Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

quinta-feira, outubro 29, 2009

Riscos da indústria de chips

Uma nuvem tóxica marrom-amarelada subia do piso em uma fábrica de chips para computadores da Teccor Electronics em Irving, Texas (oeste dos EUA). Ácidos haviam vazado de uma bomba defeituosa para as placas de silício. A reação química resultante criou uma fumaça perigosa.
Três funcionários, atordoados e lutando por respirar, terminaram no hospital. Por semanas, sofreram problemas respiratórios.

Riscos à saúde dos trabalhadores
Algumas companhias colocaram em perigo a vida de seus trabalhadores por não treiná-los integralmente quanto aos produtos químicos de alto risco, às vezes mortíferos, que manipulavam.

Segurança Inadequada
■ Cerca de 10% das cerca de 1.200 fabricas de chips e equipamentos correlatos inspecionadas desde 1992 demonstraram deficiências de treinamento.
■ De 1993 a 1997, 10 das 36 fábricas do setor no Vale do Silício, na Califórnia (Costa Oeste dos EUA), foram intimadas devido a problemas de saúde e segurança, segundo a OSHA e os Corpos de Bombeiros locais.
■ Algumas continuaram a usar produtos químicos suspeitos de causar câncer ou abortos, mesmo que a vasta maioria das empresas tenha reconhecido o perigo e adotado substitutos mais seguros, segundo dados oficiais.

Processos penais
O setor é alvo de dois conjuntos de processos penais, envolvendo a IBM e a Motorola. Trabalhadores e comunidades alegam que os produtos químicos usados para fabricar chips causaram câncer, defeitos congênitos e desordens respiratórias e neurológicas.
No Vale do Silício, pelos menos 18 dos 29 locais designados pelo governo federal como parte do Superfund -os lugares mais poluídos do país- estão vinculados à indústria de chips. Mais trabalhadores e comunidades provavelmente enfrentarão perigos gerados pelo setor à medida que este progride. Nos próximos cinco anos, 30 grandes fábricas de microprocessadores serão abertas nos EUA.

Poder econômico
A alta capacidade econômica do setor de semicondutores encobriu seu lado tóxico. Companhias norte-americanas do setor empregam 265 mil pessoas em todo o mundo. Nos EUA, a indústria fornece os componentes básicos para a indústria da eletrônica, que fatura US$300 bilhões ao ano e emprega 2,4 milhões de pessoas.

Riscos na etapa de fabricação de chips
Foto: Técnicos, com roupas especiais, que não soltam partículas, manipula chips em sala limpa, na qual o ar é mais livre de poeira do que nas salas de cirurgia.

Os funcionários trabalham dentro de edifícios baixos, em salas tão desprovidas de poeira que, em comparação, até mesmo salas de cirurgia em hospitais podem ser consideradas sujas.
Os trabalhadores usam trajes que os cobrem da cabeça aos pés para que pedaços de suas peles, cabelos e sua respiração não contaminem os preciosos chips.

Em torno dos trabalhadores, porém, em tubos por sobre suas cabeças e ralos de drenagem no solo, flui um rio químico perpétuo.
Mais de 60 ácidos, solventes e gases perigosos são empregados na produção. Os produtos químicos escavam circuitos microscópicos nas placas de silício, um processo com dezenas de etapas.
■ O ácido fluorídrico, um gás ou líquido incolor, pode causar queimaduras severas que per­furam a pele.
O gás arsina é o mais tóxico e ataca as células vermelhas do sangue. Um vazamento de um cilindro desse gás em uma sala de estar típica causaria a morte em uma aspirada. Gás militar venenoso.
O gás fosfina, igualmente tóxico, destrói o tecido pulmonar.
O gás silano (hidrogênio siliciado) entra em ignição ao contato com o ar e já envolveu trabalhadores com suas chamas.

