Eltham, sul de Taranaki, Finlândia, um acidente raro em uma empresa transportadora causou a morte a morte de uma mulher, 32 anos, foi atingida na cabeça por um extintor de incêndio em pleno vôo.

Causa
Os especialistas da agência de segurança e saúde ocupacional disseram que a válvula do extintor de incêndio foi danificada quando ele caiu ou foi batido, que ocasionou a descarga repentina do gás em alta pressão e o cilindro rodopiou e então voou como um míssil. O cilindro girou diversas vezes no piso antes de tornar-se um míssil.
O cilindro bateu violentamente na perna de um homem, 54 anos, enquanto estava na terra e a seguir voou como um míssil, batendo na cabeça de uma mulher e colidindo violentamente na parede da oficina. Ela estava caminhando na oficina mecânica quando o acidente ocorreu.

Vítimas
Os paramédicos tentaram salvar a mulher, mas ela morreu na cena do acidente. O coordenador dos paramédicos do distrito de Taranaki, disse que a mulher estava em condição crítica quando os paramédicos chegaram, e a tentaram em vão ressuscitá-la.
O homem, cujos ferimentos foram descritos como moderado, foi encaminhado ao hospital de Hawera para exames.

Inspeção e investigação
O gerente de serviço regional Brett Murray da OSH, disse que ainda não estava claro se o extintor de incêndio caiu ou foi batido . Os inspetores da OSH foram ao local para investigar e entrevistaria as pessoas que testemunharam o acidente nas próximas semanas. "Eles estão em um estado de choque. É uma empresa familiar. Assim estaremos trabalhando quando as pessoas recuperarem do choque e da dor inicial” disse Murray.

Teste
A agência OSH testará o extintor de incêndio.

Inquérito
A polícia, que também está investigando o incidente, disse que foi simplesmente um acidente trágico.

Fonte: The New Zealand Herald – April 17,2005

Comentário:
O risco mais comum associado à pressão envolve o vazamento dos gases. Além disto, quando há uma grande elevação de pressão, provocando a descompressão explosiva na cabeça do cilindro, ele passa a atuar como um míssil desgovernado, que pode causar danos graves e ferimentos sérios às pessoas.

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quinta-feira, março 27, 2008

Incêndio em baterias de lítio


No artigo publicado o alerta é sobre a bateria utilizado em controle de aeromodelismo.

As baterias de lítio estão se tornando muito populares como fonte de energia para controles e sistemas de nossos modelos. Isto é verdade devido à sua grande capacidade de armazenamento de energia comparadas com as baterias de NiCad e outras. Com o aumento de energia, aumentam os riscos na sua utilização. E o principal risco é o incêndio que pode resultar de uma recarga inadequada, danos devido à queda do modelo ou curto-circuito dos elementos. Todos os fornecedores destas baterias alertam seus clientes quanto a estes riscos e recomendam um cuidado extremo no seu manuseio.
Independente disto, muitos casos de incêndio têm ocorrido com o uso de baterias de lítio-polímero (Lipo) ocasionando perda de modelos, automóveis e outras propriedades. Casas, garagens e oficinas também têm sido atingidas.
O incêndio provocado por uma bateria de lítio pode chegar a milhares de graus e pode provocar incêndios espontâneos. O incêndio ocorre devido ao contato do lítio com o oxigênio contido no ar. Não necessita de outra fonte de ignição, ou combustível e pode queimar quase que explosivamente.Estas baterias devem ser manuseadas de forma a evitar estes acontecimentos.

As seguintes recomendações devem ser seguidas:
■Armazene e recarregue as baterias em um dispositivo à prova de incêndio; Nunca no modelo. Recarregue a bateria em um lugar protegido e afastado de combustíveis. Mantenha vigilância constante durante o processo de carregamento da bateria.
■Num caso de acidente, remova os destroços para um lugar seguro e aguarde pelo menos trinta (30) minutos para observação. Células com danos físicos podem romper em fogo, e somente após garantir a segurança, a bateria deve ser rejeitada de acordo com as instruções do fabricante. Nunca tente recarregar uma bateria que tenha sofrido danos físicos, por menor que pareçam.
■Sempre utilize carregadores desenhados para fins específicos, preferivelmente que tenham um ajuste fixo para seu conjunto de bateria. Muitos incêndios ocorrem quando se usam carregadores com ajustes feitos inadequadamente. Nunca tente recarregar uma bateria de lítio com um carregador que não seja o especificado para esta bateria. Nunca utilize um carregador especificado para baterias de NiCad.
■Use carregadores que possuam sistema de monitoramento e controle do estado de cada célula do conjunto. Células desbalanceadas podem ocasionar um desastre caso uma das células seja levada a uma condição de sobrecarga. Se uma ou mais células mostrarem qualquer sinal de aumento de tamanho (inchaço) pare o processo de carga imediatamente e remova as células para um lugar seguro e ventilado pois podem iniciar o fogo.

O mais importante: Nunca deixe uma bateria recarregando durante à noite, sem que esteja sendo observada. Muitos casos de incêndio ocorreram devido a esta pratica.

Não tente montar seu conjunto de bateria usando células individuais. Estas baterias não podem ser manuseadas e recarregadas ocasionalmente como os outros tipos de bateria. As conseqüências desta prática podem ser muito sérias resultando em danos maiores em propriedades e danos físicos nas pessoas.

Fonte: Emergency Safety Alert - Academy of Model Aeronautics

Comentário
Nos últimos anos, com a miniaturização de equipamentos portáteis de lazer ou de trabalho, as baterias têm um valor importante nesses produtos pela capacidade de armazenar energia e como conseqüência fixar a autonomia desses produtos.
A deterioração da bateria, inicia-se quando ela sai da fábrica. Sua vida útil varia conforme o tipo de material químico usado para gerar energia. Mas dificilmente o usuário poderá escolher o tipo de bateria que alimentará o seu aparelho na maioria dos casos, cada produto é compatível com apenas um tipo.
Ainda assim, vale a pena verificar qual o modelo de bateria que será utilizado pelo equipamento portátil que se pretende utilizar. As baterias de lítio estão entre as mais utilizadas atualmente, pois oferecem uma boa sobrevida num espaço compacto. É extremamente importante tomar cuidado com as baterias piratas, que não possuem segurança necessária ou capacidade de armazenagem de energia.
Entretanto, os fornecedores não alertam os consumidores dos riscos existentes das baterias ou na suas recargas, defeitos ou a maneira como os equipamentos são utilizados.
As ocorrências de vítimas devido às explosões de baterias, algumas graves com seqüelas para usuários já foram registradas no Brasil, predominando celulares e alguns casos de pilhas convencionais. Nos USA já houve caso de explosão de bateria em aparelho desfibrilador portátil.

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terça-feira, março 25, 2008

Aberturas – quedas de altura

O vídeo é de treinamento da WorkSafeBC, mostra a importância do planejamento adequado na utilização de guarda-corpo. O vídeo simula uma situação potencialmente perigosa de abertura em obras, que não está protegida adequadamente, que pode provocar acidentes. O responsável pela obra pede para que o trabalhador tenha cuidado na execução do serviço, pois estava próximo a uma abertura desprotegida. E o acidente aconteceu.
O acidente em trabalho em altura é praticamente fatal ou a vitima apresenta seqüelas graves que incapacita para o trabalho.




Comentário
As medidas de proteção de segurança são barreiras cridas para minimizar ou eliminar os acidentes. Durante a execução de serviços diversos fatores estão envolvidos podendo provocar acidentes ou vítimas, tais como;
Ambiente de trabalho
■ quando a equipe de segurança de trabalho não adota procedimentos adequados para efetuar o serviço.
■ quando as etapas das medidas de segurança são inadequadas ou deficientes
Fatores humanos
■ Deficiência de julgamento, erro de avaliação do trabalhador, ele julga que poder efetuar um serviço, sem adotar medidas de segurança.
■ Aspectos psicológicos e indisciplina no trabalho, inclui deficiências de aplicação de comandos, de instrução e de coordenação das medidas de segurança. Às vezes o trabalhador está apenas preocupado na execução do serviço.

O que a norma NR-18 recomenda;
1- Princípio básico de segurança adotada
Onde houver risco de queda é necessária a instalação da proteção coletiva correspondente.
2- Sistemas de proteção coletiva para evitar quedas
Sistema guarda-corpo e rodapé
2.1-Esse sistema destina-se a promover a proteção contra riscos de queda de pessoas, materiais e ferramentas.
2.2-Deve-se constituir de uma proteção sólida, de material rígido e resistente, convenientemente fixada e instalada nos pontos de plataformas, áreas de trabalho e de circulação onde haja risco de queda de pessoas e materiais.
■ Proteção de Aberturas no Piso por Cercados, Barreiras com Cancelas ou Similares
As aberturas no piso, mesmo quando utilizadas para o transporte de materiais e equipamentos, devem ser protegidas por cercado rígido composto de travessa intermediária, rodapé e montantes de características, No ponto de entrada e saída de material o sistema de fechamento deve ser do tipo cancela ou similar.
■ Elevadores
Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento vertical provisório ou de painel inteiriço de no mínimo 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura, constituído de material resistente, fixado à estrutura da edificação, até a colocação definitiva das portas.
■ Dispositivos Protetores de Plano Horizontal - Aberturas
Todas as aberturas nas lajes ou pisos, não utilizadas para transporte vertical de materiais e equipamentos, devem ser dotadas de proteção sólida, na forma de fechamento provisório fixo (assoalho com encaixe), de maneira a evitar seu deslizamento. Fonte: Fundacentro

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sábado, março 22, 2008

Dia Mundial da Água, essencial para a vida na Terra


A Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a resolução A/RES/47/193 de 22 de fevereiro de 1993, através da qual 22 de março de cada ano seria declarado Dia Mundial das Águas (DMA), para ser observado a partir de 93, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (sobre recursos hídricos) da Agenda 21. E através da Lei n.º 10.670, de 14 de maio de 2003, o Congresso Nacional Brasileiro instituiu o Dia Nacional da Água na mesma data.

