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terça-feira, março 31, 2009

Tempestade de granizo atinge região central do Texas


Uma tempestade de granizo atingiu a região central do Texas, despedaçando janelas, quebrando telhados e danificando milhares de carros, na quarta-feira, 25 de março de 2009.

Tempestade
A tempestade varreu a partir do Condado Burnet Ocidental atingindo Marble Falls com granizo de tamanho de bola de golfe. O granizo com tamanho de bola de tênis foi relatado em partes dos Condados de Travis e Williamson.

Estimativas de prejuízos
As seguradoras estimam um prejuízo em torno de US$ 160 milhões.

Veículos
Centenas de automóveis novos de várias concessionárias foram danificados. Ao todo, mais de 22.000 veículos foram danificados durante a tempestade.

Residências
Cerca de 15.000 residências com seguros foram afetadas.

Maior prejuízo.
É o maior prejuízo de tempestade de granizo registrado. Eu não me lembro de tempestade de granizo desta intensidade, nas últimas décadas, disse o porta-voz das seguradoras, Mark Hanna.

Atendimento
As oficinas, empresas de locação de automóveis e corretores de seguros estão todos lutando para atender tantas pessoas que foram afetadas. A maioria das empresas de locação de veículos na área está com veículos locados. Não existe mais carro para alugar por causa do granizo, disse Jones Sherrie noroeste de Austin.
Para piorar a situação centenas de carros de locadoras também foram danificados pela tempestade de granizo.

Histórico de tempestade de granizo
Esta é a segunda vez em menos de um ano em que setores de Austin foram atingidos por uma tempestade catastrófica de granizo. Em 14 de maio de 2008, 20.000 reclamações vieram de uma tempestade de granizo com rajadas de vento de 90 km/h. A tempestade causou U$ 50 milhões em perdas seguradas.

Fonte: Austin News - Monday, 30 Mar 2009

Comentário:
1 - As temperaturas elevadas e o alto índice de umidade relativa do ar favorecem a formação de nuvens de tempestade.

2 - No interior dessas nuvens, ocorrem intensas correntes de ar, ascendentes e descendentes, onde a temperatura fica abaixo de -80°C.

3 - O vapor d’água que está na atmosfera é empurrado para as regiões mais altas das nuvens, onde a temperatura é menor, e se congela.

4 - Congelado, o vapor adquire um peso maior que a gravidade, precipitando em forma de gelo, fenômeno conhecido como chuva de granizo.

Granizo é a forma de precipitação de partículas sólidas de gelo, transparentes ou translúcidas, que podem medir de 5 mm a um tamanho de uma laranja; o recorde das maiores pedras de granizo foi alcançado em Bangladesh, onde cada pedra pesava cerca de 5kg.

A formação do granizo ocorre nas nuvens do tipo cumulonimbus, que podem chegar a alturas de até 1.600 m. No interior dessas nuvens, as freqüentes correntes de ar elevam o vapor de água condensado às maiores altitudes, passando acima da linha Isotérmica, que é de 0ºC. Desta forma, essas gotículas de água se congelam até terem o peso suficiente para cair. Dependendo de certas condições, as pedras de gelo podem ser tão pequenas que chegam a cair sobre solo já na forma líquida. Entretanto, a formação do granizo depende das condições de umidade e da velocidade e intensidade dos movimentos internos dos núcleos de gelo.
Uma chuva de granizo pode provocar muitos danos materiais, ocasionando a destruição de telhados, quedas de árvores, danos na rede elétrica e em veículos, sem contar os grandes prejuízos à agricultura.

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sábado, março 28, 2009

Baleias e golfinhos encalham na costa australiana

Cerca de 87 baleias e golfinhos encalharam ao longo de 6 km de praia na Baia de Hamelin, distante 280 km ao sul de Perth, Austrália, na segunda-feira, 23 de março de 2009.

Um gigantesco esforço de salvamento envolvendo até 180 voluntários, agentes de vida selvagem, funcionários do Departamento de Ambiente e Conservação (DEC) e veterinários começaram na segunda-feira. Trabalharam durante a noite para estabilizar os sobreviventes, que custou a vida de mais de 70 baleias e golfinhos.

O esforço ao longo de mais de dois dias para salvar as 87 baleias encontradas na Baia de Hamelin, quase terminou com menos de 10 baleias que sobreviveram.

As baleias sobreviventes, que medem até seis metros e pesam até 3,5 toneladas, foram erguidas por lingas e foram transportadas individualmente por terra à Baia de Flinders, distante 20 km, com águas calmas e profundas, com poucos recifes.

Com o apoio da Dolphin Discovery Centre, o pessoal do DEC, e cientistas da Universidade de Murdoch e veterinários do zoológico de Perth, mediram as carcaças e tiraram amostras de DNA para permitir aos cientistas avaliar a informação genética e estrutura populacional dos cetáceos.
Após estas avaliações e autópsias, as baleias mortas serão transportadas para uma área de descarte de resíduos em Shire Augusta-Margaret River. O local tem recursos e equipamentos para este tipo de processo de descarte.

Segundo encalhe após 48 horas de salvamento
Uma patrulha aérea localizaram seis baleias encalhadas em dois locais.

Histórico de encalhe
No início de março de 2009, 194 baleias-piloto e sete golfinhos ficaram encalhadas em banco de areia na Tasmânia e apenas 54 baleias e cinco golfinhos puderam ser salvos. Em janeiro, 45 cachalotes morreram depois de ficar encalhadas em diferentes bancos de areia na Tasmânia .
Houve 21 grandes encalhes de baleias e golfinhos, ao longo da costa oeste australiana, desde 1984, de acordo com o DEC.

Fonte: Perth Now - March 25, 2009

Comentário:
Alguns especialistas dizem que é suicídio coletivo, com origem desconhecida, que acontece desde o século passado. Outros afirmam que a poluição, sonora, por óleo ou gás, exploração ou manobras militares, afeta o sonar das baleias. Sem seu sonar, os cetáceos ficam impossibilitados de calcular sua distância da costa e acabam por nadar cegamente. Isso é extremamente perigoso em um lugar onde a formação geográfica facilita o encalhe das baleias.

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Click - Transporte de baleias

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sexta-feira, março 27, 2009

Resgate de mãe e filho em terremoto na China


Esta foto foi tirada pelo fotógrafo chinês Zou Sen, e foi selecionado como a Foto do Ano no concurso foto jornalismo 5 º China International Photo Contest (CHIPP), realizado em Shangai, China no período de 20 a 25 de março de 2009.
Foto ampliada - click

Os socorristas escavavam escombros, onde uma mãe segurava seu filho apertado entre os braço, após um terremoto de intensidade de 6,1 de magnitude que afetou Panzhihua, Província de Sichuan, em 30 de agosto de 2008.



Comentário:
Um terremoto que atingiu as províncias de Sichuan e Yunnan, no sul da China. O epicentro do terremoto ocorreu no sábado, 30 de agosto de 2008, que irrompeu perto das 4h30 da tarde (horário local), aconteceu a cerca de 30 km ao sul de Panzhihua, próximo da fronteira de Sichuan e Yunnan, de acordo com o Observatório Geológico dos EUA (USGS na sigla em inglês). O tremor teve aproximadamente dez km de profundidade.
O USGS afirmou que a magnitude do terremoto foi de 5,7 graus, enquanto autoridades chinesas disseram ter atingido 6,1 na escala Richter.
Uma segunda onda de magnitude 5,6 atingiu a mesma área 24 horas depois, disse o USGS.

Vítimas
Feriu 700 pessoas e 36 mortes. Mais de 800 mil pessoas foram afetadas pelo desastre. Cerca de 40 mil foram evacuadas para locais seguros.

Danos materiais
Cerca de 180 mil casas foram destruídas. Três grandes pontes na cidade de Panzhihua, em Sichuan, o epicentro do terremoto, foram danificadas. Foram encontradas rachaduras em três reservatórios."

Fonte: Yahoo News - Dom, 31 Ago, 2009

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Resgate de um trabalhador de Mina de Carvão na China


A foto "Resgate de um Mineiro" tirado pelo fotógrafo chinês Zhu Xiang ganhou a medalha de prata na categoria de Retratos e Gente, no concurso fotojornalismo, 5 º China International Photo Contest (CHIPP) realizado em Shangai, China no período de 20 a 25 de março de 2009.
Comentário:
A média de explosões em minas na China continua elevada e evidencia cada vez mais as falhas de segurança no sistema de exploração, apesar das medidas rigorosas tomadas pelas autoridades chinesas, pela Administração Estatal de Segurança em Minas de Carvão
Cerca 35 por cento no total mundial de exploração de carvão, ocorrem na China e 80 por cento dos acidentes mortais em minas. Os números são elevados e ainda mais se comparados com países como os Estados Unidos onde, para a mesma produção anual, os acidentes mortais não chegam a meio por cento. Por cada mineiro que morre num acidente nos Estados Unidos, há 187 vítimas mortais na China. Os dois países dispõem de mais de 40 por cento das reservas mundiais.
A indústria mineira da China é considerada uma das mais perigosas do mundo, com 3.000 acidentes fatais a cada ano.
O setor de minério chinês registra o maior índice de mortalidade do mundo, com 3.786 vítimas em 2007.

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quinta-feira, março 26, 2009

Vulcão submarino entra em erupção em Tonga

Um vulcão submarino entrou em erupção no pequeno arquipélago de Tonga, no Pacífico Sul, sem deixar vítimas.
A erupção aconteceu na terça-feira, 17 de março de 2009, cerca de 10 quilômetros a sudoeste da ilha principal de Tongatapu, de onde eram visíveis as colunas de cinza, fumaça e vapor.
Fotos ampliadas:
Foto
Foto1

Foto2

O vulcão está lançando fumaça, vapor e cinzas há dias, mas as autoridades disseram que erupção não apresenta perigo por enquanto para os moradores das ilhas próximas. Também não há relatos de peixes ou outros animais sendo afetados. Moradores da região disseram que a coluna de vapor e cinzas apareceu pela primeira vez na manhã de segunda-feira, depois que vários terremotos foram sentidos na capital, Nuku'alofa.

Segundo especialistas, a erupção foi provocada por um forte maremoto que na sexta-feira passada (13 de março) sacudiu o mar entre os atóis de Hunga Tonga e Hunga Há'apai. A região conhecida como bacia norte de Lau, situada entre Fiji, Samoa e Tonga, tem dezenas de vulcões submarinos ativos que escondem vastas reservas de minerais a entre 1 mil e 1.500 metros de profundidade.
Tonga se encontra fora do chamado Anel de Fogo do Pacífico - uma área de grande atividade sísmica e vulcânica - mas sofre habitualmente terremotos de magnitude superior a 5 na escala Richter.

Fontes: Portal do Estadão e Globo Online – 19 de março de 2009

Comentário:
Pelo vídeo nota-se o poder do vulcão de lançar cinzas vencendo o peso da própria água do mar (pressão de coluna d´água). O topo da chaminé de um vulcão pode estar a centenas de metros de profundidade.
Resumo: Erupções vulcânicas submarinas
As erupções vulcânicas podem, em geral, ser divididas naquelas que produzem predominantemente correntes de lava (atividade efusiva) e naquelas que produzem principalmente rochas constituídas por material fragmentado, quer proveniente de atividade explosiva (piroclástica) quer devido ao arrefecimento brusco da lava (termoclástica). Um controle fundamental deste comportamento é, sem dúvida, a composição química do material libertado: um magma basáltico quente e pouco fluido (com baixa viscosidade), geralmente origina correntes de lava. Contrariamente, um magma com alta viscosidade tem grandes concentrações de componentes voláteis dissolvidos que podem facilmente formar bolhas de gás, entram geralmente em erupção a baixas temperaturas (700ºC) originando erupções explosivas.
A maioria das erupções vulcânicas submarinas em águas profundas é de composição basáltica e geralmente não são explosivas. O magma basáltico contém voláteis, mas as altas pressões a que se encontra dificultam a sua libertação (exsolução). Os voláteis exsolvidos formam bolhas e tornam-se progressivamente menos abundantes (e/ou menores) à medida que a profundidade da erupção aumenta.