Doença ocupacional e segurança
Na antiga fábrica da Zilog, em Idaho (oeste dos EUA), os trabalhadores ficaram repetidamente expostos a ácidos, solventes e fumaça química, em 1993 e 94.
Eles dizem que essa exposição os fez adoecer e, em alguns casos, causou abortos. Os trabalhadores queixosos fecharam um acordo com a companhia por US$ 2,25 milhões em 1996.
Em contrapartida, dados do Serviço de Estatísticas do Trabalho apontam a indústria de semicondutores como uma das seguras. Seu índice de ferimento e doenças entre trabalhadores fica em cerca de um terço da média da indústria.
Os trabalhadores do setor de semicondutores tem, no entanto, taxa de exposição a produtos químicos, com resultante perda de dias de trabalho, 29% superior a da média da indústria.
Diversos estudos demonstraram que os trabalhadores das fábricas de processadores têm mais problemas respiratórios e dermatite do que outros operários da indústria. Três estudos entre 1986 e 1992 demonstraram também a suspeita de uma ligação entre o éter glicolizado à base de etileno,

Riscos químicos - treinamento inadequado
Dez por cento das fábricas do setor não treinaram ou informaram seus trabalhadores adequadamente quanto aos riscos químicos. Essa média é duas vezes melhor que a indústria como um todo, diz a OSHA.
Mas poucos setores usam tantos tipos diferentes de produtos químicos tóxicos como as fábricas de semicondutores. Mais de 85% das companhias de semicondutores advertidas por deficiências de treinamento eram empresas de menor porte.
■ Funcionária da Zilog teve 4 abortos e um filho morto nos três anos em que trabalhou na empresa, mas não está processando a companhia.
■ Na Zilog, cerca de 900 funcionários tiveram problemas de saúde em 93 e 94; a empresa não admite responsabilidade pelas doenças.
■ Em 96, vazamento de 453 quilos de gás tóxico em uma fábrica de chips em Michigan provocou desocupação de uma área de cerca de 5 km2.

Saiba como são feitos os microprocessadores
A fabricação do cérebro do computador é algo muito complexo. São necessárias, em média, 2.000 etapas para produzir um circuito integrado mais sofisticado.
A complicação do circuito reside na desproporção entre os milhares de caminhos internos, por onde vão circular os sinais elétricos, e suas reduzidas dimensões.
Um microprocessador, como o Pentium II de 333 MHz, da Intel, por exemplo, contém 7,5 milhões de transistores comprimidos em um espaço de apenas 1,5 cm2.
No mundo palpável, um chip se­ria equivalente a uma lasanha de um metro de altura espremida dentro de um chiclete.

Camadas
O milagre da compressão é conseguido com a produção em camadas, depositadas sobre uma base normalmente de silício.
O processo é semelhante ao da impressão de imagens em cores sobre papel. A partir dos filmes, são depositadas as camadas de tinta amarela, vermelha, azul e preta.
No chip, são alternadas camadas de filmes e de padrões, que vão criar circuitos da dimensão de 1 milionésimo a 1 bilionésimo de metro. Um fio de cabelo é cem vezes maior que essas dimensões.
A pilha de camadas forma as bolachas, com vários chips, que de­pois são destacados e encapsulados (blindados).
Para depositar os filmes são necessários gases, e, para definir os padrões, gases e produtos químicos. Nesta etapa é que se inicia o risco.
O filme de silício é depositado com o gás silana, altamente explosivo e tóxico. O silana entra por um tubo de um forno aquecido a uns 600 graus e a uma pressão cerca de mil vezes menor que a da atmosfera.
Entre os gases utilizados na produção dos chips estão o hidrogênio, também explosivo, e os tóxicos e letais arsina e fosfina.
Na definição do padrão, até o final dos anos 80 foram muito utilizados os CFCs, gases que destroem a camada de ozônio em torno planeta.
Também para transferir padrões são utilizados produtos químicos corrosivos, como o ácido clorídrico e a amônia, estão em concentração muito superior à que é encontrada na água sanitária.

Prevenção
Para evitar a ação poluente desses produtos, a indústria adota, a lavagem de gases, colunas de água para “lavar” os gases explosivos, for­nos para queimar os gases tóxicos, e vários tipos de tratamento para os líquidos, incluindo a diluição em água.

O grande problema é os solventes, como acetona e vários alcoóis, cujos restos têm de ser estocados.