Onde está a água no Planeta?
Todo mundo sabe que o Planeta Terra é formado por muita água (A água representa 70% da superfície do planeta), porém;.
■ 97,5% da água disponível da Terra é salgada e está em oceanos e mares.
■ 2,493% da água é doce, mas se encontra em geleiras ou regiões subterrâneas (aqüíferos), de difícil acesso
■ 0,007% da água é doce, encontrada em rios, lagos e na atmosfera de fácil acesso para o consumo humano

Distribuição de água no Planeta Terra
■ Oceanos - 97,50%
■ Geleiras - 1,979%
■ Águas Subterrâneas - 0,514%
■ Rios e Lagos - 0,006%
■ Atmosfera - 0,001%

Falta de água no mundo
Um estudo das Nações Unidas, realizado em 2000, chegou à conclusão de que, daqui a 20 anos, 45% da população do planeta podem ficar sem água doce. A questão afeta mais diretamente os habitantes da Ásia e da África.

Escassez de água e poluição
Para cada 1.000 litros de água utilizados, outros 10 mil são poluídos. Segundo a ONU, parece estar cada vez mais difícil se conseguir água para todos, principalmente nos países em desenvolvimento. Dados do International Water Management Institute - IWMI mostram que, no ano de 2025, 1.8 bilhão de pessoas de diversos países deverão viver em absoluta falta de água, o que equivale a mais de 30% da população mundial. Diante dessa constatação, cabe lembrar que a água limpa e acessível se constitui em um elemento indispensável para a vida humana e que, para se tê-la no futuro, é preciso protegê-la para evitar o futuro caótico previsto para a humanidade, quando homens de todos os continentes travarão guerras em busca de um elemento antes tão abundante: a água.

Água e saneamento
Segundo a Organização das Nações Unidas - ONU, 50% da taxa de doenças e morte nos países em desenvolvimento ocorrem por falta de água ou pela sua contaminação. Assim sendo, o rápido crescimento da população mundial e a crescente poluição, causado também pela industrialização, torna a água o recurso natural mais estratégico de qualquer país do mundo.

Água no Brasil
O Brasil tem 11,6% da água doce superficial do planeta. No entanto, essa água está mal distribuída: 70% das águas doces do Brasil estão na região Amazônica, onde vivem apenas 7% da população. Os 30% restantes distribuem-se desigualmente pelo País, para atender a 93% da população. Essa distribuição irregular deixa apenas 3% de água para o Nordeste e a grande maioria da população brasileira se concentra em outras regiões, como o Sudeste, que conta somente com 6% de nossas reservas de água. Essa é a causa do problema de escassez de água verificado em alguns pontos do país. Em Pernambuco existem apenas 1.320 litros de água por ano por habitante e no Distrito Federal essa média é de 1.700 litros, quando o recomendado são 2.000 litros.

Escassez de água no futuro
Muito se fala em falta de água e que, num futuro próximo, teremos uma guerra em busca de água potável. O Brasil é um país privilegiado, pois aqui estão 11,6% de toda a água doce do planeta. Devido à grande expansão urbanística, a industrialização, a agricultura e a pecuária intensivas e ainda à produção de energia elétrica - que estão estreitamente associadas à elevação do nível de vida e ao crescimento populacional - crescentes quantidades de água passaram a ser exigidas.

Curiosidades
■ Uma pesquisa da ANA (Agência Nacional da Água) revela que cada brasileiro usa, todo dia, pelo menos 200 litros de água. Segundo a Organização das Nações Unidas, 110 litros/dia são suficientes para atender as necessidades de consumo e higiene de uma pessoa.
■ Reduzir o desperdício e ajudar o mundo a driblar a escassez também dependem de pequenos gestos, como fechar a torneira enquanto usamos a escova de dentes ou nos ensaboamos no banho. Você sabia que 15 minutos com o chuveiro ligado significa jogar fora 242 litros de água pura?
■ Você sabia que um pequeno buraco de 2 milímetros num encanamento desperdiça até 3200 litros de água em um dia?
■ Gotejando, uma torneira chega a um desperdício chega a um desperdício de 46 litros por dia. Isto é, 1.380 litros por mês. Ou seja, mais de um metro cúbico por mês ou mil litros e água.
■ Um filete de água na torneira, de mais ou menos 2 milímetros totaliza 4.130 litros por mês de desperdício.
■ E um filete de água na torneira de 4 milímetros, totaliza 3.260 litros por mês de desperdício.

Fontes: UOL Educação - 22 de março de 2008, Ambiente Brasil e Universidade da Água; Foto – Planeta Educação



Comentário
Declaração Universal dos Direitos da Água

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

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sexta-feira, março 21, 2008

Contaminação de produtos orgânicos por pesticidas na Holanda


Um caso de verduras contaminadas por pesticidas está causando comoção na próspera indústria de alimentos orgânicos. O caso ilustra que os controles são lenientes demais. Aparentemente, assim também são as legislações européias.

As pequenas plantas de funcho da Holanda entregues a Bernd Kugelmann em junho de 2007 pareciam sadias e ele tinha finalmente transformado seu negócio de agricultura em uma operação inteiramente orgânica. Conseguiu entrar para a Bioland, maior associação de agricultores orgânicos da Alemanha, e ser fornecedor da Lidl, uma das maiores redes de supermercados do país. Entretanto, as mudas que comprara pareciam limpas demais para serem verdadeiramente orgânicas.

Análise das plantas
Kugelmann comprara as mudas, milhares delas, da West Plant Group, na cidade holandesa de Venlo. Como também havia observado manchas evidentes de cor turquesa, pediu a um especialista da Bioland que testasse as plantas em laboratório. O resultado foi devastador: as mudas de funcho, aparentemente, tinham sido mergulhadas em pesticidas.
Kugelmann imediatamente entregou-se na Bioland e informou à Lidl sobre o problema. A gigante de supermercados imediatamente retirou as verduras de Kugelmann das prateleiras e cancelou o seu contrato.

Terra contaminada, perda de clientes
Nas semanas seguintes, Kugelmann não apenas perdeu mais clientes, mas também sua fé nas pessoas que trabalham na indústria de orgânicos. Ele teve que destruir parte de sua produção e não pôde mais usar a terra que havia sido contaminada com pesticidas e também a alface e o aipo já estavam contaminados.

Prejuízos e desilusão
O advogado de Kugelmann estimou os danos em torno de 650.000 euros (cerca de R$ 1,8 milhão). Kugelmann ficou com a impressão que a honestidade de fato não é recompensada, nem mesmo na eco-comunidade.
E a grande expansão de orgânicos que a Alemanha está vendo neste momento? "Não chegou a mim", diz Kugelmann, cuja operação se baseia na cidade alemã de Kandel, no Sudeste, perto da fronteira com a França.

Ressarcimento de danos
Até hoje, ele não recebeu um centavo em compensação pelos danos causados por seus fornecedores holandeses. Para piorar, um representante da West Plant Group recentemente disse na Biofach, Feira Mundial de Comércio Orgânico em Nuremberg, que todas as mudas compradas por Kugelmann tinham deixado a empresa em perfeitas condições ecológicas. Kugelmann, diz que agora está em dificuldades financeiras e teve que pedir aos seus fornecedores para pagar apenas depois da próxima colheita.

Falta de fiscalização, falha na legislação, monitoração e certificação
O caso de Kugelmann ilustra claramente um problema fundamental dentro da indústria de orgânicos, que rapidamente se transformou em um negócio de muitos bilhões de euros: com seu crescimento rápido, os inspetores não conseguem corresponder à demanda. Quando conseguem testar uma amostra, os inspetores têm as mesmas dificuldades que os fiscais esportivos tentando pegar um ciclista profissional por doping: os pesticidas modernos se degradam depois de alguns dias e quase não deixam traços.

Seu caso também expõe os problemas das políticas da União Européia para a agricultura orgânica, que permitem que produtos convencionais sejam plantados junto com produtos orgânicos em uma única estufa. Na Holanda, onde uma única instituição, Skal, tem autorização para certificar produtos orgânicos, o processo de monitoração é particularmente fraco, disse o especialista do Greenpeace Martin Hofsetter. "O fato que não haverá conseqüências para os perpetradores em uma situação como essa é um escândalo", diz ele.

A análise química demonstrou resíduos de pesticidas
As evidências em favor das alegações de Kugelmann parecem sólidas. Com um representante do West Plant Group ao seu lado, inspetores do conselho de controle da Bioland, Acbert, tiraram amostras de funchos orgânicos recém-chegados da Holanda. A análise química demonstrou "nível significativo" de resíduos de pesticidas. Com 1,4 mg por quilo, a quantidade de tolclofos-methyl, um fungicida agressivo, excedeu o máximo permitido em 14.000%. As sementes encontradas pelos inspetores também continham outras substâncias proibidas. Testes conduzidos em uma segunda fazenda orgânica na parte Sul do Estado da Renânia-Palatinado, na Alemanha, revelaram resultados similares.
Depois de ser informado pela Acbert, o serviço de inspeção holandês Skal decidiu avaliar por si mesmo. Ele encontrou "alta concentração" de tolclofos-metil em plantas de funcho dentro de uma estufa da West Plant. O diretor da Skal, Jaap de Vries, insistiu que até aquele ponto eles nunca tinham tido "qualquer problema" com seu cliente, mas, no verão passado, ele teve que retirar a licença de um produtor. "Encontramos plantas convencionais e orgânicas crescendo lado a lado".