As erupções explosivas podem também ser causadas por uma rápida transferência do calor do magma para a água. A baixas pressões, a ebulição da água resulta numa expansão de volume de cerca de 1000 vezes e a rápida interação do magma com a água é altamente explosiva. Sob pressões moderadas (>100 bar), a expansão é muito reduzida e, consequentemente, as explosões pouco prováveis. A pressões mais elevadas que a pressão crítica da água (a cerca de 3 km de profundidade), as explosões de vapor não são possíveis, a não ser em condições de equilíbrio.
O trabalho geológico é bastante complicado nos fundos marinhos e por essa razão o estudo do vulcanismo submarino está muito menos desenvolvido quando comparado com o estudo do vulcanismo de superfície. Fonte: Encyclopedia of Volcanoes, Chapter Submarine Lavas and Hyaloclastite, Rodney Batiza and James D. L. White"

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terça-feira, março 24, 2009

Poluição do ar mata dois milhões de pessoas por ano

Quase a metade da população mundial vive em grandes cidades. O crescimento das metrópoles gera níveis de poluição que causam a morte prematura de mais de dois milhões de pessoas todo ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Por isso, o lema do Dia Meteorológico Mundial, celebrado nesta segunda-feira (23 de março), é "O tempo, o clima e o ar que respiramos". Segundo especialistas, a qualidade do ar que respiramos é decisiva para a saúde, mas também para questões tão importantes como o clima, os cultivos, os desastres naturais ou a mudança climática.
“O fenômeno das partículas em suspensão no ar é um problema importante nas grandes cidades. Na Ásia, numerosas cidades como Karachi (Paquistão), Nova Deli (Índia), Katmandu (Nepal), Daca (Bangladesh), Xangai (China), Pequim (China) e Bombaim (Índia) ultrapassam todos os limites”, afirma Liisa Jalkanen, da Organização Meteorológica Mundial (OMM).. Na América do Sul, os casos mais preocupantes são Lima, Santiago do Chile e Bogotá, enquanto no continente africano é a cidade do Cairo a mais preocupante.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que a concentração diária de PM10 não passe dos 50 microgramas por metro cúbico, já que este e outros poluentes causam infecções respiratórias, cardiopatias e câncer de pulmão.

Fonte: UOL Notícias -23 d emarço de 2009


Obs:
PM10, partículas minúsculas, geradas principalmente pela queima de combustíveis fósseis ou de outros tipos, que atingem as vias respiratórias, levando consigo substâncias cancerígenas. São partículas de diâmetro inferior a 10 micrômetros (µm), e constitui um elemento de poluição atmosférica.

Comentários
A poluição atmosférica, causada pela queima de combustíveis fósseis, mata 24 mil pessoas por ano na Califórnia, de acordo com os números mais recentes do Califórnia Air Resources Board, ARB. Isso é quase três vezes mais do que as 8.200 pessoas que, anteriormente, se acreditava fossem as vítimas anuais. .
As partículas em suspensão são constituídas por partículas microscópicas, que causam danos profundos nos pulmões. A Califórnia já tem o menor limite permitido em todo o mundo, mas pesquisadores dizem que não existem níveis seguros.

Estudos sobre os efeitos dos particulados atmosféricos
Recentemente foram realizados grandes estudos sobre os efeitos dos particulados atmosféricos na saúde humana, incluindo um realizado pela Universidade do Sul da Califórnia (USC - University of Southern California) , com 23 mil pessoas em Los Angeles e um realizado pela Sociedade Americana de Câncer (American Cancer Society) em 300 mil pessoas em todos os Estados Unidos. Eles descobriram que a exposição aos particulados, ainda que em níveis muito pequenos, aumenta exponencialmente os riscos;
■ ataques cardíacos, derrames cerebrais e outras doenças.
■ a exposição em níveis elevados reduziu a vida do californiano médio em 10 anos.

Poluição potencializa doença
Embora não seja possível atribuir a morte de qualquer pessoa diretamente às partículas de poluição, de vez que também aumentou o risco de morte por outras doenças, o Air Resources Board enfatizou que emerge um padrão claro de aumento de risco com um aumento da exposição. Em sentido contrário as diminuições na exposição reduziram drasticamente taxas de mortalidade. “Não há certidão de óbito afirmando que alguém morreu especificamente da poluição do ar, mas cidades com maiores índices de poluição atmosférica têm muito maiores taxas de morte por doenças cardiovasculares”, disse o chefe do ARB, Bart Croes.

São Paulo
Na cidade de São Paulo, o ar poluído mata de 12 a 14 pessoas por dia, segundo estimativa de Paulo Saldiva, professor de medicina da USP. “Embora abasteça 10% da frota do país, o diesel é responsável por 45% da emissão de partículas em São Paulo e quase metade das mortes causadas pela poluição”, calcula.
A poluição do ar causa tantas vítimas no mundo quanto a tuberculose, compara Paulo Saldiva e uma das autoridades no debate sobre os efeitos da emissão de poluentes na saúde.
“Diferentemente da tuberculose, o controle da poluição não depende da atuação dos órgãos de saúde pública, mas da saída para conflitos econômicos”, observa o professor. Fonte: Portal Ecodebate

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segunda-feira, março 23, 2009

Carro mais barato do mundo começa a ser vendido


A montadora indiana Tata Motors começou a vender nesta segunda-feira ( 23 de março) o Nano, considerado o carro mais barato do mundo.

Ao preço de 2.500 dólares, o Nano terá como público alvo, segundo o fabricante, cidadãos pobres dos países em desenvolvimento que não tinham condições de comprar um carro. Foto ampliada

Muitos analistas consideram que o novo carro poderá significar uma revolução para o transporte de milhões de indianos pobres, mas advertem que ele também deverá trazer mais congestionamentos e poluição.

O automóvel mede três metros de comprimento, possui quatro portas e cinco lugares, mas não conta com acessórios hoje comuns em muitos modelos, como ar-condicionado, rádio, air-bag, janela eletrônica e direção hidráulica.

Fonte: BBC Brasil - 22 de março, 2009

Comentário
É um belo carro popular, típico para cidade. Hoje os carros têm uma série de parfenália eletrônica, em alguns modelos chegando centenas de sensores eletrônicos. Parece mais um cockpit de um carro de corrida ou um painel de avião. O que predomina é a eletrônica embarcada, esquecendo que alguns consumidores querem um carro simples, barato, que funcione e que não se assustem com tantas informações no painel do carro. É tanta eletrônica, qualquer variação na voltagem do carro (bateria), ele pára, pois os sensores informam que algo está acontecendo no carro. Só falta a indústria automobilística colocar uma caixa preta, usada em avião no carro e piloto automático.

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domingo, março 22, 2009

Dia Mundial da Água

Nosso planeta tem cerca de dois terços só de água. Pela lógica, parece haver água sobrando para a população, não é? Parece um absurdo falar em crise da água?

Vamos aos fatos: 97% da água do planeta são água do mar, imprópria para ser bebida ou aproveitada em processos industriais; 1,75% é gelo; 1,24% está em rios subterrâneos, escondidos no interior do planeta. Para o consumo de mais de seis bilhões de pessoas está disponível apenas 0,007% do total de água da Terra.

Some-se a isto o despejo de lixo e esgoto sanitário nos rios, ou ainda as indústrias que jogam água quente nos rios - o que é fatal para os peixes. A pouca água que existe fica ainda mais comprometida. Isto exige a construção de estações de tratamento de esgoto e dessalinização, por exemplo. E exige conscientização para que se evite o desperdício e a poluição, principalmente nas grandes cidades.

Com o objetivo de chamar a atenção para a questão da escassez da água e, conseqüentemente, buscar soluções para o problema, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu em 1992 o Dia Mundial da Água: 22 de março.

Por conta disso, a ONU também elaborou um documento intitulado "Declaração Universal dos Direitos da Água", que trata desse líquido como a seiva do nosso planeta.

Dicas para não desperdiçar água

Banheiro
■ Banho: no calor, ao invés de tomar um banho de 15 minutos, opte por dois de 5 minutos. Afinal, 10 minutos de água a menos representam 30 litros poupados.
■ Banhos longos gastam de 95 a 180 litros de água. Banhos rápidos economizam água e energia. E banhos de banheira usam mais água ainda, cerca de 200 litros.
■ Outra dica é desligar o chuveiro enquanto se ensaboa medida que economiza eletricidade e faz com que menos água vá, desnecessariamente, para o ralo.
■ Escovar o dente: feche a torneira enquanto usa a escova. Afinal, segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), se em uma casa com cinco pessoas todos escovarem o dente três vezes ao dia com a torneira fechada, serão economizados 10 litros de água.
■ Torneira e Vaso sanitário: vale ainda indicar a instalação de torneiras temporizadas e bacias com caixa acoplada, as quais auxiliam na redução do consumo de água.

Cozinha
■ Louça: também feche a torneira enquanto lava pratos, talheres, copos e panelas, abrindo apenas no momento de enxaguar.
■ Na hora de lavar a louça, atenção: não deixe a torneira aberta enquanto ensaboa e aproveite para enxaguar toda a louça de uma vez só! Com isso você pode deixar de desperdiçar até 100 litros de água! E, já que não custa lembrar, utilize sabão ou detergente biodegradáveis, que não poluem os rios porque se decompõem facilmente.

Áreas externas
■ Veículo: para lavar o carro ou moto, use baldes ao invés de mangueira. Quando for lavar o automóvel, use um balde! Pode não parecer, mas enquanto um banho de mangueira de meia hora consome até 560 litros, usando um balde o gasto não passaria de 40.
■ Quintal e Calçada: lavar esses locais com mangueira também não é aconselhável. Deixe que a chuva faça isso, ou utilize a vassoura para tirar a sujeira. Na hora de lavar a calçada, também é melhor usar um balde, evitando-se um gasto que poderia chegar a 280 litros (quinze minutos de esguicho). Mas o melhor mesmo é usar uma vassoura, que dispensa água!

Portanto, consumir de forma responsável é vital para o meio ambiente, para a sociedade e para o seu bolso, já que o uso consciente implica em redução dos gastos com a conta de água. E essas mudanças de atitude são mais simples do que imaginamos.

Fontes: IBGE :: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Yahoo Noticias – 20 de março de 2009

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sexta-feira, março 20, 2009

Acidente com empilhadeira no depósito

A empilhadeira estava transportando uma embalagem com dimensões maiores do que a largura da empilhadeira, a qual bateu na estrutura das estantes, provocando a queda total dessa estrutura. O operador da empilhadeira saiu ileso desse acidente.

Problemas
■ O depósito tem uma série de erros de delimitações de áreas para armazenagem e circulação de empilhadeiras.
■ Observa-se na parte central do depósito as áreas são de dimensões diferentes para armazenagem sem demarcações. Os corredores estão abarrotados de material de maneira desordenada.
■ O transito de empilhadeiras nesses locais são em ziguezague.
■ Não há demarcação da área para circulação de empilhadeiras (corredores exclusivos).