Novas fábricas de chips oferecem mais segurança
As novas fábricas de semicondutores, como a instalação de US$ 750 milhões que a LSI Logic construiu em Gresham, Oregon, fazem muito para reduzir os perigos da produção de chips.
Produtos químicos tóxicos viajam pela fábrica em tubos de aço inoxidável. Os tubos, por sua vez, ficam encapsulados dentro de outros tubos.
Dessa maneira, não há vazamentos. Nas fábricas mais antigas, os produtos químicos às vezes são guardados em vasilhames e transporta­dos manualmente.
Máquinas de US$ 1 milhão têm braços robotizados para aplicar os produtos químicos sobre placas de silício, das quais os chips são cortados.
Trabalhadores protegidos por painéis de vidro monitoram as máquinas. Se tudo estiver funcionando bem, os trabalhadores jamais entram em contato direto com os produtos químicos.

Transporte robotizado
Quando as placas de silício terminam de ser processadas em uma máquina, são carregadas por um robô para um contêiner fecha­do. e enviadas por uma correia transportadora pendente do teto para a próxima máquina.
Os vapores de exaustão das máquinas são conduzidos diretamente ao sistema central de exaustão, de modo que não escapem fumos para a área de trabalho;
Os vapores exauridos são trata­dos por um equipamento de controle de poluição antes de serem expelidos. Os drenos de gases apanham os ácidos exauridos e os misturam com águas. Os fumos químicos dissolvem-se na água, que é tratada na fábrica antes de ser liberada nos esgotos.
Outros equipamentos, chamados de oxidantes térmicos, reduzem as emissões de compostos orgânicos voláteis em até 90%, de acordo com as estimativas.

Ar monitorado
O ar dentro da fábrica é monitorado, a fim de fornecer detecção antecipada de qualquer vazamento de gás. Há entrada de ar limpo direto para o local de trabalho.
O ar dentro da fábrica da LSI é pelo menos 30% fresco a qualquer mo­mento do processo de trabalho, diz Dan Peloso, diretor da fábrica.
Os ácidos tóxicos, gases e sol­ventes da fábrica da LSI são armazenados em salas separadas para que não se misturem acidentalmente e não criem uma reação química que poderia resultar em fumos, incêndios ou explosões.
Sensores na sala de armazenagem de gases testam o ar a cada 45 segundos, à procura de vazamentos. Os sensores estão conectados a uma sala central de emergências, que tem um plantão de 24 horas por dia em operação.
Alguns dos gases mais tóxicos, como o arsina, ficam em cilindros menores que só liberam o gás quando conectados a sistemas de vácuo. Isso reduz o risco de uma grande liberação de gases.
Alguns produtos químicos usados em maior quantidade ficam armazenados do lado de fora.
O hidróxido de sódio, usado pa­ra neutralizar a água ácida gerada pela fábrica, fica armazenado em um tanque de 500 galões. O tanque fica dentro de um recipiente maior, de modo que quaisquer vazamentos sejam contidos.

Controles aperfeiçoados
As novas fábricas poluem menos do que as antigas devido a equipa­mentos aperfeiçoados de prevenção da poluição, processos de produção mais ecológicos e, às vezes, regulamentos mais severos.
No Arizona, as unidades construídas antes de 1988 não precisam ter tanto equipamento de controle de poluição quanto às novas.
A fábrica da Intel em Aloha, Oregon, que começou a produzir em 1974, é uma das unidades mais antigas da companhia. Em 1995, a fábrica emitiu 10 toneladas de poluentes tóxicos, de acordo com dados da Agência de Proteção Ambiental.
A fábrica mais nova da empresa, em Rio Rancho, teve emissões de 7,2 toneladas e é duas vezes maior que a de Aloha.
A fábrica da LSI vai separar seus detritos em 13 linhas, para que possam ser mais facilmente recicláveis. Espera reciclar 30% de sua água, 60% de seus solventes de limpeza e 40% de seus ácidos.

Economia na segurança
As companhias de chips não são motivadas puramente por preocupações de saúde e ambientais na construção de fábricas mais seguras é ecologicamente mais eficientes. Isso faz sentido em termos de negócios, igualmente.
A Texas Instruments estima que pode economizar US$ 40 milhões por ano reciclando solventes usa­dos para limpar chips. Está conduzindo projetos piloto em três fábricas.
Acidentes ou derramamentos de produtos químicos, que causam evacuações, podem custar a uma fábrica de porte médio até US$ 500 mil em receita por dia de paralisação.