Predomina o interesse econômico no mercado de orgânicos
O advogado de Kugelmann, Hanspeter Schmidt, chamou o relatório da Skal de "bastante vago" e salientou que a Skal recusa-se a compartilhar dados detalhados de sua análise. Schmidt entrou com acusações de fraude contra a West Plant, mas a promotoria pública na cidade próxima de Roermond, na Holanda, não identificou crime e encerrou o processo.
De acordo com as diretrizes da UE, os serviços de inspeção agrícola nos dois países devem cooperar em tais casos, mas, de fato, têm pouco contato entre si.
"Falamos muito sobre o mercado comum, mas aqui vemos o quanto isso tudo é apenas um show", disse o presidente da Bioland Thomas Dosch.
Para o agricultor Kugelmann, o futuro ainda é sombrio. O jornal do setor "Gemüse" não quis falar de seu caso - advogados da West Plant exerceram considerável pressão, alegando que Kugelmann não haviam oferecido qualquer evidência de contaminação química. Bart Verhalle, diretor da West PLant, cancelou sua entrevista nem quis responder perguntas escritas; basicamente escondeu-se, usando a certificação da Skal como seu escudo protetor.
Pelo menos esta não parece estar ameaçada. Como salienta o diretor da Skal, não foram encontrados erros sistemáticos em sua empresa.

Fonte: UOL Mídia Global - Der Spiegel – 13 de março de 2008

Comentário:
O produto orgânico é cultivado sem o uso de adubos químicos ou agrotóxicos. É um produto limpo, saudável, que provém de um sistema de cultivo que observa as leis da natureza e todo o manejo agrícola está baseado no respeito ao meio ambiente e na preservação dos recursos naturais. O solo é a base do trabalho orgânico. Vários resíduos são reintegrados ao solo; esterco, restos de verduras, folhas, aparas, etc., são devolvidos aos canteiros para que sejam decompostos e transformados em nutrientes para as plantas.

Selo de Certificação de Produtos Orgânicos
O selo é a sua garantia de estar consumindo produtos orgânicos.Este selo só é conferido após rigorosos exames de controle de qualidade de solo, água, reciclagem de matéria orgânica, dentre outros.
A certificação verifica a conformidade dos produtos orgânicos e biodinâmicos com normas nacionais e internacionais. A certificação de uma produção vegetal, animal ou industrial, indica que foram realizados os seguintes trabalhos:
■ visitas periódicas de um inspetor no local de produção;
■ avaliação do relatório de inspeção por um conselho formado por agricultores, processadores, acadêmicos, técnicos e representantes de consumidores;
■ análise residual para verificar o nível de pureza do produto;
■ aprovação da unidade de produção, dentro dos padrões de qualidade orgânica ou biodinâmica. Fonte: Ambiente Brasil

Hoje no Brasil são produzidos alguns produtos orgânicos, tais como; soja, hortaliças, café, frutas, cana de açúcar e palmito.
O Brasil não possui atualmente um programa nacional de monitoramento de resíduos de pesticidas em alimentos, e são escassos os dados de resíduos em alimentos prontos para serem consumidos.
A indústria de produtos orgânicos não está imune ao recall ou chamamento ou recolhimento de produtos. Atualmente existe uma onda mundial de recall por falha de controle de qualidade do produto, principalmente na área de alimentos.
Agora, temos de tomar cuidado com as fontes de origem dos produtos (alimentos, brinquedos, eletrônicos, etc), pois acabou a era da produção verticalizada da empresa, sendo substituída por uma cadeia de fabricantes de terceiros (custo menor) que produz determinado produto para a empresa detentora da patente ou da comercialização. Não existe controle total das etapas de fabricação do produto, pois a cadeia de fornecedores é muito grande e diversificada.

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quarta-feira, março 19, 2008

Lembrança - Incêndio na Ilha Barnabé leva medo a moradores de Santos


Um incêndio na empresa Brasterminais, localizada na Ilha Barnabé, na margem esquerda do Porto de Santos, provocou no início da tarde de quinta-feira, 3 de setembro de 1998, muita apreensão na área central da cidade. O acidente ocorreu no momento em que um caminhão descarregava produtos químicos diretamente no tanque, fora da plataforma construída para essa finalidade.
As labaredas chegaram a atingir o canal do estuário, obrigando a Capitania dos Portos a impedir o tráfego marítimo naquela região. Além da nuvem de fumaça provocada pelo incêndio, o fogo também podia ser avistado mesmo do outro lado do canal, em Santos. Do meio do estuário, a visão ainda era mais assustadora. O acidente foi considerado gravíssimo pela Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).

Rápida intervenção – Plano Integrado de Emergência (PIE)
Não fosse a rápida ação do Corpo de Bombeiros, que atuou com as indústrias que integram o Plano Integrado de Emergência, as conseqüências do incêndio seriam piores.
Foram usados 100 mil litros de água e 5 mil litros de extrato de espuma, para impedir que o fogo atingisse um dos tanques de diciclopentadieno, um solvente usado na fabricação de tintas, que vazou durante a transferência para o tanque.
Segundo informou o coronel Marco Antonio Moyses, comandante do 6º Grupamento de Incêndios de Santos, que coordenou a operação de combate ao fogo, a preocupação maior era com o resfriamento dos tanques. "Os danos poderiam ter provocado um efeito dominó, tendo em vista a proximidade dos tanques", alertou. O incêndio, que começou por volta das 12h30, só foi controlado às 14 horas. Mais de 100 homens trabalharam no combate ao incêndio

Sistema de segurança dos tanques
O sistema de resfriamento foram acionados automaticamente. O risco de explosão desses compartimentos foi descartado pelo Corpo de Bombeiros, ainda que toda a camada que reveste os tanques, para protegê-los contra incêndio, tenha sido queimada pelas chamas.

Vítimas – não houve

Danos Materiais
Segundo o engenheiro de Segurança da Brasterminais, a empresa mantém seis casas de bombas no local. Com a explosão, um segundo compartimento também foi atingido, mas não provocou maiores estragos. Dois tanques foram atingidos pelo fogo.

Dano ambiental
A substância em combustão atingiu o mangue, provocando a queima de cerca de 300 m2 de vegetação e em decorrência do combate ao incêndio, água residual contaminada atingiu o Estuário de Santos, através do sistema de drenagem do terminal.

Multa
O gerente regional da Cetesb, Sérgio Pompéia, revelou que, independentemente de qualquer avaliação técnica, a empresa deverá ser multada. "Como é a primeira vez que ocorre um acidente na Brasterminais, a multa deverá oscilar entre R$ 40 a R$ 80 mil", antecipou.

Causa
O incêndio foi provocado por um vazamento na casa de bombas instalada ao lado de 66 tanques, todos com líquidos inflamáveis, na área da empresa Brasterminais.

Brasterminais
Uma média diária de 50 a 60 caminhões operam no transporte de produtos na Brasterminais.

Seguro
A empresa aguardará relatório oficial do Corpo de Bombeiros para acionar a seguradora.

Acidente
O último acidente na Ilha Barnabé ocorreu em 1991, quando um raio atingiu um dos tanques de armazenagem da Granel Química, vizinha à Brasterminais. Por causa disso, foi idealizado o Plano Integrado de Emergência.

Ilha Barnabé
No trecho onde ocorreu o acidente estão estocados cerca de 41 mil m³ desses produtos. Há ainda outros 77 tanques gerenciados pela empresa Granel e outros cinco, da Midwesco.
Na ilha, onde se concentra o maior volume de produtos químicos do País, estão depositados mais de 170 milhões de litros desses componentes.

Fonte: O Estado de S. Paulo - 4 de setembro de 1998, A Tribuna de Santos, e Cetesb

Acidentes na Ilha


■ O primeiro grande acidente na Ilha do Barnabé, ou simplesmente Ilha Barnabé, como ficou conhecida popularmente, aconteceu em 24 de janeiro de 1951. O petroleiro Cerro Gordo, que descarregava óleo diesel, petróleo bruto, querosene e gasolina de aviação, pegou fogo a poucos metros da ilha. O navio, que era cinzento e ficou totalmente vermelho devido às chamas, foi levado ao largo para domínio do fogo, enquanto a população temia que o combustível vazado no estuário pudesse causar incêndio nos tanques da ilha.



Foto: petroleiro Guaporé


Em 2 de setembro de 1969, outro petroleiro, o Guaporé, incêndiou-se e obrigou a equipe de segurança da ilha a trabalhar rápido no resfriamento dos tanques de estocagem.
■ Em 29 de julho de 1974, novo acidente causou a morte de um operário e ferimentos em outros, durante uma explosão mecânica na própria ilha. Cerca de 3.150 mil litros de tolueno foram despejados no mar.








Foto: queda de raio


■ Em 10 de outubro de 1991, dois tanques da Granel Química, com acetato de vinila e acrilonitrila, se incendiaram na Ilha Barnabé, causando grande apreensão em toda a Baixada Santista. O fogo começou minutos depois das 6 horas, quando um tanque com acetato foi atingido por um raio. Não houve vítimas.



Origem da Ilha
O capitão-mór Braz Cubas transformou a Ilha Pequena, que recebera de Martim Afonso de Souza, em uma fazenda produtiva, plantando ali a cana-de-açúcar, trigo, milho e criando gado, em meados do século XVI. A ilha passou a chamar-se Ilha de Braz Cubas, mais tarde Ilha dos Porcos, dos Padres (por ter pertencido aos jesuítas), até que o santista Francisco Vaz Carvalhaes, que possuía o título de Comendador Barnabé, registrou a ilha que acabou levando o seu nome: Ilha Barnabé e cujo solar em ruínas ainda existe em seu ponto mais alto - e no qual havia intensa movimentação social, com festas memoráveis que ele ali fornecia.
Em seu testamento, de 1892, além de outras posses, Carvalhaes legou parte das suas propriedades à Câmara Municipal de Santos (incluindo a Ilha do Barnabé), uma vez que a Prefeitura só surgiria em 1908. Três anos depois, em 17 de fevereiro de 1911, a Municipalidade permitiu que o Clube de Regatas Vasco da Gama utilizasse uma parte da área da ilha. Posteriormente, os terrenos foram permutados com a empresa Guinle & Irmãos, que se tornaria a Companhia Docas de Santos, hoje Codesp.
As poucas habitações da ilha foram desaparecendo no final da década de 20, quando a Companhia Docas começou a instalar o terminal de combustíveis, inaugurado em 26 de janeiro de 1930.