Recomendações:
■ As passagens dos corredores devem ser retas e não devem conter obstruções causadas por empilhamento de materiais ou colunas, de forma a permitir a direta comunicação entre as portas e todos os setores do depósito, que devem estar devidamente identificados e divididos por critérios de conveniência (cores, números etc.).
■ Uso de cores como fator de segurança nos almoxarifados
A sinalização do depósito é primordial a fim de identificar máquinas e equipamentos de segurança, delimitar áreas, advertir contra perigos iminentes ou eventuais. Sua adoção no depósito possibilita ao pessoal que nele trabalha identificar, facilmente, os perigos naturais por intermédio das cores, quando já familiarizado com a simbologia adotada. Isto não dispensa, em absoluto, o emprego de outras formas de prevenção de acidentes, tais como cartazes, painéis.
■ Operador de empilhadeira - Ao operar em espaço limitado, deve prestar muita atenção ao espaço livre lateral e superior. Se for necessário, peça a alguém que lhe ajude na movimentação.

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quarta-feira, março 18, 2009

Operário morre ao cair do 26º andar de obra no Recife


Um operário morreu ao cair do 26° andar do edifício Maria Rosa, que está em construção, no bairro do Rosarinho, no Recife. O acidente aconteceu na manhã de terça-feira, 17 de março de 2009.

Operário estava conversando no celular
O operário estava no seu posto de trabalho quando o celular tocou. Ele saiu para uma área segura, soltou o cinto que faz a segurança para atender ao telefone e esqueceu de apertá-lo depois da conversa. Quando voltou ao local do trabalho sofreu uma topada e caiu - disse o auditor.
Ainda segundo Astrogildo de Carvalho, a tragédia não teria acontecido se o carpinteiro tivesse lembrado de recolocar o cinto.

Vítima
De acordo com testemunhas, o carpinteiro José Estevão, 29 anos, caiu por cima de uma área de ferragens. Ele não resistiu ao impacto da queda.

Usava equipamentos de segurança
De acordo com a equipe do Corpo de Bombeiros, que foi ao local fazer o resgate do corpo, o trabalhador estava usando equipamentos de segurança enquanto trabalhava. As causas do acidente ainda serão apuradas.

Nenhuma irregularidade de segurança
Um auditor fiscal da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PE) foi ao local do acidente. De acordo com ele nenhuma irregularidade foi encontrada na obra e o acidente foi uma fatalidade.

Obra embargada
Apesar de não ter sido identificado nenhuma irregularidade no local, a obra foi embargada, e só deverá prosseguir depois que a empresa fizer um treinamento com todos os operários para prevenir esse tipo de acidente de trabalho.

Esclarecimento da Construtora
A Construtora Queiroz Galvão divulgou, uma nota oficial comentando o ocorrido:
"Lamentamos profundamente o ocorrido hoje, 17 de março, com o funcionário de uma das nossas terceirizadas, José Estevão. Neste momento, estamos prestando toda a assistência necessária aos familiares, através do nosso departamento de Recursos Humanos. Nosso sistema de qualidade e segurança do trabalho, através de equipes internas e auditorias externas, está apurando as causas do acidente e aguarda o laudo oficial da Polícia Científica".
O texto é assinado pelo engenheiro civil Henrique Suassuna, superintendente de Engenharia da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário.

Fonte: Globo Online – 17 de março de 2009


Comentário:
Interessante como o Ministério do Trabalho está apenas focado nas normas. Se o acidente ocorreu por um incidente em que a causa não está relacionada com a norma, é uma fatalidade. A prevenção de riscos parece-me que ainda não chegou ao Brasil. Imagina numa fábrica em que todos os trabalhadores utilizam celulares durante as atividades, alguns trabalhadores trabalhando em áreas de riscos, outros necessitam de concentração, o celular toca o trabalhador atende e quando retorna ao trabalho sofre um acidente ou provoca um acidente com a máquina, por falta de atenção ou cuidado.
Quando a pessoa atende a chamada telefônica, ela fica alheia à situação do risco do local e continua falando apesar do perigo, existente no local. A mente entra em stand-by em relação ao perigo e processa as informações da conversação telefônica.

O que está acontecendo normalmente em trânsito, motorista conversando no celular e provocando acidente por desatenção, descuido, etc., chegou ao ambiente de trabalho, principalmente no ambiente de produção, onde predomina área de risco.

Dados concretos sobre conversação no celular e suas conseqüência no trânsito que serve para análise na atividade de risco;
Pesquisa realizada no Canadá demonstrou que o número de acidentes acontecidos durante ou imediatamente após uma conversa ao telefone foi mais de quatro vezes maior do que o esperado na direção normal de veículos, bem como que os motoristas mais jovens têm maior tendência a vivenciar problemas nessa situação do que os mais velhos.
Ao desligar o celular, a pessoa pode ficar remoendo o teor da conversa e, sem ter ninguém para confortá-lo, pode até causar um acidente como reação ao que acabou de ouvir. Portanto, dependendo do assunto tratado ao telefone, a pessoa pode ter várias reações que irão refletir na segurança e responsabilidade, tais como; descarga emocional que acompanha o conteúdo do assunto tratado no momento da conversa, choro, agressividade, aumento da irritação e da tensão interna, a euforia e o entusiasmo. Algumas dessas descargas quando vêm espontaneamente do Sistema Nervoso Autônomo, levam a pessoa tomar atitudes impulsivas. A sensação de impotência diante do desconhecido e a impossibilidade de uma tomada de decisão imediata provocam na pessoa um quadro de extrema angústia.

Fatores cognitivos – destaca as alterações de atenção causadas pela simples tarefa de elaboração e compreensão das frases, audição do que é falado e do toque do telefone, além do aspecto motor da fala que alteram comprovadamente a atividade cerebral quando realizadas em conjunto com outras tarefas complexas, como dirigir, trabalhar.
De acordo com estudos americanos, o cérebro parece ter uma capacidade finita de espaço para atividades que exigem atenção. Esta conclusão se baseia em observação de Ressonância Magnética (RMN) das atividades cerebrais das pessoas enquanto executam uma tarefa complexa, em comparação à execução de duas tarefas ao mesmo tempo. Nas pessoas que dirigem em trânsito pesado e usam celulares, demonstrou-se que a atividade cerebral não duplica e sim sofre um decréscimo.

Observação inadequada e falta de atenção são dois dos principais fatores que contribuem para a ocorrência de acidentes automobilísticos. Não há nada que se possa fazer ao telefone para diminuir o efeito perturbador que uma simples conversa telefônica parece exercer sobre os efeitos perceptivos e nem se consegue programar conversas telefônicas, caracterizando-se em tarefa de percepção imprevisível. A distração que resulta de conversas telefônicas é muito influenciada pela natureza da própria conversa, particularmente quando essa conversa demanda atenção. Uma conversa de negócios intensa pode distrair o motorista a ponto de o mesmo ignorar os potenciais sinais de perigo no trânsito.
Os motoristas precisam focar sua atenção exclusivamente nas ruas e nas estradas. Precisam evitar conversas complicadas e emocionadas e principalmente não fazer uso do telefone celular enquanto dirigem, ainda que através de fones ou “viva voz”.

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segunda-feira, março 16, 2009

Napo e segurança no trabalho


Os filmes não foram concebidos para proporcionar uma cobertura exaustiva de um tema, nem devem ser encarados como filmes de teor formativo ou educativo. O papel do Napo e dos seus amigos consiste em alertar para a saúde e segurança no trabalho, através das suas personagens simpáticas, de histórias engraçadas e de uma abordagem simples. A melhor forma de utilizar o Napo é "pensar como o Napo". “Segurança com um sorriso” é a contribuição do Napo para locais de trabalho melhores, mais seguros e mais saudáveis.

Utilize o Napo na íntegra ou de acordo com sua necessidade, conforme o público-alvo, os respectivos pontos de vista e a sua atitude face à segurança no trabalho e, ainda, o ambiente no qual o filme é exibido.

As suas histórias têm valor educativo. Suscitam questões e estimulam o debate sobre aspectos específicos da segurança no trabalho. Por vezes, apresentam soluções práticas ou dão pistas para soluções.

É esta combinação de valor educativo, neutralidade cultural e boa disposição que confere à série "Napo" a sua identidade.

Filmes do Napo – click aqui

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Criança sem cinto de segurança morre em acidente de trânsito

A combinação de imprudência, falta de cuidado, excesso de velocidade e irresponsabilidade no trânsito fez mais uma vítima fatal. Uma criança de apenas 5 anos, morreu ao ser lançada fora de um veículo.

Ela estava acompanhada dos pais e da avó paterna no carro Fiat Palio, que capotou no quilômetro 598 da BR-376 (Contorno Leste), na Cidade Industrial, Paraná.

A criança caiu no outro lado da pista, próximo ao canteiro central. A avó, também foi ejetada e feriu-se gravemente. Os pais, que estavam nos bancos da frente, saíram ilesos.

De acordo com o que foi relatado por testemunhas, o acidente envolveu ainda dois caminhões. Todos seguiam pela rodovia, sentido Ponta Grossa. O caminhão Ford Cargo, atingiu a traseira do Palio, que entrava na Avenida Juscelino Kubitschek. Com o impacto, o carro se desgovernou e bateu na traseira do caminhão-tanque.

Sem cinto
Com a violência da batida o Palio capotou. Sentadas no banco traseiro, sem cinto de segurança, a criança e a avó foram ejetadas do veículo. A criança não suportou a queda e morreu no local. A avó foi socorrida pelo Siate e encaminhada ao Hospital do Trabalhador, em estado grave.

O soldado Moeckel, da Polícia Rodoviária Estadual, lamentou o acidente e lembrou dos cuidados que devem ser tomados no trânsito. “As vítimas estavam sem cinto de segurança. E, pela forma como o veículo capotou, provavelmente houve excesso de velocidade dos veículos e imprudência”, disse o policial.

Fonte: Paraná Online – 25 de setembro de 2008

Comentário:
Anualmente cerca de 1.200 crianças até 14 anos morrem e 6.600 são hospitalizadas vítimas de acidentes de carro. Estudos comprovam que o uso correto do dispositivo de segurança reduz o risco de morte em até 71%. Fonte: Criança segura

Vídeo
Vídeo muito bom, mostra um desastre e como consequencia a falta de utilização do cinto de segurança no banco traseiro do carro.

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sábado, março 14, 2009

Acidente com disco de corte

Cenário:
O trabalhador utilizava uma lixadeira montada com um disco de corte de 9" para efetuar corte na cabeça de um perfil tubular, inesperadamente o disco rompeu-se no centro.Fragmentos do disco atingiram o protetor facial do trabalhador, não ocasionando nenhuma lesão.Posteriormente, na mesma atividade, um novo disco soltou-se da mesma maneira, desta vez não atingindo ninguém.
Local do acidente:
Rompimento de disco de corte nas instalações da Petrobras em agosto de 2005

Causa imediata:
Rompimento do disco de corte

Causas básicas:
■ Seleção da ferramenta abrasiva inadequada à aplicação, visto que os flanges/equipamentos utilizados estavam dimensionados para a utilização de disco tipo 27 (desbaste) e 41 (corte com depressão central);
■ Uso abusivo da lateral da ferramenta para operação de retirada de rebarbas;
■ Falta de conhecimento das normas de uso, manuseio, segurança, classificação, e padronização de ferramentas abrasivas (ABNT NBR 15230 e ANSI B7.1).