Aplicação das leis varia muito
O projeto e a construção de uma fábrica podem fazer muito para reduzir os problemas.
No Vale do Silício -região da Califórnia em que se concentram empresas de informática, as fábricas em geral precisam cumprir os mais severos códigos de construção contra incêndios durante o projeto e a instalação. Isso torna as fábricas -que cus­tam mais de US$ 1 bilhão- ainda mais caras, mas mais seguras.
As fábricas do Vale do Silício são obrigadas a transportar os gases tóxicos e corrosivos em dutos duplos. Se um duto quebra, o produto químico pode ser contido antes que atinja os funcionários ou escape para o meio ambiente. Mas duplo encanamento não é exigido fora da região.
Grandes companhias, como a LSI Logic, dizem instalá‑los de qualquer forma, mas nem todas as companhias o fazem e isso preocupa William Bianco, executivo da Kinetic Systems, um fornecedor de sistemas mecânicos à indústria do chip.
Bianco diz que algumas fábricas são tão perigosas que sua companhia se recusa a trabalhar nelas. Ele diz que encanamentos duplos para gases “devem ser implementados em toda parte, não importa o custo”, que em geral é três vezes superior ao do sistema simples.
A aplicação dos códigos existentes varia, igualmente. “Na Califórnia, a indústria é bem regulamentada. Mas pode-se ir a outros lugares onde não há regulamento nenhum", diz Gale Bate, da consultoria Code Resource.

Ação judicial
Ação tenta vincular produção ao câncer
■ Keith Barrack, 33, trabalhou na fábrica da IBM em East Fishill, Nova York, de 1986 a 1989. Tinha 30 anos quando recebeu um diagnóstico de câncer nos testículos -câncer que ele acredita tenha si­do causado pela exposição, no trabalho, aos produtos químicos que causam câncer em ratos. Duas pessoas que trabalhavam perto dele também tiveram câncer. Uma delas morreu.
■ Zachary Ruffing, 12, nasceu com deformidades no esqueleto. Sua mãe e pai trabalhavam na mesma fábrica da IBM nos anos 80. Durante a gravidez, sua mãe foi impedida de trabalhar com produtos químicos suspeitos de causar defeitos congênitos e abortos. “Mas eu estava respirando aquilo tudo", diz Faye Carlton, 35.
■ Barrack e Ruffing são dois dos 128 ex-trabalhadores da IBM e seus familiares que abriram processos alegando que produtos químicos fizeram com que contraís­sem câncer ou causaram defeitos congênitos em suas crianças.
O processo é a maior tentativa até hoje de vincular a produção de chips ao câncer. Está na fase de investigação.
Apresentado em 1996, o processo visa às empresas que fabricam os produtos químicos supostamente responsáveis pelos problemas, entre as quais Union Carbide e Eastman Kodak. As leis de compensação trabalhista impedem que os trabalhadores processem a IBM diretamente. Mas algumas crianças nascidas com defeitos processaram a IBM. E a Union Carbide também.

Defesa
A empresa alega que não há evidencias científicas válidas para sustentar as alegações de que seus produtos são perigosos, se usa­dos apropriadamente.
"Se os produtos químicos causam problemas, isso se deve a uso impróprio por parte da IBM ou de seus empregados", diz Robert Berzok, da Union Carbide.
A IBM diz que seus controles contra exposição a produtos químicos excedem as normas governamentais. “Não acreditamos que as doenças das pessoas envolvidas nesse processo tenham qualquer coisa a ver com seus trabalhos", disse o porta-voz Tom Beermann. A Kodak recusou-se a comentar.
Embora os potenciais riscos de saúde do setor sejam motivo de disputa, sua capacidade de prejudicar o meio ambiente está bem documentada.
Em Phoenix, a Motorola e outras companhias de eletrônica e do setor aeroespacial criaram dois depósitos do Superfund que abarcam os suprimentos de água sob a cidade de Phoenix e a vizinha Scottsdale. A Motorola gastou mais de US$ 74 milhões tentando impedir que a contaminação, que coloca em risco o suprimento de água- se espalhe.