Comentário:
A Ecotoxicidade da água residual de incêndio;
Nas situações onde os incêndios em instalações químicas, depósitos, ou grandes instalações comerciais são combatidos, os perigos e os riscos ao ecossistema são muito maiores, tais como;
■ Sandoz Chemical Company - Basle, Suíça, 1 de novembro de 1986, incêndio no depósito de produtos químicos (pesticidas, herbicidas, etc.). Água contaminada do incêndio escoou para os córregos que desembocam no rio Reno. Houve desastre ambiental.
■ Allied Colloids Chemical Company, South Bradford, Reino Unido, em 21 de Julho de 1992, que fabrica uma variedade de produtos químicos utilizados em tratamento de água, em indústria de papel, têxtil, pintura e agrotóxico. O depósito principal localizado numa elevação, rompeu um incêndio devido ao armazenamento de produtos oxidantes. Foram utilizados 16 milhões de litros de água para combater o incêndio. A água utilizada no incêndio reagiu com materiais estocados no depósito, formando polímeros viscosos. Esse polímero bloqueou o sistema de drenagem do local e a água contaminada fluiu para rio próximo. O efeito ecológico foi catastrófico, numa distância de 30 km.
■ Plastimet Inc. Hamilton, Ontário, Canadá, 12 de setembro de 1997 - Empresa de reciclagem, tinha cerca de 400 t de PVC sólido. Um incêndio começou propagando-se no material estocado. A queima do PVC liberou uma série de substâncias altamente tóxicas, tais como, dioxinas, PCB, acido clorídrico, benzeno. O incêndio queimou durante três dias. No terceiro dia, houve a evacuação de 650 moradores da vizinhança. No início o incêndio foi considerado como um incêndio normal, sem a preocupação com meio ambiente e contaminação. Os bombeiros foram expostos a essas substâncias tóxicas, sem equipamentos adequados (quando o suprimento de ar esgotou, trabalharam sem máscaras). Os moradores queixaram-se de irritação na garganta, olhos, respiração. Nas semanas seguintes, após o incêndio, centenas de bombeiros queixaram-se de problemas nos olhos e respiratório, erupção cutânea, e problemas gastrintestinais. Após o incêndio o meio ambiente foi contaminado por benzeno, etilbenzeno, xileno, tolueno e metais tais como; alumínio, cádmio, cromo, cobre, ferro, chumbo, molibdênio, níquel, prata, vanádio e zinco.
Como demonstraram nesses incidentes, que exigem gerenciamento e planejamento cuidadosos.

Em primeiro lugar, é vital executar a identificação e a priorização dos respectivos perigos. A identificação e a priorização dos perigos de água residual de incêndio incluem três componentes:
■ o tipo e a quantidade dos produtos químicos armazenados ou no uso na instalação ,
■ na proximidade de áreas humanas, e
■ na proximidade de ecossistemas sensíveis.

É importante a avaliação do ecossistema da vizinhança para instalações de depósitos ou que usam volumes elevados de substâncias perigosas ecologicamente, especificamente, nas proximidades de canais, costa litorânea , devido a risco de incêndio químico. Algumas instalações podem armazenar ou usar volumes elevados de produtos químicos perigosos distantes dos locais ecologicamente sensíveis. Fonte: The Ecotoxicity of Fire-Water Runoff - New Zealand Fire Service Commission

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domingo, março 16, 2008

Os futuros trabalhadores do país


Os resultados do Saresp 2007 (exame do governo de SP) divulgados em 13 de março de 2008, apontam uma situação "trágica" nas escolas públicas do Estado de São Paulo:
■ Ensino fundamental
Matemática - cerca de 80,8% dos alunos apresentaram em matemática, nível de aprendizagem abaixo do adequado. Apenas 1,7% dos alunos apresentaram nível avançado de aprendizagem
Língua portuguesa – cerca de 59,8% dos alunos apresentaram em português, nível de aprendizagem abaixo do adequado. Apenas 5,6% dos alunos apresentaram nível avançado de aprendizagem.
■ Ensino fundamental – 8ª série
Matemática - cerca de 94,6% dos alunos apresentaram em matemática, nível de aprendizagem abaixo do adequado. Apenas 0,4% dos alunos apresentaram nível avançado de aprendizagem
Língua portuguesa – cerca de 69,2% dos alunos apresentaram em português, nível de aprendizagem abaixo do adequado. Apenas 6,5% dos alunos apresentaram nível avançado de aprendizagem.
■ Ensino médio – 3º ano
Matemática - cerca de 95,7% dos alunos apresentaram em matemática, nível de aprendizagem abaixo do adequado. Apenas 0,6% dos alunos apresentaram nível avançado de aprendizagem
Língua portuguesa – cerca de 78,8% dos alunos apresentaram em português, nível de aprendizagem abaixo do adequado. Apenas 0,1% dos alunos apresentaram nível avançado de aprendizagem.

Fração em porcentagem
Uma das habilidades que a secretaria esperava desses concluintes do antigo colegial, e que, no geral, não foi adquirida, foi a de representar uma fração em porcentagem.
Cerca de 61% dos alunos erraram uma das questões que solicitava ao aluno que desse o resultado, em porcentagem, da soma de 1/5 mais 1/10 mais 1/2.

Explicação:
Abaixo do adequado – os alunos demonstram desenvolvimento parcial ou insuficientes dos conteúdos, competências e habilidades desejáveis para a série escolar em que estão matriculados.
Adequado - os alunos demonstram domínio dos conteúdos, competências e habilidades desejáveis para a série escolar em que estão matriculados.
Avançado - os alunos demonstram conhecimentos e domínios dos conteúdos, competências e habilidades acima do requerido na série escolar em que estão matriculados.
Ensino fundamental
Português– identificam os elementos que constituem uma história em quadrinhos e tiram conclusões sobre o tema
Matemática – calcula o produto de dois números naturais
Ensino fundamental – 8ª série
Português – tiram conclusões sobre o efeito de sentido produzidos em poemas, em crônicas literárias.
Matemática – calculam o volume de uma caixa cúbica usando a contagem de cubos que preenchem o seu interior. Resolvem equação do segundo grau.
Ensino médio
Português – tiram conclusões de relações de causa e conseqüência entre ações contidas em crônicas, em artigos, jornais.
Matemática – resolvem problemas envolvendo ângulos internos de triângulos e ângulo raso, gráficos de colunas e porcentagem.

Fonte: Folha de São Paulo - 14 de março de 2008 - Foto: Planeta Educação

Comentário:
Na realidade as escolas estão entregando diplomas e não se preocupando com a formação educacional das crianças. A maioria das crianças não compreende texto, lê, mas não entende.
Algumas não sabem fazer multiplicação simples, as famosas tabuadas de antigamente.
Em um artigo recentemente, entrevistas de um jornalista com alunos, em uma delas o jornalista pergunta a um aluno de 10 anos, o que está aprendendo? O aluno disse; tudo, ler, escrever fazer contas, etc. Aí o jornalista pergunta; Quantos são 3 vezes 6? O aluno responde não me faz pergunta difícil?
Essas crianças serão os futuros trabalhadores onde a tecnologia, a informação e o conhecimento serão predominantes. Como um trabalhador poderá compreender um procedimento de trabalho ou entender um texto de um manual de uma máquina? Se ele não entende o texto. Como poderá reduzir o acidente de trabalho se o próprio trabalhador não tem o discernimento necessário para interpretar a real gravidade de seu trabalho, se ele não adotar procedimentos seguros?
O acidente de trabalho está muito inter-relacionado com o nível de formação educacional da população do país.

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sábado, março 15, 2008

Acidente ocorrido em uma máquina de molde



A fábrica de origem americana, localizada na Ásia, possuía um programa de bloqueio/etiqueta, entretanto, ela não tinha uma política total de segurança. Um funcionário da manutenção estava trabalhando numa máquina de molde, sem o bloqueio total. A visão da máquina era total, entretanto, por alguma razão o funcionário de manutenção estava no interior da máquina, quando o operador acionou a máquina durante a fase de start-up. A máquina opera com capacidade de 30 a 45 t. O funcionário teve morte instantânea por esmagamento e seccionamento de membros.





Comentário:
Os principais eventos de acidentes podem ser classificados em pelo menos, uma dessas categorias seguintes:
■ Definição inadequada de bloqueio e etiqueta
■ Aplicação incorreta de bloqueio e etiqueta
■ Remoção não-autorizada de bloqueio e etiqueta
■ Remoção bloqueio e etiqueta antes do trabalho de ser completada
■ Trabalho executado sem bloqueio e etiqueta
No caso em questão houve aplicação incorreta de bloqueio e etiqueta;

Há um caminho comum para os eventos de bloqueio/travamento e etiqueta/sinalização;
1- Iniciando o processo de bloqueio e etiqueta
2- Planejamento do serviço
3- Análise de riscos
4- E análise dos obstáculos é executada inadequadamente
Em muitos casos, a análise dos riscos não estava precisa ou a revisão de execução não estava adequada, para garantir que a área limite de segurança deveria prevenir contra todos os riscos.

O processo de bloqueio e etiqueta no envolvimento e compreensão do trabalhador pode também representar uma regra efetiva na prevenção de eventos (acidentes) de bloqueio/travamento e etiqueta/sinalização.
O trabalhador é responsável para verificar que as áreas limites estão adequadamente isoladas contra existência de riscos e “não existe energia”. O processo de isolação de áreas limites pelo trabalhador ajudaria na identificação inadequada de bloqueio/travamento e etiqueta/sinalização.
O treinamento pessoal é um importante componente de um programa efetivo de bloqueio e etiqueta. Fonte: U.S. Department of Energy-Issue No. 96-05

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quinta-feira, março 13, 2008

Programa de Controle de Energias Perigosas - Lockout / Tagout


Máquinas e Equipamentos exigem que os dispositivos de isolamento sejam previamente desligados e isolados, quando submetidos a serviços de manutenção, limpeza e reparos.

Muitos acidentes ocorrem em decorrência do acionamento inesperado de dispositivos de controle que provocam liberação acidental de energias armazenadas, causando lesões e mortes em trabalhadores durante a execução de trabalhos.