Principais recomendações:
■ Substituição do disco de corte tipo 41 pelo tipo 42 na operação relatada;
■ Dar conhecimento das normas de segurança (ABNT NBR 15230 e ANSI B7.1), aos
supervisores e usuários desta ferramenta.
■ Providenciar treinamento prático dos executantes, junto ao fabricante para o uso correto da lixadeira.
■ Garantir que a velocidade da máquina não seja superior àquela assinalada no rótulo da ferramenta abrasiva (disco);
■ Garantir montagem correta do disco na máquina, verificando se não há aperto excessivo, se as flanges não estão sujas, empenadas, imperfeitas e/ou pequenas.
■ Garantir manuseio adequado, não utilizando equipamentos danificados por transporte e armazenagem inadequados da ferramenta abrasiva (que provocam trincas, muitas vezes não perceptíveis)
■ Garantir que não haja usos abusivos, ocasionados pela pressão de trabalho, especialmente nas laterais da ferramenta.
■ Garantir escolha de ferramenta adequada para a operação.

Fonte: GDK

Comentário:
Esse acidente mostrou como é importante o equipamento de proteção individual. Toda operação manual onde há projeção de fagulhas e possibilidade de acidente devido a fragmentos da peça ou da máquina (disco), é importante a utilização de protetor facial combinado com óculos de segurança. Principalmente em máquinas onde o manuseio executado pelo trabalhador é importante para operação e pela sua proximidade diante da peça e do equipamento. Tomar cuidado com as posições inadequadas de operação do trabalhador em locais inadequados, principalmente em obras. É importante atender as recomendações dos fabricantes (máquina e disco) quanto à segurança e especificações técnicas.

Trabalhos com lixadeiras
Requisitos:
■ Proteção de disco na lixadeira.
■ Protetor facial.
■ Luva de raspa ou vaqueta.
■ Avental de raspa.
■ Óculos de segurança.
■ Protetor facial
■ Protetor auricular
■ Os discos de corte e desbaste deverá ser especificado de acordo com o material a ser cortado ou desbastado.
■ Os operadores deverão possuir treinamento no uso de lixadeira.
■ As lixadeiras deverão possuir duplo isolamento caso não possuam o duplo isolamento devem estar ligadas ao disjuntor DR.
■ A contratada deverá apresentar inventário da máquina contendo as características técnicas do equipamento do equipamento e tipo de disco a ser usado.

Artigo publicado no Blog
Acidente com lixadeira - click

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quarta-feira, março 11, 2009

Lembrança – Tragédia em Guadalajara

Uma série sucessiva de explosões na rede coletora de esgoto da cidade de Guadalajara, a segunda maior cidade mexicana, provocou mortes e deixando um rastro de destruição ao longo da linha da rede coletora de esgoto de aproximadamente 8 quilômetros, de casas e veículos destruídos. As explosões, ocorreram a partir das 10 horas da manhã (13 horas em Brasília), 22 de abril de 1992, foram provavelmente causadas por vazamento de gás.

Guadalajara
Guadalajara, capital do estado de Jalisco, tem cerca de 4 milhões de habitantes e está localizada a 570 quilômetros a noroeste da Cidade do México, a. capital do país. Cerca de 150 mil pessoas vivem nos bairros do Setor Reforma, onde ocorreu o acidente.

Suspeita do vazamento
A primeira suspeita recaiu sobre a empresa Petróleos Mexicanos (Pemex), que mantém um gasoduto que une Guadalajara à Cidade do México. Um porta-voz da em­presa assegurou, no entanto, que as explosões não tinham se iniciado nas tubulações de óleo e gás. Apesar disso, o exército fechou de imediato o tanque 18 da Pemex, localiza­do no sul da cidade, próximo à região do acidente. A empresa Petróleo Mexicano (Pemex) alegou que as explosões começaram com um vazamento de gás hexano na tubulação de esgoto de Guadalajara. O porta-voz da Pemex, Jorge de la Rosa, disse que o vazamento estaria ocorrendo na companhia Aceitera la Central.

Empresa de óleo nega culpa em explosões
Embora a causa real da cadeia de explosões que ocorreu seja ainda um grande mistério, os técnicos da Pemex têm pelo menos uma explicação sobre o vazamento de gás hexano da fábrica "La Central", concentrando‑se na rede de esgotos. De acordo com as informações dos peritos, o hexano é um solvente extremamente volátil, incolor, insolúvel em água, letal e narcótico quando circula em grandes quantidades. Apontada como responsável pela tragédia, a "La Central" foi imediatamente fechada pelas autoridades.
Entretanto, a direção da fábrica não assumiu qualquer responsabilidade pelas explosões, como ficou claro num comunicado transmitido por uma emissora de rádio em cadeia nacional. A empresa admitiu apenas que utiliza o hexano no processamento de óleo, que mantém 60 mil litros armazenados dentro de rígidas normas de controle. Qualquer fuga do produto, destacou o comunicado da empresa, teria sido imediatamente identificada.
A fábrica de óleo e o terminal "La Nogalera" da Pemex, acoplado a um oleoduto que passa por Guadalajara, procedente de uma refinaria na cidade de Salamanca, estão instalados numa zona industrial e todos os rejeitos da região transitam pela canalização que explodiu.

Foi como um terremoto
"Foi como se tivéssemos assistido a um grande terremoto, com a destruição total de edifícios e casas” descreveu Agustin Rios, um dos coordenadores da Cruz Vermelha. Na área, densa­mente povoada, havia ônibus destroçados nas ruas e carros semi‑engolidos pelas fendas produzidas pela explosão.
"Estamos numa catástrofe", declarou o porta-voz do governo do Estado de Jalisco, Juan Guzman Flores. "É como se tivesse ocorrido um terremoto de 6 ou 7 graus na escala Ritcher", comentou. "As ruas têm buracos de até 15 metros de profundidade. Há carros sobre as casas e pendurados em árvores".

Equipe de emergência e voluntários
Centenas de voluntários juntaram-se aos bombeiros nas ações de resgate das vitimas, muitas soterradas em fendas abertas nas ruas e nos quintais. O presidente do México, Carlos Salina de Gortari, que no momento das explosões realizava visita ao Estado de Vera Cruz, retornou em seguida à capital. Dali, pretende coordenar o trabalho de assistência às vitimas do acidente.
"Parecia um campo de batalha", comentou um radialista. As reportagens de rádio falaram em dez explosões, 50 casas ruíram e centenas de carros foram destruídos. A Cruz Vermelha informou que pelo menos 150 mil pessoas moravam no local onde se concentraram as explosões, cerca de 12 quadras.

Moradores reclamaram do cheiro de gás
Desde 20 de abril, os moradores dos bairros Olímpicas e Analco advertiam as autoridades para o forte cheiro de gás exalado pelos bueiros das ruas. Membros do ser­viço público vistoriaram as redes de esgotos e de escoa­mento de águas pluviais. Em um coletor de água, a nove metros de profundidade, os técnicos encontraram gasolina, gases e azeite. Em seguida, destaparam os bueiros para permitir a saída dos gases.

Infraestrutura da região foi afetada
Durante a noite, ainda não havia sido restabelecido o fornecimento de água e energia elétrica e os telefones continuavam mudos na região afetada. Técnicos trabalhavam para detectar a origem exata do vazamento. Durante à tarde, três pequenas explosões ocorreram em bolsões de gás mantidos entre as galerias.

Galerias – rede de esgoto
As autoridades receberam chamadas de moradores de vários pontos da cidade revelando a existência de fortes odores, sem o registro de novas explosões. E, em praticamente toda a cidade, trabalhadores do governo e voluntários estavam limpando bueiros e destapando as redes de esgoto, na tentativa de permitir a circulação de possíveis fluidos que estejam retidos na rede subterrânea.

Desabrigados estão em albergues improvisados
Assustados, alguns chorando e perguntando o que fazer, milhares de pessoas não existe um número oficial estão desde a noite de 22 abril, vivendo em albergues improvisados, espalhados por vários bairros da cidade. Um dos primeiros albergues instalados está funcionando no Parque Montenegro, próximo ao aeroporto internacional. Barracas de lona acomodam cinco ou seis pessoas, em geral da mesma família. As histórias não variam muito.
Carmen Garcia, moradora da rua Pedro Gante, saiu correndo da sua casa quando escutou um forte estrondo. Desesperada, começou a andar sem parar, até que encontrou conhecidos na mesma situação e todos dirigiram‑se ao parque Montenegro, onde começaram a chegar os primeiros cobertores, água mineral, bolachas, pão de forma e leite em pó. Carmen não sabe exatamente o que aconteceu com sua casa e como todos os desabrigados não sabe quando poderá entrar na rua onde mora desde que nasceu.
Maria Solis tem o consolo de saber que sua casa esta inteira. Teve tempo para pegar algumas roupas, enquanto policiais evacuavam toda a rua. Numa barraca do Parque Montenegro ela disse que estava contente por estar viva, porém preocupada com a sorte dos seus vizinhos.
Pelo menos outros 20 albergues estão funcionando em Guadalajara em escolas e igrejas. No estádio de futebol da Universidade de Guadalajara algumas famílias também estão sendo atendidas.

Balanço da tragédia
Vítimas : 300 mortes, 1.500 feridos
Danos materiais : Uma faixa de 8 km de casas e veículos destruídos

Prejuízos estimados
Os prejuízos foram calculados em 75 milhões de dólares.

Causa da explosão: corrosão no oleoduto da Pemex
Pelos menos nove explosões em intervalos separadas foram ouvidas, começando em aproximadamente 10 h da manhã, horário local. A explosão abriu uma trincheira irregular que percorreu quase 8 km. A trincheira expandida foi considerada contígua com o sistema de esgoto de cidade, e os buracos abertos tinham pelo menos seis metros de profundidade e três metros transversalmente. Em vários locais, muitas crateras maiores de cinqüenta metros de diâmetro tragaram numerosos veículos. .
Foi instalada uma tubulação de água, por um empreiteiro, vários anos antes da explosão, que vazou água no oleoduto de gasolina que estava no nível mais inferior.A corrosão subseqüente do oleoduto de gasolina, em volta, causou o vazamento de gasolina nos esgotos.

Inquérito final
O relatório da Procuradoria Geral da República, atribuiu as explosões ao vazamento de gasolina que "saiu da tubulação da Pemex". Logo após a tragédia, a Pemex e o governo local culparam uma pequena fábrica de azeite.
Depois de ser considerada responsável pela tragédia, a Pemex anunciou que dará US$ 33 milhões para ajudar a reconstruir as áreas atingidas pelas explosões. A Pemex é a principal indústria do México.
A Procuradoria Geral da República, determinou a prisão do prefeito Enrique Dau e do secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Aristeu Mejia, além de superintendentes e técnicos da Pemex. Diretores do serviço de abastecimento de água da cidade também serão detidos. A prisão do prefeito depende de aprovação da Assembléia Legislativa local.