Água contaminada
Cinco processos foram abertos contra a Motorola e outras entidades responsáveis. O primeiro deles vai a julgamento em março.
Dezenas de queixosos alegam ter contraído câncer por beber água contaminada, ou por exposição ao TCE (tricloroetileno) na atmosfera e no solo.
Centenas de outros queixosos dizem ter sofrido desordens neurológicas ou respiratórias ou que suas propriedades perderam valor devido à contaminação.
A Motorola contesta todas as acusações. Afirma que ninguém bebeu TCE suficiente para ser prejudicado. "Não acreditamos que alguém tenha sido exposto a algo perigoso", diz o porta-voz da em­presa, Lawrence Hurst.

Multas
O setor é o oitavo maior emissor de poluentes tóxicos em esgotos públicos, demonstram dados da Agência de Proteção Ambiental.
Quando liberada no meio ambiente, a água das fábricas precisa estar limpa o suficiente para atender aos padrões de segurança.
Mas, em 1994, uma fábrica da Matsushita Semiconductor em Puyallup, Washington, foi multa­da em US$ 37,5 mil por ter descarregado quantidade excessiva de poluentes no rio Puyallup pondo em risco os peixes, segundo os registros estaduais.
A Matsushita alega ter tido problemas com seu equipamento de tratamento de água.
EUA devem examinar 100 mil operários da indústria eletrônica em pesquisa sobre câncer planejada pela Agência de Proteção Ambiental.

Fonte: Folha de São Paulo e USA Today

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sábado, outubro 24, 2009

Chuva aumenta em cinco vezes volume de águas das Cataratas do Iguaçu

Foto:Vazão das Cataratas do Iguaçu, no Paraná, chegou a 7,1 milhões de litros por segundo em 24 de setembro. Esse montante representa quase seis vezes a vazão normal de água

Em razão das chuvas que atingiram todo estado no mês de setembro de 2009, a vazão das Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, região oeste do Paraná, estava quase cinco vezes maior que em dias normais. Foram registrados sete mil metros cúbicos de água por segundo, quando o normal é 1,5 mil.
Apesar do grande volume de água, os visitantes puderam aproveitar todo o passeio, pois as passarelas não foram interditadas. A água chegou a um metro do mirante da Garganta do Diabo. Quem se aventurou a cruzar a passarela saiu molhado pela nuvem de água formada pela força das quedas.

Foto: Estiagem prolongada no interior do Paraná afeta o visual das Cataratas do Iguaçu em abril de 2009

A visão é bem diferente da registrada em abril. A estiagem prolongada no interior do Paraná havia reduzido o volume para 310 metros cúbicos por segundo.

As quedas fazem parte do Parque Nacional do Iguaçu, tombado em 1986 pela Unesco como Patrimônio natural da Humanidade. Formadas há aproximadamente 150 milhões de anos, as cataratas são compostas por aproximadamente 275 quedas, com altura de 70 metros.

Fonte: Globo Online - 24 de setembro de 2009

Comentário:
A área das Cataratas do Iguaçu (em espanhol, Cataratas del Iguazú) são um conjunto majestoso de cerca de 275 quedas de água no Rio Iguaçu (na Bacia hidrográfica do rio Paraná), localizam entre o Parque Nacional do Iguaçu, Paraná, no Brasil, e no Parque Nacional Iguazú, Misiones, na Argentina. A área total de ambos parques nacionais, correspondem a 250 mil hectares de floresta subtropical e declarada como Patrimônio Natural da Humanidade.

O Parque Nacional argentino foi criado em 1934; e o Parque Nacional brasileiro, em 1939, com o propósito de administrar e proteger o manancial de água que representa essa catarata e o conjunto do meio ambiente ao seu redor. Os parques tanto brasileiro como argentino passaram a ser considerados Patrimônio da Humanidade em 1984 e 1986, respectivamente. Historicamente, o primeiro europeu a achar as Cataratas do Iguaçu foi o espanhol, Álvar Núñez Cabeza de Vaca, no ano de 1542.

Garganta do Diabo
A área das Cataratas têm cerca de 275 quedas de água, com uma altura superior a 70 metros ao longo de 2,7 km do Rio Iguaçu. A Garganta do Diabo principia em forma de "U" invertido com 150 metros de largura e 80 metros de altura. Veja o termo "Desfiladeiro". A Garganta do Diabo é o maior, o mais majestoso e impressionante de todos eles. Este é devido pela linha fronteira entre o Brasil e a Argentina. A maioria das quedas de água (também chamados de saltos) ficam em território argentino, mas de ambos lados obtêm-se belos panoramas.
O termo Iguaçu na língua guarani, deriva de y ("água", "rio") e guasu ou guaçu ("grande"), significa literalmente "água grande", ou seja, rio de "grandes águas".