São acidentes que podem ser evitados de uma maneira simples e eficaz - o bloqueio físico da fonte de energia, acompanhado de etiqueta sinalizadora.

Fonte: Conect

Vídeo -Health & Safety Training Video


Vídeo -LockOut TagOut Video Sample


Comentário:
Programas de bloqueio e etiqueta
Os programas de bloqueio e etiqueta são usados para proteger contra acidente pessoal, para proteção de equipamento contra danos e conservar o sistema da indústria. Estes programas são indicados para identifica, isolar e controlar fontes perigosas de energia e material que pode desfavoravelmente afetar a segurança pessoal durante a operação de equipamentos, manutenção ou modificações.
Bloqueio

É dispositivo com finalidade de bloquear/travar o equipamento de forma que este não entre em movimento colocando os trabalhadores em riscos de acidentes. É a colocação de um dispositivo de isolamento de energia com o objetivo de garantir que o equipamento, sob controle, não possa ser operado ou entre em operação até que o dispositivo de bloqueio seja removido.

Etiqueta
É a colocação da etiqueta/sinalização de aviso no dispositivo de isolamento de energia do equipamento para indicar ou alertar que o dispositivo de isolamento de energia e o equipamento sob o controle não possam ser operados ou abertos sem antes ter a autorização do trabalhador responsável pela etiquetagem ou sinalização.

Recomendações
O desenvolvimento e execução de um programa efetivo de bloqueio e etiqueta é vantajoso para redução de acidentes. A segurança pessoal deveria ser a prioridade mais elevada para todos que trabalham com energia elétrica. Os gerentes das instalações devem assegurar que seus programas de bloqueio e etiqueta abrangem, como um mínimo, as seguintes recomendações;

Recomendações básicas do programa
1- Definições e termos claramente definidos
2-Procedimentos detalhados que descreve a seqüência lógica das etapas necessárias para estabelecer e remover, sob condições normais e de emergência, bloqueio e etiqueta.
3-Atribuição clara dos serviços e responsabilidades para controle e permissão de bloqueio e etiqueta
4-Treinamento e re-treinamento extensivo em procedimentos de bloqueio/etiqueta, em padrões e em processo.
5-Tempo necessário para ser gasto na execução de exercícios práticos, de modo que os operadores e mecânicos podem resolver qualquer problema ou questão, que deveria ser adequados para o conhecimento e habilidade a serem adquiridos.
6-Ação disciplinar contra infratores de procedimentos de bloqueio/travamento e etiqueta/sinalização, incluindo processo de término de repetição de infratores.

Recomendações práticas
1-Permitir somente pessoal qualificado; em todo o sistema, na interface, no conhecimento da instalação, treinamento de bloqueio e etiqueta para sua instalação e remoção.
2-Providenciar instruções sobre uso de planos elaborados ou outra documentação corrente na preparação de bloqueio e etiqueta. As etapas a serem tomadas, nos casos desses materiais que não estão disponíveis, também devem ser providenciadas.
3-Garantir que os trabalhadores estão cientes das áreas de limitações, para que os trabalhadores verificam essas delimitações e na existência de riscos de “não existe energia”, e, que os trabalhadores permanecessem com essas delimitações durante a execução do serviço.
4-Verificar o sistema de procedimento antes de iniciar a tarefa. Por exemplo, quando da execução da manutenção elétrica, o eletricista é o responsável pela própria segurança, verificando os componentes e/ou circuitos fechados, na proximidade da área energizada, usando dispositivos de teste adequado antes de iniciar o trabalho.
5-Treinamento geral de empregado deve enfatizar, que é a responsabilidade de cada indivíduo, para assegurar que essas ações e as outras ações não transgridem a política de procedimentos de bloqueio e etiqueta . Isso não podem prevenir a infração, mas é significativo na eliminação ou redução das conseqüências que ocorreria na infração de bloqueio e etiqueta.
6-Periodicamente efetuar a auditoria em bloqueio/travamento e etiqueta/sinalização, verificar se eles ainda são requeridos e que os componentes estão bloqueadas e etiquetadas na posição correta.
7-Ação disciplinar energética para infração de bloqueio e etiqueta

Quando empreiteiras ou prestadoras de serviços estão executando serviços cobertos pelo programa de bloqueio e etiqueta, os supervisores da instalação devem discutir os requisitos de proteção com as empresas e eliminar qualquer diferença na interpretação e aplicação dos procedimentos.
Todas as medidas de proteção de bloqueio e etiqueta devem ser aplicadas de acordo com os procedimentos da instalação . O gerente da instalação deve garantir que esses procedimentos estão compreendidos e seguidos pelas empreiteiras. A empresa deve incluir no contrato de serviço a cláusula de exigência do programa de bloqueio e etiqueta.

Fontes: U.S. Department of Energy-Issue No. 96-05 - Section 147 of 29 CFR 1910, "Control of Hazardous Energy (Lockout/Tagout)," and DOE 5480.19, "Conduct of Operations Requirements for DOE Facilities," chapter IX, "Lockouts and Tagouts".

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terça-feira, março 11, 2008

Limpeza e reparos de tanques e equipamentos utilizados com inflamáveis

Preparação de tanques e equipamentos

A limpeza do tanque e do equipamento deve estar a cargo de pessoal perfeitamente treinado, que esteja perfeitamente familiarizado com todos os riscos e salvaguardas necessários para a execução do trabalho com segurança.

Os tanques e o equipamento, bombas, linhas e válvulas devem ser sempre drenados e completamente lavados com fluxos de água antes de serem reparados. Os operários nunca deverão ser autorizados a fazer reparos em equipamentos enquanto os mesmos estiverem em operação e com as tubulações cheias. Deve ser verificado se todas as fontes de ignição foram eliminadas das cercanias do tanque.

Se seções da tubulação são para serem removidas e os flanges abertos, os parafusos inferiores devem ser afrouxados inicialmente e, embora as linhas tenham sido escoadas, todo o cuidado deve ser tomado para evitar o contato pessoal com o líquido drenado ou com o gotejamento oriundo do equipamento. Todos os respingos ou vazamentos devem ser removidos imediatamente através de lavagem com grandes quantidades de água na direção dos drenos adequados.

O tanque ou equipamento a ser reparado deve ser inicialmente esvaziado de todo o líquido e todas as tubulações chegando ou saindo do tanque (exceto respiradouros) após a drenagem, devem ser desconectadas ou bloqueadas.

O tanque deve ser limpo com vapor para a remoção residual do inflamável e de seus vapores. O fluxo e temperatura do vapor devem ser suficientes para elevar a temperatura do tanque acima da temperatura de ebulição do inflamável e a vaporização deverá ser continuada até que os vapores do inflamável tenham sido removidos. O tanque deve depois ser resfriado, preferivelmente enchendo-o de água e drenando-o uma ou duas vezes. O tanque deve ser depois limpo com ar fresco e o ar deve ser testado quando à presença de vapores do inflamável, por um método aprovado, antes de se permitir à entrada do pessoal. As linhas de vapor e água devem estar aterradas para evitar-se o acúmulo de eletricidade estática.

Entrada no tanque
■ Ninguém deve estar no tanque ou em espaço confinado até que uma permissão para o trabalho tenha sido assinada por pessoas autorizadas, indicando que a área foi testada e julgada segura. Além do mais, nenhum operário deve entrar num tanque ou recipiente que não tenha uma abertura de saída suficientemente larga para passar uma pessoa usando dispositivos de segurança, para efetuar um resgate através de cordas e equipamento respiratório de emergência. Deve ser verificado se o tanque ou recipiente pode ser abandonado pela entrada original.
■ Um elemento do lado de fora do tanque manterá os demais dentro do tanque, sob observação e outro elemento deve estar disponível por perto para prestar ajuda no resgate de algum outro, caso isto seja necessário.
■ Uma máscara respiratória com suprimento de ar ou máscaras autônomas, juntamente com equipamentos de resgate, devem estar sempre localizados do lado de fora da entrada do tanque, para serem usados em operações de resgate, qualquer que seja o tipo de equipamento respiratório utilizado pelo pessoal no interior do tanque.
■ Ventilação especial é recomendada durante todo o tempo que os homens estiverem limpando, reparando ou inspecionando o tanque e pode ser feita por exaustão ou remoção de vapores do fundo do tanque, seja através das aberturas do fundo ou por meio de exaustão através de tubos grandes flexíveis, quando os tanques tiverem apenas aberturas no topo. Os ventiladores ou aparelhos supridores de ar usados para a ventilação, necessária para evitar qualquer deficiência de oxigênio, deverão ser à prova de centelhas, devidamente revisados para se evitar atritos e aterrados. Nos tanques contendo só uma abertura no topo, deve-se tomar cuidado para se ter certeza da completa remoção dos vapores de todo o tanque. Também se deve tomar cuidado para evitar que os gases de exaustão reciclem para o interior do tanque.
■ Durante o curso do trabalho, testes freqüentes deverão ser feitos para determinar se a atmosfera do tanque está sendo mantida dentro da faixa de segurança. Esta precaução é necessária porque resíduos não completamente removidos pela lavagem podem recontaminar a atmosfera do tanque.
■ Em todos os casos, se o trabalho de reparo é interrompido, a atmosfera do tanque deve ser verificada completamente e emitida uma nova permissão de trabalho antes de se reassumir o serviço.
■ Se um funcionário limpador ou reparador de um tanque sentir-se mal, ele deve ser resgatado para se ministrar imediatamente os primeiros socorros.