Acidente está entre os maiores registrados na história mexicana
A cadeia de explosões que ocorreu em Guadalajara é uma das piores desastres desse tipo da História. Segundo o porta-voz do governo do Estado de Jalisco, Juan Guzman Flores, os estragos causados pelas explosões foram semelhantes aos de um terremoto com cerca de sete graus na escala Richter, que tem como índice máximo o valor nove. O terremoto que destruiu 30% da capital mexicana e matou cerca de 10 mil pessoas em setembro de 1985, atingiu 7,8 pontos por essa mesma escala..
As explosões em Guadalajara­ só são superadas em número de vítimas e prejuízos por uma explosão de gás líquido ocorrida em novembro de 1984 na refinaria da Petróleos Mexicanos (Pemex), num subúrbio da Cidade do México.
Nessa explosão, seguida de um enorme incêndio, todo o bairro de San Juan de Ixhuatepec foi destruído, provocando a morte de 452 pessoas, ferimentos em 3 mil e deixando desabrigadas outras 10 mil. Na maior explosão provocada por vazamento de gás ocorrida es­te ano, na capital da Armênia, Erevan, morreram 21 pessoas, 18 ficaram feridas e vários imóveis foram destruídos.

Análise da tragédia

Oito quilômetros de ruas principais danificadas pelas explosões mais outros quatro quilômetros de ruas perpendiculares foram os destroços imediatos das explosões.
A área talvez mais danificada pelos destroços mas também pela densidade de habitantes corresponde ao cruzamento das ruas Sante e 20 de Novembro em Las Conchas, que corresponde ao centro do velho bairro de Analco.

Crescimento desordenado da região
O crescimento urbano da zona, acelerado a princípios dos anos 70 foi combinando áreas residenciais com instalações industriais e, sobretudo, com comércios diversos mas a maioria associada com a indústria de automóvel (auto peças).
A pobreza urbana, que constitui um alto componente de vulnerabilidade frente aos desastres, somada à convivência com instalações perigosas, configurou o quadro de alto risco que se concretizou no desastre produzido pelas explosões.

Falta de fiscalização pelo poder público
Por outro lado, aumentando a alta vulnerabilidade da população da área, as autoridades omitiram-se de toda ação preventiva com respeito à vigilância das instalações perigosas, de regulação ou readequação do uso do solo, e também há que agregar as próprias omissões da Pemex (empresa Petróleos Mexicanos).

Finalmente, as autoridades que não deram importância às reclamações dos moradores com respeito aos intensos cheiros de solventes que emanavam das galerias, declarando a inexistência de perigo e situação sob controle, constitui o antecedente que agregado aos detalhes técnicos que explicam a presença de gasolina na galeria, serviram para produzir o desastre.

Falta de estrutura do governo para emergência
A organização governamental falhou. Pôs em evidência que o organismo criado para atender desastres como o Sistema Estatal de Proteção Civil não existia em termos reais, salvo em seu decreto de criação. O governo estatal e municipal careceu de toda imaginação, a falta de um plano de contingências, para enfrentar o desastre. Interveio depois o Sistema Nacional de Proteção Civil que enviou ao local o responsável do Programa Nacional de Solidariedade.

Prejuízos
A Câmara Nacional de Comércio (Canaco) da cidade do México, assinalou que dos 10 mil estabelecimentos comerciais na zona metropolitana, 519 se viram afetados, dos quais 50 se reportaram com danos consideráveis, resultando cerca de 2.800 empregos perdidos pelo menos em três a quatro meses.
Um aspecto particular que teria que considerar é a dos mercados público. Por efeitos das explosões foram fechados os mercados da região (8).

Poderíamos tentar imaginar aqui as perdas imediatas em todos os produtos perecíveis acumulados, a perda em salários e o corte drástico por várias semanas na cadeia de distribuição.

Algo parecido ocorreu com as feiras-livres, duas localizadas nesse dia na zona próxima à explosão, e a cancelamento por bastante tempo das outras que se costumavam instalar na zona evacuada em outros dias da semana.

O CCIJ – Conselho de Câmaras Industriais de Jalisco declarou por sua parte em 6 de maio de 1992;
■ 79 empresas sinistradas (mais outras duas que registrou posteriormente),
■ 466 indústrias fechadas e 14.700 trabalhadores parados por causa da explosão.
■ Assinalou que se precisaria cerca de 4 milhões de dólares para procurar a reinstalação de cerca de 3 mil trabalhadores nas 81 empresas sinistradas. Por contribuir uma quantidade média, posterior à explosão e durante o tempo que durem as paralisações das empresas, a CCIJ estima um prejuízo diário de 320 mil dólares .

As empresas fechadas perdiam ao redor de 320 mil dólares diários, também segundo os cálculos do diretor da Companhia Siderúrgica de Guadalajara. O diretor disse, que cerca de 750 trabalhadores estão parados, sem produzir aço e os fornos paralisados necessitam de vários dias para voltar a funcionar uma vez que se reiniciasse a atividade.

A catástrofe provocou graves prejuízos no setor produtivo não somente de Guadalajara, também para o país. A reativação das empresas paralisadas foi lenta; as sinistradas demorarão mais em retornar as atividades para começar a produzir, já que muitas terão de mudar-se. Contaram com créditos do governo e das Câmaras Industriais e em muitos casos já procederam as indenizações.

Fontes:
Agência Estado, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, no período de 22 de abril a 27 de abril de 1992.
“Las explosiones de Guadalajara”- Revista de la Red de Estudios Sociales en Prevención de Desastres en América Latina – 1993


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terça-feira, março 10, 2009

IMP - Instituto de Meteorologia de Portugal - Pedra do tempo


Condição Previsão
Pedra molhada - Chuva
Pedra seca - Tempo seco
Sombra no chão - Ensolarado
Pedra branca no topo – Nevando
Não se consegue ver a pedra – Nevoeiro
Pedra balançando - Vento
Pedra pulando pra cima e para baixo - Terremoto
A pedra não está – Tornado

Comentário:
Os portugueses criaram a pedra filosofal do tempo.

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domingo, março 08, 2009

É hora de dizer adeus à geladeira?

Nos últimos dois anos, Rachel Muston, 32, funcionária de informática do governo canadense em Ottawa, vem tomando medidas para reduzir sua "pegada de carbono" -produz adubo com o lixo, seca roupas no varal e instalou um aquecedor eficiente em sua casa.

Cerca de um ano atrás, porém, ela decidiu "caprichar" em seu esforço para ser mais responsável ambientalmente, como disse. Depois de remoer a ideia durante várias semanas, ela e seu marido, Scott Young, fizeram algo que muitos considerariam impensável: desligaram sua geladeira.
"Já faz algum tempo, e estamos muito felizes", disse Muston. "Ficamos surpresos ao ver como foi fácil."

Por mais drástica que pareça a medida, um pequeno segmento do movimento verde passou a considerar a geladeira um gasto de energia inaceitável e decidiu viver sem ela. Os ativistas dizem que o refrigerador é desnecessário, desde que se tome cuidado com a compra e o armazenamento dos alimentos.

Muston calculou que sua geladeira usava 1.300 quilowatts/hora por ano, ou produzia aproximadamente 900 quilos de dióxido de carbono -a mesma quantidade da queima de 400 litros de gasolina. E um modelo ainda mais eficiente, que poderia ter reduzido esse número pela metade, usaria energia demais na opinião dela.

"Para mim, parece desperdício até usar uma geladeira classificada Energy Star", ela disse, referindo-se ao certificado de eficiência energética internacional, "porque estou me saindo muito bem sem uma".

Hoje, Muston usa um pequeno congelador no porão, juntamente com um isopor na cozinha; o isopor é mantido frio com duas garrafas de refrigerante cheias de água congelada, que são levadas para o congelador quando derretem.
Perguntada se o casal teve de abandonar algum alimento favorito, Muston suspirou. "Cerveja gelada", ela disse. "Scott não pode mais chegar em casa e pegar uma cerveja gelada na geladeira. Ele tem de colocá-la no isopor e esperar uma hora."

Mas muitos ambientalistas veem a vida sem geladeira como um objetivo excessivo e impraticável. "A geladeira foi um avanço inteligente para a sociedade", disse Gretchen Willis, 37, mãe de quatro filhos em Arlington, Texas. Embora ela esteja empenhada em reciclar e usar lâmpadas fluorescentes, traça um limite para qualquer prática ambiental que resulte em grande despesa ou inconveniência.

"É tolice não ter uma geladeira, considerando a alternativa: beber um galão de leite no mesmo dia para não azedar", ela disse.
A ideia provocou certo interesse na Europa ocidental. No último outono local, cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, reviveram a "geladeira Einstein", um refrigerador a gás pressurizado que funciona sem eletricidade e é atribuído parcialmente a Albert Einstein. E a firma italiana de cozinhas Veneta Cucine revelou há pouco tempo uma cozinha-conceito chamada iGreen, que não tem geladeira mas usa bandejas sob o balcão para manter os produtos frescos.

Uma questão para os ambientalistas sérios pode ser descobrir qual a real vantagem produzida ao se desligar a geladeira. Os refrigeradores não usam tanta energia assim. Marty O'Gorman, vice-presidente da Frigidaire, disse que uma geladeira Energy Star de meio metro cúbico usa cerca de 380 quilowatts/ano -menos que uma secadora de roupas comum- e custa à dona-de-casa US$ 40, ou cerca de US$ 0,11 por dia.
Pascale Maslin, fundador do Energy Efficiency Experts, empresa que audita o uso de energia em residências e outros edifícios, disse que as pessoas podem dar uma atenção indevida ao consumo de energia da geladeira simplesmente porque muitas vezes ouvem falar -incorretamente- que é o eletrodoméstico que gasta mais energia além do aquecimento e do ar-condicionado.
"Se fosse examinar minha vida e perguntar o que reduziria minha pegada de carbono, eu pararia de comer carne", disse Maslin. "É muito mais significativo do que desligar a geladeira."

Fonte: Folha de São Paulo - segunda-feira, 02 de março de 2009

Comentário
As pegadas de carbono nada mais são que uma metodologia usada para medir a quantidade de dióxido de carbono (CO2) que um ser humano emite em suas atividades diárias durante o período de 1 ano, ou seja, são os rastros de gases de efeito estufa (GEE) que o homem deixa ao executar simples atividades diárias como, por exemplo, usar o carro para ir trabalhar, fritar um simples ovo ou executar qualquer outra tarefa que utilize de combustíveis de base fóssil como o petróleo, o gás natural e o carvão mineral. Quando combustíveis fósseis são queimados, eles emitem Gases do Efeito Estufa (GEE), como o CO2, que contribuem para o aquecimento global. Do CO2 atmosférico, 98% vem da queima de combustíveis fósseis.

O mais interessante nessa pegada de carbono o ser humano também produz dióxido de carbono. Os animais, incluindo o ser humano, obtêm energia para construir, manter, aquecer e mover seu corpo através da decomposição de matéria orgânica, como açúcares, combinada com oxigênio respirado da atmosfera. O processo, chamado respiração, produz e descarta água e dióxido de carbono. Segundo artigo publicado no New Scientist, sugere que uma pessoa inativa exala aproximadamente 350 litros de dióxido de carbono (CO2) por dia.

Até os cientistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) não chegaram a um consenso sobre o aquecimento global e as recomendações necessárias para sua minimização. Esses cientistas também utilizam aviões, transportes, alimentações, que eles próprios consideram incentivadores do aquecimento global.

Isso lembra o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, um dos porta-vozes do aquecimento global com o filme " Uma Verdade Inconveniente ". Sua mansão de 20 quartos em Belle Meade, no estado americano do Tennessee, consome mais eletricidade em um mês do que a média das casas dos EUA consome em um ano inteiro. A média mensal de gastos elétricos de Gore, em 2006, beirou os US$1.200, de acordo com o Departamento de Energia de Nashville. Uma casa americana consome em média 10.656 kilowatt/ hora por ano, a mansão do ex-presidente consome cerca de 221.000 kW/ h, mais de 20 vezes a média nacional.