Trabalho de reparos
■ O reparo externo do tanque, incluindo aqueles em serpentinas de vapor, corte, rebitagem e solda, deverão ser permitidos somente após perfeita limpeza e testes do tanque para se certificar de que o mesmo está livre de vapores e após ter sido emitida uma permissão de trabalho por pessoa autorizada. Devem ser feitos testes repetidos através de indicadores de gás adequados, quanto à presença de vapores inflamáveis e conteúdo de oxigênio, para a inteira proteção dos operários.
■ Toda solda externa ou combustão nos tanques ou equipamentos que tenham contido um inflamável, deverão ser feitas somente após tais recipientes terem sido completamente limpos com vapor. A limpeza deverá continuar enquanto prosseguir o trabalho de reparos. Encher tanques vazios limpos com gás inerte é outro método que poderá ser usado em solda ou combustão externas.
■ Em todos os casos, se o serviço de reparo for interrompido, a atmosfera do tanque deverá ser verificada completamente e uma nova permissão de trabalho deverá ser emitida para o reinício das operações.

Fontes: Folheto de Informações de Segurança n° 502 -Limpeza e Reparos de Tanques e Equipamentos Utilizados com Inflamáveis – CNS- IMBEL e Faculdade de Engenharia de Quimica de Lorena

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segunda-feira, março 10, 2008

Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo é comemorado


No dia 10 de março é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo, data de destaque no calendário da Saúde.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS);
■ 70% da população mundial são sedentárias e estão sujeitas a desenvolver doenças cardíacas, diabetes e obesidade.
■ O sedentarismo traz graves problemas à saúde e ainda é responsável por 54% do risco de morte por enfarte, 50% por derrame cerebral e 37% por câncer.

A prática de atividades físicas traz benefícios como;
■ o aumento da eficiência cardíaca e pulmonar,
■ melhora do colesterol, diminuição da pressão sangüínea,
■ provoca a redução e a manutenção do peso,
■ deixa os ossos mais fortes,
■ a pele mais saudável,
■ melhora da auto-imagem,
■ redução da ansiedade, entre outros.
Caminhar, pedalar e praticar outras formas de exercícios aeróbicos estimulam o bem-estar físico e mental, diminuindo em até 50% o risco de doenças.

Fontes: Portal Amazonas - 09 de março de 2008, TVTEM Globo - segunda-feira, 10 de março de 2008

Comentário
O primeiro levantamento de vigilância de fatores de risco à saúde do governo federal constata;
■ Fatores ligados a doenças crônicas e mortes precoces, o sedentarismo e o excesso de peso no país estão em níveis alarmantes: 29% dos adultos de todas as capitais brasileiras não praticam atividade física alguma em casa, no trabalho ou no lazer; 43% estão acima do peso, sendo que 11% estão obesos.
■ Duas tendências chamaram a atenção: a completa inatividade física chega a 46% do grupo de pessoas com mais de 12 anos de escolaridade e é duas vezes maior entre homens (40%) do que entre mulheres (20%).
■ Além do sedentarismo, o levantamento revela que o restante da população não está praticando atividade física "suficiente", isto é, 30 minutos diários de atividade leve ou moderada em cinco dias da semana ou 20 minutos de atividade física intensa em dois dias da semana.
■ Apenas 15% dos adultos se exercitam com essa freqüência, o que ajuda a proteger contra doença isquêmica do coração, hipertensão, diabetes, osteoporose, entre outras doenças.
■ O excesso de peso atinge 47% dos homens e 39% das mulheres. É mais freqüente entre os mais velhos e diminui um pouco com a escolaridade. O excesso de peso salta de 21% entre jovens de 18 a 24 anos para 39% entre adultos de 25 a 34 anos.

A atividade física é uma das formas de controlar o stress baseado em pesquisas científicas. Por que o exercício físico é recomendado para quem deseja manter o seu nível de stress sob controle?
As pesquisas indicam que o exercício físico, mantido sem interrupção por 30 minutos, é capaz de levar nosso corpo a produzir uma substancia chamada beta-endorfina, que dá uma sensação de conforto, prazer, alegria e bem-estar. Além disto, a beta-endorfina anestesia o organismo, fazendo as dores desaparecerem no momento. É por isto que muitas vezes um jogador que se acidenta consegue continuar jogando.
O exercício físico também alivia dois dos piores males da sociedade moderna: a depressão e a ansiedade.
O exercício físico melhora a qualidade de vida. A saúde melhora, sentimos bem, a vida social e afetiva também melhoram e principalmente a vida profissional, pois ficamos menos tensa e em condições de desafios do trabalho.

Atividade física e saúde pública
Em geral, a atividade física pode ser considerada o melhor negócio em saúde pública, em virtude da economia direta que poderíamos alcançar com o combate ao sedentarismo. Atualmente temos mais de 2 milhões de mortes atribuídas a inatividade física a cada ano no mundo inteiro. A inatividade física não só está relacionada com doenças e morte, mas também com o alto custo econômico à sociedade. Nos últimos anos os Estados Unidos gastaram 24 bilhões de dólares (9,4% dos gastos totais com saúde) só com o sedentarismo. Com isso, podemos observar que com o aumento do nível de atividade física da população pode-se contribuir indiretamente para ganhos em outros setores vitais do desenvolvimento humano e o progresso econômico (Matsudo et al, 2001).
A prática sistemática de atividade física demonstra evidências de melhora do perfil lipídico, diminuindo as taxas de colesterol total e aumentando as frações de HDL-Coleterol e recentemente novos trabalhos vêm apresentando evidências sobre o papel do exercício físico no combate da disfunção endotelial causador de patologias cardiovasculares. Novas evidências, também, têm associado à falta da atividade física a alterações e maior predisposição de doenças cérebro-degenerativas. Cientistas encontraram relação entre o sedentarismo e a piora cognitiva e aparecimento de demência. E, recomendam aos pacientes de patologias como Parkinson, Alzheimer e esclerose múltipla a prática de atividade física dentro de suas condições de saúde, sendo o exercício um fator positivo em seu tratamento (Matsudo et al, 2002). Fonte: Edvaldo Cardoso, Maria da Graças, Rita Viviane Branco.

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sábado, março 08, 2008

Raio mata trabalhador rural em Alagoas

Funcionários da Usina Utinga Leão identificaram os dois homens que foram atingidos por um raio na tarde de quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008, na fazenda Queimado, na cidade de Murici, Alagoas, José Cícero Pereira dos Anjos, de 27 anos, e José Vieira da Silva, 40, receberam uma descarga elétrica de um raio. Os dois estavam com outros 400 trabalhadores em um grande campo aberto quando começou a chover muito, seguido de ventos fortes, quando raios começaram a cair.

Retirada do pessoal local
“Quando isso acontece, nós retiramos todos os trabalhadores do local”, disse Ivan de Oliveira Silva, 46, responsável pelos trabalhadores, o chamado “cabo de turma”. No entanto, José Cícero e José Vieira estavam em uma área mais distante dos demais trabalhadores. “Não deu tempo de chamá-los, foi tudo muito rápido”, disse o cabo de turma.
Foto: A ocorrência de uma centelha externa amplamente evidenciada, é confirmada nos relatos do acidente. Se ela ocorre fora do corpo ou através ou na parte externa da roupa, o cabelo e a barba podem ficar chamuscados.
Pode haver marcas de queimaduras na sola dos pés e também nas roupas, e estas podem incendiar-se. Metais sobre o corpo, podem fundir provocando queimaduras. Se a centelha passa entre a roupa e o corpo, a corrente fluindo sobre a superfície da pele, pode converter o suor e a umidade da pele em vapor e, em conseqüência, a pressão resultante pode arrancar fora a roupa e as botas.

Foto: A caneleira com metal foi rasgada

Facão na mão
José Cícero e José Vieira estavam com um facão na mão e o metal atraiu o raio. José Cícero teve morte imediata com a forte descarga elétrica, José Vieira que também foi atingido, mas com uma carga bem menor foi levado pelos trabalhadores para a unidade hospitalar da usina, foi liberado em seguida e passa bem.





Foto: O facão atraiu o raio

Vítima fatal
José Cícero era casado e foi contratado para o trabalho temporário em setembro do ano passado.


Fonte: Alagoas24horas - 28 de fevereiro de 2008

Comentário:
Ao atingir a superfície do solo, a corrente da descarga se difunde radialmente. Assim, uma pessoa ou animal não precisam necessariamente ser diretamente atingidos por um raio para ocorrer acidente. As correntes superficiais são elevadas e provocam tensão entre os pés da pessoa ou animal, ocasionando uma corrente que pode levar à morte. Os animais, por possuírem uma distância maior entre as patas, estão sujeitos a uma tensão de passo maior e, portanto, são mais susceptíveis a acidentes fatais. A tensão de passo entre as patas dianteiras e traseiras do bovino é maior que a do homem, e com o agravante do seu coração estar no trajeto da corrente de choque. Além disso, o raio cai durante uma tempestade e a chuva deixa o solo molhado. Deste modo, as patas do boi ficam enterradas, produzindo bom contato com a terra, isto é, um bom aterramento. Assim, com a mesma tensão de passo, a corrente de choque é maior nesses animais. Após uma tempestade com trovoada, é comum a morte de animais, principalmente a do gado criado a campo e que se abriga sob árvores. Árvore alta e isolada em uma pastagem é um verdadeiro pára-raios natural. Como a árvore é alta e forma um caminho condutor à terra, há maior probabilidade de ocorrência de raios sobre ela.

Precauções no caso de tempestades

Dentro de casa:
■ Não tome banho durante as tempestades.
■ Não use chuveiro ou torneira elétrica.
■ Evite contato com qualquer objeto que possua estrutura metálica, tais como fogões, geladeiras, torneiras e canos.
■ Evite ligar aparelhos e motores elétricos, para não queimar os equipamentos.
■ Afaste-se das tomadas e evite usar o telefone.
■ Desconecte das tomadas os aparelhos eletrônicos, tais como televisão, som, computador, etc.
■ Permaneça dentro de casa até a tempestade terminar.
■ Desligue os fios de antenas dos aparelhos.

Fora de casa:
■ Evite contato com cercas de arame, grades, tubos metálicos, linhas telefônicas, redes de energia elétrica e qualquer objeto ou estrutura metálica.
Afaste-se dos seguintes locais:
■ tratores e outras máquinas agrícolas;
■ motocicletas, bicicletas e carroças;
■ campos abertos, pastos, campos de futebol, piscinas, lagos, lagoas, praias, árvores isoladas, postes, mastros e locais elevados;
Permaneça dentro do seu veículo, caso ele tenha teto de estrutura metálica.
Fonte: Fonte: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa

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sexta-feira, março 07, 2008

Beber, Dirigir e Morrer?

Muitas vezes me pergunto: o que faz as pessoas beberem até perderem a razão de si mesmas?

Começam com um copo, fazem brindes e são civilizadas, retraídas até, são tímidas, falam baixo, ninguém sabe nada de suas vidas.

Aí vem o segundo copo, e começam a alterar a voz.

No terceiro copo, tornam-se amigos de infância e as conversas começam a explanar assuntos pessoais, começam a se tocar, palmadinha no braço, aperto de mãos, quem está acompanhado começa a beijar-se, partem para a sedução e os afagos começam a ficar explícitos.

Daí, não se conta mais quantos copos são, mandam o garçom servir, e cada um pede uma nova rodada, uma nova garrafa, não há mais controle e satisfação em um, dois ou três copos, as doses aumentam e as vozes também. Começa uma nova fase, em que todos falam ao mesmo tempo, já não há entendimento e a conversa não tem seqüência lógica, também não percebem mais que isso pode incomodar alguém que não bebeu.

Foto: O Globo – 03/09/2006 - Pai junto ao corpo da filha é confortado pelo padre
Por volta das 5h40m da madrugada, 3 de setembro de 2006, grupo de jovens vinha de uma festa na boate Sky Lounge, na Lagoa, Rio de Janeiro, quando o motorista do carro, perdeu o controle do veículo. Cinco jovens, entre16 e 22 anos, morreram e a Defesa Civil demorou quase seis horas para retirar os corpos das vítimas do local.


Ficar sem beber em uma festa onde a bebida corre solta é ter certeza de divertimento gratuito, pois se entendem as conversas, as interrupções, e é hilário observar quem bebeu e já não se entende mais, os gestos e o humor de quem já não coordena os sintomas que a bebida manifesta, são todos irmãos, amigos de longa data, embora estejam se vendo pela primeira vez.

A festa vai acabando, e um a um vão se retirando. Primeiro os que quase não podem mais parar em pé, em seguida aqueles que estão muito bem e que beberam muito pouco. Fica para trás a turma dos que estão extremamente alegres, que podem ainda beber o resto da noite.

A saída do bar é catastrófica, saem felizes e sem noção do perigo, tanto o que representam como o que correm, pois se acham sóbrios o suficiente para dirigir. Pegam seus carros e nem percebem o quanto suas pernas e pés estão pesados, o acelerador e o ronco dos carros são o que os denuncia.

Alguns chegam em casa, afinal, como diz o velho ditado popular: "Deus protege as crianças e os bêbados", mas são muitos, e Deus não dá conta de cuidar de todos, aí as tragédias começam a proliferar pela cidade.

Os que morrem não sabem quantos deixam para trás, quantas famílias dilaceradas e quanta dor no coração de pais e mães que esperam em casa alguém que não chegará jamais.

Os que ficam lamentam, mas esquecem muito rápido e até conseguem justificar o motivo da morte, com desculpas de que deve ter se sentido mal, que era excelente motorista, que nem tinha bebido tanto assim e tantas outras explicações que não têm o menor sentido, tentam convencer a si mesmos e, depois do enterro, voltam a se ver na próxima festa, no próximo copo, na próxima embriaguez e até a próxima morte.

Até quando as pessoas vão deixar a bebida determinar o rumo de suas vidas?

Fonte: Zero Hora - 01 de março de 2008, Edinara Pereira Reginatti - Pedagoga

Comentário
Hoje o jovem faz o seu warm-up alcoólico antes de ir à festa ou balada, com energizantes misturados com bebida ou apenas bebida. Tem de chegar à festa já embalado.
Jovens, impetuosidade da juventude, carro, excesso de velocidade e bebida são os ingredientes que se combinam para provocar um acidente. As condições são ótimas para uma tragédia.

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quinta-feira, março 06, 2008

A qualidade de vida em primeiro lugar


Um estudo publicado recentemente pela Escola de Medicina de Harvard mostrou que, no ano passado, empresas norte-americanas tiveram prejuízo de nada menos do que US$ 44 bilhões devido a problemas de saúde de seus funcionários. Apesar de não haver ainda um estudo parecido no Brasil, as perdas aqui também são grandes. Quem revela é o médico Marcelo Dratcu, gestor de Sistemas de Saúde pelo Gallilee College (Israel) e pesquisador na área de terapia cognitivo-comportamental.

Perdas financeiras
Em palestras em grandes corporações nacionais, ele observou que as perdas financeiras são enormes. "Se uma pessoa reduz suas condições de trabalho, prejudica a empresa e a si mesmo", diz o médico. "A busca pelo sucesso e pelos resultados dentro de uma empresa é um fator estressor para qualquer profissional. E o que pouca gente sabe é que tanto a produtividade quanto a ascensão profissional estão totalmente ligados ao bem-estar físico e mental do indivíduo", diz.

Fatores prejudiciais
Os maiores problemas constatados são relacionados;
■ ao presenteísmo (o funcionário está no local de trabalho apenas de corpo presente),
■ o absenteísmo (ausência),
■ doenças ocupacionais,
■ transtornos de ansiedade e de humor,
■ síndrome de Burnout (esgotamento físico e mental causado pelo excesso de trabalho),
■ fobias, transtorno obsessivo-compulsivo,
■ estresse e workaholismo.
"Ansiosos por serem bons profissionais, muitos funcionários acabam deixando em segundo plano a qualidade de vida. Quando se dá conta, tudo está dando errado."

O médico sugere técnicas simples e objetivas de intervenções corporais que aplicou em algumas empresas, como exercícios simples de respiração e de relaxamento muscular, que ajudam a amenizar sintomas da síndrome do trabalho vazio, uma doença na qual se verificam sintomas como a necessidade de seduzir, a confusão nas relações e a tendências a bisbilhotar a vida alheia.
Com a tese de que ninguém é essencialmente diferente na empresa, em casa e no lazer, o médico chama a atenção sobre a importância da prática dos bons hábitos de vida.
Fonte:Yahoo Notícias - São Paulo, 18 de Fevereiro de 2008

Comentário:
As ações em qualidade de vida acarretam ao trabalhador maior disposição para o trabalho, melhoria do clima interno, maior comprometimento à empresa, possibilita maior desenvolvimento pessoal, facilitando o trabalho em equipe.
A harmonia entre a vida pessoal e profissional gera forças produtivas em termos de conhecimentos específicos de cada pessoa, produtividade e resultados econômicos.
Investir em programas de qualidade de vida permite considerável economia, em termos de reduções em custos de assistência médica, licenças-saúde e doenças ocupacionais.

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terça-feira, março 04, 2008

Corrosão em extintor de incêndio

A Comissão Reguladora Nuclear dos Estados Unidos (NRC, U.S Nuclear Regulatory Commission) emitiu um aviso para alertar os destinatários do perigo de corrosão dos extintores de incêndio. Espera-se que os receptores examinarão cuidadosamente a informação para a aplicabilidade e considerarão ações, como apropriado, para assegurar a segurança em suas instalações. Entretanto, as sugestões contidas neste aviso de informação não são exigências do NRC; por isso, nenhuma ação específica ou resposta escrita são necessárias.

Descrição da ocorrência
Foto:
1 - Suporte do cilindro
- Em amarelo parte do cilindro, que houve ruptura.
- Na base do extintor, (seta vermelha) corrosão.
Em 25 de agosto de 2000, no porto de Roterdã, Holanda, um empregado que tentava extinguir um foco de incêndio ativou um extintor de incêndio, que explodiu, matando‑o. A causa da explosão foi à corrosão do cilindro sob uma base de borracha ou plástica que protege o fundo do extintor. Esta base reteve a umidade do cilindro do extintor, acelerando a corrosão. A corrosão ficou oculta na borda da base do cilindro e não foi detectada durante as inspeções. O extintor foi fabricado em 1987 por Ansul, Bélgica, que não é afiliada com a Ansul dos EUA.
Depois do incidente, outros extintores foram verificados e outros casos de corrosão séria foram encontrados. A empresa vendedora dos extintores executou a manutenção nos primeiros anos iniciais após a compra e posteriormente outra empresa foi responsável pela manutenção periódica nos últimos nove anos.
A empresa vendedora alertou os proprietários desses extintores, informando que a inspeção anual deve incluir uma inspeção visual dos extintores com a base removida.
Um aviso foi emitido neste incidente pelo programa de troca de informações da indústria governamental , Aviso da Agência ANN-U-01-02 de 5 de outubro Este aviso inclui foto de um cilindro corroído.

Discussão - Norma
O NRC endossa o uso da norma da Associação Nacional de Proteção contra Incêndio ( NFPA) para os extintores de incêndio portáteis, NFPA 10. A norma fornece a orientação para a seleção, a instalação, o projeto, a inspeção, e a manutenção de extintores de incêndio portáteis, tais como;
■ Exigência geral é que os extintores instalados em um ambiente onde possam ser submetidos a danos físicos ou a degradação devem ser adequadamente protegidos. Isto inclui as áreas úmidas que favorecem à corrosão (torres refrigeração, estações bombeamento, veículos de serviço público, etc.).
■ Durante as inspeções mensais, o exame visual dos extintores deve verificar além dos danos físicos, a corrosão, vazamento, e amassado. Se os danos forem detectados, o extintor deve ser removido do serviço e efetuar a manutenção aplicável.

Manutenção de extintores
A NFPA-10 requer a manutenção do extintor de incêndio seja conduzida pelo menos anualmente e inspecionado alguns extintores na parte interna e externa. Além da manutenção anual, teste hidrostático é necessário a cada 5 a 12 anos, dependendo do tipo de extintor. Os extintores que não passam na inspeção visual ou testes hidrostáticos são marcados como "Condenados" e nunca devem ser reutilizados. Também deve ser observado que os extintores de incêndios são vasos sob pressão e algumas instalações utilizam empresas prestadoras de serviços de manutenção do equipamento de incêndio para manter e recarregar os seus extintores de incêndio.