Às mudanças drásticas no clima ocorridas nos últimos 10 mil anos são atribuídos os colapsos das civilizações acadianas (Mesopotâmia, 2200 a.C); maia (Mesoamérica, há 1.200 anos); moche (Peru, há 1.500 anos); e tiwanaku (Bolívia/Peru, há mil anos). Tudo isso ocorreu sem um grama do CO2 "antropogênico" no ar. Nem a devastação de cerca de 400 mil quilômetros quadrados nas pradarias dos EUA e do Canadá ("dust bowl", 1930 a 1936) é fruto desse gás, pois foi causada pela seca e o mau uso da terra. José Carlos de Almeida Azevedo , doutor em física pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, EUA).

O que predomina atualmente é o radicalismo ambientalista que propaga afirmativas alarmistas sobre o impacto das atividades humanas sobre o meio ambiente.

Como indica Adrian Berry no livro The Next 500 Years – Life in the Coming Millennium (Os Próximos 500 Anos – A Vida no Milênio que Vem), a propensão humana ao pânico coletivo é outra marca das grandes previsões. "O medo da superpopulação, do aquecimento global e do buraco de ozônio é a versão recente do pânico milenar que nos acompanha. Mas quase sempre o pânico é inversamente proporcional ao perigo real do momento", escreveu Berry.

Pelo jeito, ninguém sabe de nada apenas tem uma leve idéia. Para alguns ambientalistas fundamentalistas, xamãs, retornaremos nos séculos passados, quando nos tempos romanos guardavam algum alimento que necessitasse refrigeração, como o leite, por exemplo, procuravam as cavernas próximas de suas casas . Com o passar do tempo, eles passaram a construir, em suas casas, espaços destinados exclusivamente a esta finalidade, ou seja, cômodos especiais que eram covas de gelo que, em geral, ficavam próximas aos porões.

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sexta-feira, março 06, 2009

Wii: o jogo é virtual, mas a lesão pode ser real

O console interativo Wii da Nintendo propõe ao jogador que faça exercícios físicos através de videogames, mas os médicos advertem que, como num esporte de verdade, existe o risco de dor ou lesão se praticado de forma intensiva e sem um aquecimento prévio.

A Nintendo afirma ter apenas conhecimento de jogadores que sentiram os músculos inchados, mas os pesquisadores britânicos do Hospital Leeds Teaching identificaram uma lesão, à qual deram o nome de "Wii Knee", que afeta o joelho dos jogadores despreparados, os chamados esportistas de fim de semana, que passam muitas horas usando o console.

O risco de lesão existe evidentemente como em toda atividade física.
Patrick Bacquaert, diretor médico do Instituto francês de Biologia e Medicina do Esporte recomenda os seguintes cuidados:
■ A primeira precaução é fazer um aquecimento antes de jogar e fazer pausas com regularidade.
■ Com o Wii, o jogador não tem limite de tempo, como quando reserva uma quadra de tênis e, se está absorto no jogo, pode passar várias horas seguidas, o que favorece a tendinite.
■ O pulso e o joelho são as zonas do corpo mais expostas as lesões quando se joga o Wii Sports - que inclui tênis, golfe, beisebol, golfe e boxe - ou o Wii Fit - programa de ginástica.

Os programas Wii Sports e o Wii Fit são os dois maiores êxitos do console, dos quais foram vendidos 40 milhões e 14 milhões de exemplares, respectivamente, em todo mundo.

O que diz os praticantes
■ "Senti dores no joelho e nas costas depois de passar uma parte jogando tênis com amigos", explica Olivier Lefebvre, de 43 anos. "Como faço menos esporte que eles, tive que fazer um esforço maior e me prejudiquei. No dia seguinte, eles não tinham problema algum", acrescenta.
"Deixei de jogar durante uns dias e fui melhorando. Agora vou com cuidado de não fazer esforço demais e faço pausas. Jogo como se fizesse esporte. Tento evitar os excessos", afirma ainda.
■ As precauções não evitam, no entanto, os acidentes. Jogando com um programa de snowboard para Wii em novembro, o ciclista profissional britânico Mark Cavendish machucou levemente a panturrilha.

Recomendação do fabricante
No máximo, temos conhecimento de músculos inchados. Isso afeta principalmente as pessoas que fazem pouco ou nenhum esporte ou as que têm, por exemplo, excesso de peso. Recomendamos a essas pessoas que façam um check-up com seu médico antes de jogar para comprovar que não têm riscos, explica Mathieu Minel, diretor de mercado da filial francesa do grupo japonês.

Não há registro de acidentes
A Nintendo, por sua parte, assegura não ter recebido queixas de lesões graves de jogadores, mas recorda que é importante respeitar certas precauções.

Fonte: Yahoo News - Sex, 06 Fev, 2009

O mundo virtual do entretenimento está provocando doenças típicas relacionadas ao trabalho precocemente, tais como;
■ lesões de esforços repetitivos,
■ problema de acuidade visual denominado de "Síndrome de Inibição monocular" em pessoas que trabalham durante muitas horas colocadas de forma incorreta em frente tela do computador,
■ problema de audição (surdez) devido à utilização de fones de ouvido de aparelhos de eletrônicos.
A vida moderna tem criado condições para o desenvolvimento de obesidade em crianças na medida em que, os pais impedem seus filhos de saírem de casa por causa da violência nas ruas. Desta forma, as crianças não podem correr nas praças, andar de bicicleta e participar de outras brincadeiras de criança, ou seja, não queimam calorias. As crianças ficam em casa, em seus quartos, jogando videogames, navegando na internet, assistindo vídeos ou TV´s.
Uma pesquisa americana revelou que 26% das crianças e jovens, numa amostragem de 4000 entre 8 e 16 anos, passavam quatro ou mais horas diariamente em frente da televisão. É necessário que os pais monitorem melhor as atividades de seus filhos, impondo horários para se dedicarem às diversas atividades, inclusive à prática de esportes.

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terça-feira, março 03, 2009

Um cenário sombrio

Velhos problemas não resolvidos e novos desafios da transformação tecnológica são obstáculos para a construção de uma política eficaz de saúde e segurança no trabalho

As reuniões de profissionais da área de saúde e segurança no Brasil, em geral, começam com as mesmas reflexões: não temos uma cultura de segurança, não temos políticas públicas organizadas para o tema, não temos dados confiáveis para baseá-las, mas sabemos que o número de acidentes de trabalho, de agravos à saúde relacionados ao trabalho, de tragédias individuais e sociais causados pelo e no trabalho são inaceitáveis.

Tudo isso é verdade e as razões deste panorama não são difíceis de perceber.

■ Em primeiro lugar a passagem do modo de produção predominantemente agrícola e familiar para o modelo industrial, baseado na divisão e controle do trabalho, se deu muito rapidamente. Hoje, esse modo de produção é amplamente predominante, inclusive no campo. As conseqüências dessa mudança rápida, em termos históricos, se refletem tanto nos ambientes de trabalho quanto nos próprios trabalhadores.
Ambientes de trabalho escuros, com máquinas e equipamentos perigosos, sem um mínimo de organização ou sistema de proteção mesmo que visando a preservação do próprio maquinário, ainda são comuns e não chocam ninguém. Por sua vez, trabalhadores que não têm uma tradição de reivindicação e de auto-organização para defesa de seus interesses coletivos e, por outro lado, com ampla experiência de relações sociais e de trabalho extremamente autoritárias, acabam por criar estratégias defensivas baseadas na negação do risco, aumentando a resistência em aceitar proteções individuais ou coletivas, ainda mais se essas implicam diminuição de sua performance no trabalho.

■ Em segundo lugar, em países de capitalismo periférico, como é o nosso caso, a valorização do trabalho só é comparável ao desvalor atribuído ao trabalhador, principalmente durante os sucessivos períodos de crises econômicas que aumentam o já enorme exército de reserva, constituído por milhares de desempregados e subempregados, dispostos a aceitar quaisquer condições para manter um trabalho remunerado regular.
Mais recentemente, o grau de degradação e violência nas periferias das cidades (não só as grandes) contribui de maneira significativa para a construção de uma percepção de banalidade da vida, cujo reflexo no mundo do trabalho é a consideração de que sistemas de proteção são caros e um exagero de zelo.

Subnotificação e informalidade
Nesse contexto, torna-se difícil delimitar o que são os principais problemas de segurança e saúde do trabalhador brasileiro. Quase sempre, só são registrados os acidentes graves que levam a afastamento do trabalho por mais de 15 dias. No caso das doenças profissionais e do trabalho a subnotificação é a regra, já que na maioria das vezes, sequer são diagnosticadas. Os dados dão conta apenas de uma parte dos trabalhadores, aqueles que se encontram no mercado formal de trabalho, constituindo o universo de segurados do Instituto Nacional da Seguridade Social.

Contudo, parte expressiva dos trabalhadores está no mundo do trabalho informal. À margem dos benefícios previdenciários e, portanto, sem análise de seu perfil de morbimortalidade a partir do trabalho. Nesse mundo, muitas vezes, trabalho informal é também trabalho ilegal e vai empregar uma mão-de-obra não aceita na formalidade, como jovens e crianças que acabam por ter o pior tipo de iniciação, consolidando uma visão distorcida do trabalho, na qual ganhar a vida implica aceitar o risco de perdê-la.

Na minha opinião, portanto, o principal problema de segurança e saúde no trabalho (SST) no Brasil é a absoluta falta de consciência quanto ao que venha ser trabalho seguro e saudável e o conseqüente descaso com a questão. De qualquer ângulo que se aborde o tema, seja do ponto de vista do trabalhador, do empregador ou do próprio Estado, o investimento em SST é considerado secundário.

Com o fenômeno da globalização econômica, instituindo concorrência entre trabalhadores dos diversos cantos do mundo e enfraquecimento do movimento sindical (que anda meio perdido diante da ameaça de transferência de empresas para regiões onde o trabalho é ainda mais barato), as reivindicações referentes às questões de SST, se não desapareceram dos Acordos Coletivos, permanecem como figuração. Negociam-se questões já resolvidas na legislação ou pequenas variações em torno do mesmo tema, nada que possa implicar tomadas de posição no sentido da construção de políticas de segurança, com a participação de trabalhadores.

Falta política de segurança
Para os empregadores, é uma questão de custo operacional. Empresas maiores, geralmente, incluem em seus orçamentos gastos com proteções de máquinas, equipamentos de proteção individual (EPI), elaboração e manutenção de programas obrigatórios pela legislação, como PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e PPRA – Programa de Prevenção aos Riscos Ambientais.

Mas são raras as exceções de construção de uma política de segurança própria, pró-ativa e capaz de envolver o trabalhador ao invés de simplesmente obrigá-lo a seguir regras sem muita reflexão sobre o assunto. Em geral, trata-se de cumprir a lei. Nas pequenas e médias empresas o conflito é bem maior. Nessas, segurança e saúde do trabalhador costuma se resumir à compra de equipamentos de proteção individual de péssima qualidade e, muitas vezes, inadequados e realização de exames médicos malfeitos e descontextualizados.

Longe de aumentar o controle sobre a saúde dos empregados e dos riscos nos ambientes em que trabalham, esses exames costumam servir apenas para efeitos burocráticos, atender às exigências da fiscalização, comprovação de cumprimento legal perante a justiça etc.