Conclusão
Os extintores de incêndio são muitas vezes primeira linha de defesa no combate ao incêndio, e devem estar prontamente disponíveis para suprimir um incêndio em seus estágios iniciais. Os extintores de incêndio não devem constituir um risco ao pessoal e à propriedade, pois eles são projetados para proteger. A instalação, a inspeção, e a manutenção apropriadas por pessoal qualificado devem assegurar que os extintores de incêndios têm uma longa vida útil.

Fonte: United States – Nuclear Regulatory Commission – Office of Nuclear Reactor Regulation – Washington, D.C. 20555-0001 - April 11, 2001

Comentário:
No Brasil temos as normas necessárias para fazer esse tipo de vistoria e manutenção.
Normas técnicas necessárias à consulta
NBR 12693 - Sistemas de proteção por extintores de incêndio.
NBR 12962 - Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio.
NBR 5770 - Determinação do grau de enferrujamento de superfícies pintadas.
NBR 13485 - Manutenção de terceiro nível (vistoria) em extintores de incêndio.
NR - 23 - Proteção contra incêndios.

Inspecionar visualmente os extintores, pelo menos mensalmente, procurando detectar:
■ Lacre de inviolabilidade rompido;
■ Quadro de instruções (rótulo) ilegível ou inexistente;
■ Inexistência ou dano de componentes, peças e acessórios;
■ Data do último ensaio hidrostático igual ou superior a 5 (cinco) anos.
■ Danos mecânicos, térmicos ou corrosão .
Nota: Quando um dos eventos for verificado, aplicar a manutenção prevista na Norma ABNT NBR 12962.

Conservação/Manutenção
■ Deverão permanecer ao abrigo da chuva, umidade, vibração.
■ No local de instalação deve estar, ao abrigo da chuva, exposição direta dos raios solares, afastados de fontes de calor (fornos, estufas e similares). A temperatura de exposição deve estar compreendida entre –10°C e 50°C. O local da instalação deve estar afastada de vibrações incomuns (prensas excêntricas, de fricção, guilhotinas e outros equipamentos que causem vibrações similares).
■ Não é aconselhável instalar os extintores em ambientes com atmosfera corrosiva, contudo, se não puder ser evitado, deve ser protegido com pintura, tratamento ou adequação de componentes próprios para o meio (consultar o fabricante)
Sugestão: Visando minimizar essa ação corrosiva, utilizar capa protetora de material resistente ao elemento químico existente no ambiente.
Obs. A inobservância da precaução acima poderá causar a corrosão do recipiente e nos componentes do extintor, podendo em muitos casos impedir o seu funcionamento. Incidência de corrosão acentuada abrevia o seu tempo de utilização, e por ser um vaso de pressão, poderá apresentar vazamento, e em casos extremos chegar até a ruptura/explosão.

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sábado, março 01, 2008

Lesões do raio no corpo humano

Este artigo analisa de maneira sucinta as conseqüências do raio quando atinge o corpo humano. O estudo foi efetuado em relação aos alpinistas, nos Alpes franceses, Mont Blanc, pelo hospital Chamonix, que é especializado em prevenção em medicina e traumatologia de montanha.

Principais conseqüências da queda de raio
E preciso diferenciar as conseqüências diretas (atingido por um raio) das conseqüências indiretas neste ambiente de risco que é a montanha. Na verdade, às lesões traumáticas devido à queda após o acidente.

Conseqüências diretas:
1-Queimaduras: por arco ou por lampejo (flash), se o trajeto do raio não atravessa o corpo, nesse caso, as conseqüências são moderadas. Essas queimaduras devem ser diferenciadas das queimaduras eletro‑térmicas profundas e graves, por efeito Joule, quando a corrente elétrica passa pelo corpo. A corrente elétrica preferencialmente utiliza o caminho de menor resistência, isto é, o sistema vascular nervoso.
2-Efeito neurológico: O estado de coma não é raro, não importando o grau, superficial ou profundo. O estado de amnésia devido ao acidente, pela passagem da corrente elétrica na estrutura encefálica é freqüente. A paralisia induzida por raio, lesão periférica acompanhada de distúrbios vasomotores pode ocorrer nas primeiras 24 horas. As seqüelas de todo tipo são freqüentes (hemiplegia, atrofia cortical, síndrome extrapiramidal, lesões medulares e de nervos periféricos).
3-Lesões Cardiovasculares: A parada pode ocorrer por assistolia ou fibrilação ventricular. O miocárdio pode ser atingido diretamente (efeito joule), uma contusão miocárdica por onda de choque, trombose das artérias coronarianas e/ ou periféricas podem ser detectadas. Os distúrbios tardios do ritmo necessitam de monitoramento cardíaco por 48 horas. Uma hipovolemia pode ser de duas origens: esmagamentos (edemas extensos) ou eventual lesão traumática associada.
4-Lesões Respiratórias: Pode ocorrer o estado de tetanizaçao de curta duração dos músculos respiratórios, ou devido ao fato do sistema nervoso central (SNC) ter sido atingido, ruptura brônquica ou pleural por efeito direto, lesão da membrana alvéolo-capilar quando o ar superaquecido explode.
5-Efeitos Neurosensorial: lesões oculares devido ao descolamento de retina e probabilidade de catarata devem ser examinadas. Podem ocorrer também as lesões auditivas, incluindo ruptura timpânica (perfuração do ouvido), distúrbios do equilíbrio (por labirintite).
6-Efeitos musculares: lesão muscular extensa no caminho da corrente elétrica, com necrose profunda e rabdomiólise (síndrome causada por danos na musculatura esquelética resultando em extravasamento para o plasma do conteúdo de células musculares (mioglobina, potássio, fosfato, etc.).).
7-Efeitos renais: Existem essencialmente três conseqüências; tubulopatia devido a lise muscular (alteração do metabolismo); trombose arterial e lesão traumática.
8-Efeitos cutâneos: queimaduras de vários graus, em particular nos pontos de entrada do raio (cirurgia reparadora é freqüente e necessária) e nos locais de contato com peças metálicas (como o material de escalada, jóias,), formato de folha de samambaia.

Conseqüências indiretas:
Antes de ser atingido: o pânico numa atmosfera de tempestade é freqüente. Apenas sentindo o ruído ou o relâmpago, pode causar decisões precipitadas expondo o alpinista a manobras perigosas que conduzem a acidentes.
Durante e após a queda do raio: se a vítima não estiver adequadamente presa e seguro, o choque pode resultar em queda fatal ou ser lançado no vazio.

Consequentemente. lesões traumáticas devem ser procuradas, especialmente, lesões cranianas, raquidianas e lesões pelo cinto. Toda vitima de acidente com raios é suspeita de politraumatismo.
Finalmente, se o resgate não é imediato (tempestades costumam atrasar a busca), a hipotermia pode rapidamente aparecer nesses casos..

Procedimento no local
Assegurar e garantir as funções vitais. Dependendo do ambiente, os principais procedimentos são: intubar , perfundir, sedar e imobilizar. Ter atenção caso haja hipotermia ou traumatismo associados. Para evitar insuficiência renal uma reposição precoce de cristalóides é administrada, o mais rapidamente possível. Muitas vezes isso fica apenas na teoria, devido as condições adversas do ambiente e dificuldades de vôos de resgate. Na maioria das vezes, a remoção rápida é a única solução.

No hospital
Vítima ilesa ou levemente ferida: Um agravamento do quadro é sempre possível após um intervalo de várias horas. Toda vítima deve ser monitorada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) nas primeiras 24h. Se a cabeça foi atingida deve ser realizado acompanhamento oftalmológico para avaliação precoce de complicações (catarata).

Paciente com lesões graves: O check-up deve ser completo para detectar lesões associadas (quadro abaixo).
ECG (eletrocardiograma)de repetição, CPK-MB (Creatino fosfoquinase), ecocardiograma.
Função Renal, mioglobinúria, CPK TOTAL (creatinofosfoquinase).
Raio X de crânio e coluna (outros quando necessario), eletromiografia.
Raio-X do abdomen (perfuração de orgãos).
Exames completos, oftalmológico, das cavidades timpânicas e labirintite.

A reanimação deve ser feita o mais rápido possível para evitar mioglobinúria (saída da proteína mioglobina pela urina, urina com cor escura) por reposição de cristalóides, que garanta um débito urinário de pelo menos 1,5ml/Kg/ h.
Em relação a condição cardíaca é evitar problemas graves de condução e de excitabilidade e sinais de isquemia. A utilização de anticoagulantes para evitar a trombose é discutível, devido ao risco de hemorragia. Operação de emergência é indicada em alguns casos tais como; fasciotomia (incisão cirúrgica), remoção de tecidos necrosados...

Conclusão
O raio atinge raramente os alpinistas. É uma possibilidade, pois a mortalidade nestes casos é de 50%. Se a vítima sobrevive, o prognóstico é bom, se a evacuação é rápida. Na verdade, as diferentes lesões causadas pelo raio diminuem a capacidade de resistência do organismo de adaptação ao ambiente montanhoso, frio e altitude.
Cada vítima atingida por um raio é suspeita de ter outras lesões e deve ser internado na UTI durante pelo menos 24h.
O quadro clínico pode ser favorável, mas a terapia sintomática e preventiva das diferentes lesões (especialmente renal), tem mostrado excelentes resultados. As seqüelas são essencialmente neurológicas e tróficas (atrofias musculares) , sendo muitas vezes incapacitantes.

Fonte: O Hospital Chamonix, foi construído em 1994, e é conhecido como referência por tratar patologias de montanha, sejam elas de caráter clínico ou cirúrgico. Sua especialização é a cirurgia ortopédica. Ele reúne médicos de diversas especialidades que tem interesse comum na pesquisa, avaliação, prevenção e informação em trauma e medicina de montanha.

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