Já as organizações e instituições do Estado envolvidas no tema debatem-se entre um discurso e uma prática desvinculados e uma eterna disputa de competências. No Ministério do Trabalho e Emprego, responsável pela regulamentação e fiscalização dos ambientes e condições de trabalho, o principal problema ainda é um conflito de identidade. Há muito já superamos o entendimento de que nosso papel se resume à resolução de problemas pontuais em fiscalizações
pontuais. Há muito é hegemônica, entre os auditores fiscais do trabalho especializados em saúde e segurança no trabalho, uma visão de que nosso papel pode ser muito mais transformador se praticarmos a fiscalização do trabalho de maneira planejada, com objetivos definidos previamente e com a participação dos diversos atores sociais envolvidos.
Essa passagem do fiscal solitário para um agente de transformação social que usa suas ferramentas de trabalho, inclusive os recursos legais da multa, da notificação, da mediação e outras típicas da função, em ações envolvendo organizações de trabalhadores e empregadores ou grupos de empregadores e empregados de um mesmo ramo ou atividade ou ainda com o mesmo tipo de problema; reflete-se na organização de grupos e programas especiais de trabalho
e nas comissões tripartites para introduzir mudanças na legislação, entre outras ações. No entanto, o desenvolvimento dessas práticas é tolhido pelo modelo de controle e avaliação do trabalho do auditor fiscal, ainda baseado na produtividade individual e quantidade de fiscalizações realizadas.

Diálogo insuficiente
Outro grave problema que aparece como entrave à construção de políticas públicas de saúde e segurança no trabalho é falta de diálogo e mesmo o conflito de interesses entre as diversas instituições e níveis governamentais ligados à questão. A fiscalização não tem nenhum mecanismo formal de diálogo com a Previdência Social que, por sua vez, foca sua ação na questão da concessão ou negação de benefícios ao segurado individual, não analisando a relação entre o problema de saúde apresentado (seja doença ou acidente) e os ambientes de trabalho. Sem menosprezar a necessidade do atendimento individual, é preciso ter em mente que a particularização do problema pode gerar e gera enganos tanto na concessão quanto na negação desses benefícios e, principalmente, na caracterização da relação de causalidade entre os problemas apresentados pelo trabalhador/segurado e o trabalho.
E temos também o Sistema Único de Saúde (SUS), a quem cabe, conforme a legislação, a atenção à saúde do trabalhador desde a proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
Com tantas questões mais imediatas e prementes a resolver, o SUS ainda não tem organizado sua ação em SST.
Alguns municípios até chegaram a criar Centros de Referência em Saúde do Trabalhador que resistem bravamente graças, principalmente, ao engajamento de seus profissionais, mas ainda isolados do restante da rede, pouco equipados e sem grande expressão no mundo do trabalho.
É neste cenário sombrio que enfrentamos não só o quadro de acidentes de trabalho e doenças profissionais já conhecido como outro, apenas suspeitado, advindo da rápida transformação de tecnologias de produção e organização do trabalho.

Qual é o resultado do processo de terceirização do trabalho na preservação da saúde e vida do trabalhador?

A agroindústria canavieira está levando os colhedores de cana de açúcar à morte por exaustão? E todos esses novos produtos e processos químicos e físicos introduzidos nos ambientes de trabalho, que repercussão têm trazido? Essas e outras questões semelhantes permanecem sem resposta. E se não temos conseguido sequer responder de maneira coerente e integrada aos velhos problemas, dificilmente conseguiremos compreender e atuar sobre os novos.

Fonte: Consuelo Generoso Coelho de Lima - Médica do trabalho e auditora fiscal do trabalho.

Comentário:
O grande problema do Ministério do Trabalho é definir a função do auditor? Seria um auditor com finalidade previdenciária, o que prevalece atualmente ou um auditor especialista em engenharia de segurança do trabalho? Outro item importante do auditor do Ministério do Trabalho, ele não tem procedimento padrão ou normas internas quanto à definição de critério de segurança quanto às normas. Cada auditor tem sua concepção e visão de definição de alguns quesitos das normas, o que contraria a finalidade de uma auditoria padrão, que deve seguir e adotar normas e procedimentos padrões aprovadas pelo órgão (Ministério do Trabalho).
Não existem os guidelines de segurança que são protocolos de condutas que visam melhorar a qualidade da aplicabilidade das normas de segurança. São criados a partir de um consenso entre profissionais, das áreas de pesquisas e experiências práticas. Eles possibilitam a uniformização das práticas adotadas de normas de segurança.

A norma atual é mais rigorosa e complexa, mas na prática ela não está surtindo o efeito desejável, pois permanece elevado o número de acidentes.
Segundo estudos de especialistas esse problema reflete em:
■ o avanço do desenvolvimento da cultura de segurança é muito lento, os trabalhadores são inertes às campanhas de segurança;
■ é difícil para os trabalhadores trabalhar seguramente se não existe a cultura de segurança na organização;
■ as campanhas de segurança geralmente resumem-se a um slogan, o rumo para alcançar a segurança permanece obscuro e remoto para muitos empregados e empregadores;
■ as pequenas empresas não tem recursos suficiente para implantar gerenciamento de segurança, embora estas tenham um importante papel como empreiteiras no sistema da construção;
■ os efeitos do treinamento são mínimos no sistema de sub-contratação, pois promover treinamentos de orientação ou dos trabalhadores em serviço não é tarefa fácil, porque muitos deles não são empregados diretos da empresa;
■ existe falta de treinamento e experiência dos “profissionais de segurança” no gerenciamento da segurança;
■ existem concepções erradas da segurança, tipo o uso de EPI’s para a resolução de problemas.

A legislação está preocupada na implementação de regras de segurança, principalmente no que se refere às condições físicas de trabalho. Porém, o Ministério do Trabalho está simplesmente preocupado na fiscalização e penalização do empregador por violar a legislação. Essa mentalidade de fiscalizar e penalizar não cria condições a longo prazo para construir uma cultura de segurança entre os empregadores e trabalhadores.
Os programas das Normas de Segurança induzem que os riscos são segmentados. O que vemos são laudos e programas distribuídos em diversos relatórios, sem nenhuma interligação entre eles para efetuar a gestão de segurança.
Concluindo, o grande erro nas normas de segurança é que não existe ênfase no desempenho e conduta segura. Partem do princípio que implantando as normas todos os problemas serão resolvidos. Esse é o cenário do filme brasileiro chamado “Trabalho”, os atores são quase os mesmos (governo, empresa, empregado, sindicato), o enredo é sempre atualizado (normas) e o resultado é sempre o mesmo, acidentes e fatalidades. O Brasil está sempre fazendo do filme “Trabalho”, um remake.

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domingo, março 01, 2009

A ecotoxicidade da água residual de incêndio

Identificação de perigos
Afirma-se que a água residual de incêndio geralmente não representa uma ameaça séria ao ambiente (Institution of Chemical Engineers, Environment 97, de Reino Unido). Esta afirmação parece aplicar-se aos incêndios típicos de edificações residenciais em áreas urbanas que não estão localizadas nas proximidades de ecossistemas sensíveis, e não envolve o potencial para a liberação de grandes quantidades de materiais orgânicos ou de produtos químicos perigosos. Nas situações onde os incêndios em instalações químicas, depósitos, ou grandes instalações comerciais são combatidos, os perigos e os riscos ao ecossistema são muito maiores, tais como;

■ Sandoz Chemical Company - Basle, Suíça, 1 de novembro de 1986, incêndio no depósito de produtos químicos (pesticidas, herbicidas, etc). Água contaminada do incêndio escoou para os córregos que desembocam no rio Reno. Houve desastre ambiental

■ Allied Colloids Chemical Company, South Bradford, Reino Unido, em 21 de Julho de 1992, que fabrica uma variedade de produtos químicos utilizados em tratamento de água, em indústria de papel, têxtil, pintura e agrotóxico. O depósito principal localizado numa elevação, rompeu um incêndio devido ao armazenamento de produtos oxidantes. Foram utilizados 16 milhões de litros de água para combater o incêndio. A água utilizada no incêndio reagiu com materiais estocados no depósito, formando polímeros viscosos. Esse polímero bloqueou o sistema de drenagem do local e a água contaminada fluiu para rio próximo. O efeito ecológico foi catastrófico, numa distância de 30 km.

■ Plastimet Inc. Hamilton, Ontário, Canadá, 12 de setembro de 1997 - Empresa de reciclagem tinha cerca de 400 t de PVC sólido. Um incêndio começou propagando-se no material estocado. A queima do PVC liberou uma série de substâncias altamente tóxicas, tais como, dioxinas, PCB, acido clorídrico, benzeno. O incêndio queimou durante três dias. No terceiro dia, houve a evacuação de 650 moradores da vizinhança. No início o incêndio foi considerado como um incêndio normal, sem a preocupação com meio ambiente e contaminação. Os bombeiros foram expostos a essas substâncias tóxicas, sem equipamentos adequados (quando o suprimento de ar esgotou, trabalharam sem máscaras). Os moradores queixaram-se de irritação na garganta, olhos, respiração. Nas semanas seguintes, após o incêndio, centenas de bombeiros queixaram-se de problemas nos olhos e respiratório, erupção cutânea, e problemas gastrointestinais. Após o incêndio o meio ambiente foi contaminado por benzeno, etilbenzeno, xileno, tolueno e metais tais como; alumínio, cádmio, cromo, cobre, ferro, chumbo, molibdênio, níquel, prata, vanádio e zinco;
como demonstraram nesses incidentes, que exigem gerenciamento e planejamento cuidadosos.

Em primeiro lugar, é vital executar a identificação e a priorização dos respectivos perigos. A identificação e a priorização dos perigos de água residual de incêndio incluem três componentes:
1-o tipo e a quantidade dos produtos químicos armazenados ou no uso na instalação,
2-na proximidade de áreas humanas, e
3-na proximidade de ecossistemas sensíveis.

Riscos químicos
Os principais produtos químicos incluem:
■ biocidas de qualquer tipo, incluindo pesticidas, herbicidas, fungicidas, raticidas,
■ agentes branqueadores, ou outros esterilizadores
■ produtos a base de metais, especialmente, mercuriais, mas também, cobre e cádmio.
■ cobre tem a toxicidade comparativamente elevada em sistemas aquáticos, embora sua toxicidade para o ser humano é baixa.
■ produtos a base de amônia.
■ produtos a base cianeto.
■ produtos químicos que afetam fortemente o pH.
■ compostos orgânicos halogenados (como o PVC) capaz de produzir dioxinas halogenadas e furanos durante a combustão.

É importante a avaliação do ecossistema da vizinhança para instalações de depósitos ou que usam volumes elevados de substâncias perigosas ecologicamente, especificamente, nas proximidades de canais, costa litorânea , devido a risco de incêndio químico. Algumas instalações podem armazenar ou usar volumes elevados de produtos químicos perigosos distantes dos locais ecologicamente sensíveis.

Compostos resultantes da combustão
Toda água residual de incêndio contém produtos da combustão, muitos dos quais são previsíveis em sua natureza e toxicidade.
Os produtos incluem: os fosfatos, sulfatos, nitratos, dioxinas e furanos cloratos , compostos orgânicos voláteis (COV , benzeno, tolueno, etilbenzeno, xileno), hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, os microcompostos orgânicos (formaldeído, acroleína, butadieno, cloreto de vinil, etc.), e os metais. A importância relativa destes compostos para avaliações da ecotoxicidade é discutida em termos gerais abaixo.

Os compostos halogenados e poliaromáticos
Todos os tipos de incêndio produzem compostos orgânicos tóxicos ou compostos orgânicos halogenados. Isto é porque muitos processos térmicos levam à formação de dioxinas e furanos policlorados dos materiais orgânicos simples comuns. Enquanto a presença de determinados constituintes químicos aumentam a formação destes compostos, eles são emitidos mesmo em incêndios residenciais. Os hidrocarbonetos poliaromáticos são emitidos também durante a combustão de materiais orgânicos comuns. Os níveis de concentração variam de 1,0 > a 7,2 ng/m3 (I-TEQ, equivalência tóxica), (ng, nanogramo) para dioxinas e furanos policlorados e 6,4 a 470 mg/m3 para hidrocarbonetos aromáticos policíclicos.

Estes compostos são encontrados em material particulado (fumaça) expelido no ar e na fuligem depositada. Ambos as formas contribuiriam à presença de componentes químicos tóxicos na água residual de incêndio. Uma das preocupações relacionadas a estes compostos é associado com seus efeitos carcinogênicos em vez dos seus efeitos em sistemas ecológicos. Entretanto, em concentrações elevadas, os efeitos adversos nos sistemas reprodutivo e endócrino podem ser observados.

Uma única exposição aguda destes compostos, como ocorreria em um cenário de água residual de incêndio, não resultaria em propagar-se na mortandade da vida aquática, nem causaria distúrbios permanentes nos aparelhos reprodutivos ou endócrinos. Conseqüentemente, em termos de controle de riscos ecotoxicológicos agudos, estes não são considerados para serem compostos de risco elevado em comparação com outros compostos.

Entretanto, as dioxinas e furanos policlorados são ambientalmente persistentes e biomagnificação através da cadeia alimentar, assim tendo efeitos sub‑letais latentes em animais. Possuem também a capacidade de encontrar seu meio, no topo da cadeia alimentar e de penetrar no tecido humano, e conseqüentemente quaisquer contribuições ao nível de concentração ambiental e humano das dioxinas e furanos devem ser evitadas.

Os metais
Os resíduos da combustão contêm inevitavelmente metais, porque são tipicamente não voláteis e saem do incêndio inalterado. Os metais são componentes integrantes das estruturas de construção, e são componentes freqüentes de corantes e pigmentos nas pinturas.

Portanto, eles são emitidos geralmente durante incêndios industriais. Por exemplo, a análise da água residual do incêndio da Plastimet, indicou níveis elevados de uma grande quantidade de metais, muitos dos quais são perigosos à vida aquática. Alguns metais (chumbo, mercúrio, cádmio, cromo e arsênico) são altamente tóxicos aos seres humanos e à vida aquática, enquanto outros metais tais como; o cobre, o zinco, e níquel são mais tóxicos à vida aquática do que aos seres humanos. O arsênico, por outro lado, é muito mais tóxico aos seres humanos.

Os tipos de instalações industriais pelos quais estes metais geralmente podem ser encontrados incluem; fábricas da bateria ou de reciclagem, manufatura de plásticos (alguns pigmentos contêm cádmio), instalações de galvanoplastia de cromo e níquel.

O cobre, zinco, e níquel são encontrados extensamente em materiais de construção, e o cobre é encontrado freqüentemente em pintura de prédios mais antigos.

Alem disso, a toxicidade aguda colocada por metais no evento do incidente de água residual de incêndio (Plastimet), há a preocupação adicional da bioacumulação dos metais em outros processos. Desde que formas elementares destes metais não sofram ruptura ou nem dissipam através de processos químicos, a remoção desses metais do ecossistema deve ocorrer pelo transporte físico ativo via organismos, saindo do sistema ou através de remoção do sedimento contaminado.

Espumas e outros tipos de produtos químicos retardantes de chama
Certos tipos de incêndios são combatidos freqüentemente com espuma em vez de água. O uso de espuma é preferido para incêndios em; líquidos inflamáveis, desastres de aviação, refinarias e petroquímicas. Nestes tipos de aplicações, a rápida extinção de incêndio e boa segurança pós-incêndio são essenciais.

Estes produtos químicos retardantes de chama podem ser divididos em variedades detergentes e a base proteínica.

Os retardantes a base de detergentes são compostos geralmente de fosfato de amônio, sulfato de amônio ou detergentes polifosfato com uma camada de argila de atalpugita (argila extremamente fina), tal como silicato de magnésio hidratado ou fosfato de diamônio com um agente espessante de goma de guar. Estes sais de amônio e de sulfato inibem a combustão, mas podem conduzir à corrosão em concentrações elevadas. Por esta razão, inibidores de corrosão são algumas vezes adicionados e incluem o ferrocianeto e o toliltriazide de sódio, ambos são altamente tóxicos à vida aquática.

Extratos formadores de espuma
Os retardantes de chama de pouca duração consistem tipicamente espumas ou os surfactantes que aumentam a ação de supressão de incêndio da água pelo aumento de sua retenção em fontes de combustível ou pela redução da evaporação.

Entretanto, os surfactantes diminuem também a tensão de superfície da água e a capacidade da água transportar o oxigênio.

Pouco é conhecido sobre os efeitos de espumas e aditivos químicos supressores de incêndio na vida de planta aquática ou terrestre. É previsto, que a introdução de aditivos químicos de nitrogênio e fosforoso ou como fertilizantes ou retardantes de chama agiriam para se alterar níveis de nutrientes do solo, e conseqüentemente o impacto no crescimento de planta. Entretanto, a adição destes nutrientes pode impactar desfavoravelmente determinados ecossistema. Algumas plantas favorecem com os teores baixos de nitrogênio e fosforoso nos níveis do solo, e conseqüentemente estas plantas seriam particularmente suscetíveis a toxicidade destes tipos de espuma.

Houve poucos estudos de toxicidade aguda ou crônica realizados para investigar o efeito dos retardantes de chama em animais selvagens aquáticos ou terrestres ou em ecossistemas. Porém as investigações indicaram que os retardantes proteínicos são tipicamente menos tóxicos aos organismos aquáticos incluindo peixes, crustáceos, protozoários, e algas, do que são os retardantes a base de detergentes. A concentração letal aguda resulta de valores em 50% de mortalidade (LC50) para alguns destes agentes variam de 10-100 ppm (detergentes sintéticos), a 10.000 ppm (fluoroproteínas).

Alguns estudos recentes mostraram que os produtos químicos do detergente sintético têm a ecotoxicidade aguda moderada. McDonald e outros estudaram em 1997, a toxicidade aguda de cinco retardantes de chama comumente usados (extratos formadores de espumas), em teste de espécie de invertebrado aquático (Hyalella Azteza). Ambos as espumas de surfactante testado em uma solução de 1% (Phos-Check Wd-881, extrato de espuma para incêndio de classe A, usado principalmente em incêndio florestal), e (Silv-Ex, extrato de espuma para incêndio de classe A, madeira, papel, etc) mostraram que os valores de mortalidade L50 (concentração letal de 50% dos organismos de teste) estavam numa faixa de 10-46 mg/L em condições da água mole ou dura (concentração de sais).

Isto significa que um fator da diluição aproximadamente de 500 vezes seria necessário para uma solução de 1% para alcançar a concentração LC50. A aplicação de um fator de segurança típico de 100 resultaria na necessidade para uma diluição de aproximadamente 50.000 vezes para conseguir um nível de concentração segura (USGS, 1999). Ou seja 20 litros de extrato de espuma a 1% de Silv-Ex, exigiriam um milhão de litros de água para sua diluição a um nível que fosse considerado seguro para a maioria de vida aquática.

A amônia que está presente na espuma de detergente sintético, apresenta uma ampla variedade de toxicidade à vida aquática, e a magnitude do risco é muito dependente da espécie. O USEPA (United States Environmental Protection Agency) adotou um valor de 0,02 mg/L (ppm) com o qual toda vida aquática pode ser protegida.

Embora a toxicidade destes agentes retardantes é menor do que encontraria para muitos produtos químicos biocidas, a mortalidade dos peixes tem sido relatada ainda nos córregos contaminados com os produtos químicos retardantes.

Em um exemplo informado em 1993, quase 25 t de espuma sintética foi aplicado em um incêndio que se propagou rapidamente em pneus, à água residual resultou na destruição completa da vida dos peixes em um córrego próximo. Neste caso, a concentração extremamente elevada de espuma fez um "tapete de espuma” no rio, a qual atribuiu a responsabilidade pela destruição da vida aquática no local.

Fonte: The Ecotoxicity of Fire-Water Runoff - Part I: August 2001 – Jefferson Fowles, Ph.D., Marie Person, M.Sc. and Dominique Noiton, Ph.D - New Zealand Fire Service Commission Research Report Number 17 - New Zealand Fire Service Commission

Glossário

Metais pesados
Os despejos de resíduos industriais são as principais fontes de contaminação das águas dos rios com metais pesados. Indústrias metalúrgicas, de tintas, de cloro e de plástico PVC (vinil), entre outras, utilizam mercúrio e diversos metais em suas linhas de produção e acabam lançando parte deles nos cursos de água. Outra fonte importante de contaminação do ambiente por metais pesados é os incineradores de lixo urbano e industrial, que provocam a sua volatilização e formam cinzas ricas em metais, principalmente mercúrio, chumbo e cádmio.

Estas substâncias tóxicas também depositam-se no solo ou em corpos d'água de regiões mais distantes, graças à movimentação das massas de ar. Assim, os metais pesados podem se acumular em todos os organismos que constituem a cadeia alimentar do homem. É claro que populações residentes em locais próximos a indústrias ou incineradores correm maiores riscos de contaminação.

Dioxinas e TEQ
Dioxina é o nome comum para uma família de compostos químicos (existem 77 formas diferentes de dioxinas), que apresentam propriedades e toxicidade similares; aparecem como conseqüência de processos térmicos que envolvem produtos orgânicos em presença de cloro e têm graves efeitos sobre a saúde e o ambiente que se agravam por suas propriedades de persistência e acumulação
As dioxinas são encontradas geralmente em mistura, contendo outros tipos de dioxinas e componentes. Cada uma delas tem o seu grau de toxicidade. Para expressar as várias toxicidades de tais misturas, foi desenvolvido o conceito de fator internacional de equivalência tóxica (TEQ). A equivalência tóxica pesa a toxicidade do elemento menos tóxico do composto como uma fração de toxicidade do mais tóxico (TCDD, tetrachlorodibenzodioxin, tetraclorodibenzodioxina). Cada composto é atribuído um fator especifico de equivalência tóxica, comparado ao TCDD, que é o mais tóxico (referência)

Biomagnificação
A concentração do composto aumenta ao longo da cadeia alimentar. Muitos destes compostos tóxicos tendem a ser absorvidos por organismos e passam a acumular-se tanto no próprio organismo (bioacumulação) como também na cadeia alimentar (biomagnificação), sendo que o próprio homem ocupa uma posição de predador de topo de cadeia e, portanto, é altamente prejudicado por esses compostos.

Ecotoxicologia
Preocupa-se com o estudo das ações e efeitos nocivos de agentes físicos e químicos presentes no meio ambiente sobre os constituintes vivos dos ecossistemas, tendo com principal finalidade avaliar o risco resultante da presença de tais agentes.

Biocidal, biocide, biocida
Substâncias químicas, de origem natural ou sintética, utilizadas para controlar ou eliminar plantas ou organismos vivos considerados nocivos à atividade humana ou à saúde.

Surfactante (agente espumante) :
Agente ativo de superfície que é uma substância, tal como um detergente que se adiciona a um líquido para aumentar as suas propriedades de se espalhar e de molhar por redução da sua tensão superficial.

Espessante:
Substância capaz de aumentar, a viscosidade de soluções emulsões e suspensões.

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posted by ACCA@10:28 PM

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