Sites interessantes das Cataratas:
http://www.cataratasdoiguacu.com.br
http://www.cataratasdoiguacu.com.br/empresa.asp
http://www.votenascataratas.com/home_pt.html

Vídeo:
Vídeo muito bonito produzido pela BBC, com filmagem em ângulos totalmente diferentes

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quinta-feira, outubro 22, 2009

Demanda por eletricidade se excede em era conectada

Com dois filhos usuários de laptops e um cachorro terrier contido por uma cerca elétrica, Peter Troast já sabia que sua família usava muita energia elétrica. Mas, na verdade, só percebeu o quanto em uma noite em que eles desligaram as luzes de sua casa no Maine (EUA) e começaram a caçar equipamentos que brilhavam no escuro. "Foi incrível ver todas aquelas luzes cintilando", disse Troast.

Assim como a casa dele, todo o planeta brilha. O uso de eletricidade em equipamentos famintos por energia está aumentando rapidamente em todo o mundo. Televisores de tela plana passaram a consumir mais eletricidade que alguns refrigeradores.

Proliferação de aparelhos eletrônicos
A proliferação de computadores pessoais, iPods, celulares, consoles de jogo etc. representa a fonte de uso energético de crescimento mais rápido no mundo. Os produtos eletrônicos hoje respondem por 15% da demanda energética de uma família, e isso deverá triplicar nas próximas duas décadas, segundo a Agência Internacional de Energia.

Necessidade de mais usinas
Para satisfazer a demanda desses equipamentos, os EUA deverão construir o equivalente a 560 usinas de carvão ou 230 nucleares, segundo a agência.
A maioria dos especialistas em energia só vê uma solução: regras de eficiência obrigatórias, especificando quanta energia os equipamentos podem usar. Os eletrodomésticos como geladeiras são cobertos por essas regras nos EUA. Mas iniciativas para incluir produtos eletrônicos como televisores e consoles de jogos foram combatidas pelos fabricantes, preocupados com o aumento dos preços.

Tudo está ligado o tempo todo
Parte do problema é que muitos equipamentos modernos não podem ser totalmente desligados; mesmo quando não estão sendo usados, eles gastam eletricidade enquanto esperam o sinal do controle de remoto ou aguardam para gravar um programa de TV.
"Entramos nessa nova era em que essencialmente tudo está ligado o tempo todo", disse Alan Meier, cientista sênior do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, na Califórnia, e especialista em eficiência energética.
É claro que as pessoas podem reduzir esse desperdício -mas para tanto é necessário ter uma mentalidade decidida.

Reduzir o consumo
Troast, que vende equipamentos de consumo eficiente, não desanimou diante da ideia de verificar atrás de seus armários para encontrar cada tomada de equipamento que brilhava no escuro, como caixas de TV a cabo, roteadores de internet e computadores.
Os Troast reduziram seu consumo mensal de eletricidade em cerca de 16%, em parte ligando seus computadores e equipamentos de entretenimento em extensões inteligentes. As extensões se desligam quando os artefatos não estão em uso.

Aparelhos consomem mais energia
Embora a experiência de Troast demonstre que os consumidores podem limitar a energia desperdiçada pelos equipamentos inativos, outro problema não é tão fácil de resolver: hoje, muitos produtos exigem grandes quantidades de energia para funcionar.
O maior agressor é o televisor de tela plana. Enquanto as telas de cristal líquido e plasma substituem os tubos de raios catódicos, e com o aumento do tamanho das telas, os novos televisores consomem mais energia que os modelos antigos.

Consumo excessivo de energia, games
Outro ralo de energia é o console de videogame. Noah Horowitz, do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais, calculou que os consoles de jogos como Xbox 360, da Microsoft, PlayStation 3, da Sony, e Wii, da Nintendo, hoje usam mais ou menos a mesma quantidade de eletricidade por ano que San Diego, a nona maior cidade dos EUA.

Padrões de eficiência
Padrões de eficiência obrigatórios para equipamentos eletrônicos obrigariam os fabricantes a reprojetar seus produtos ou acrescentar componentes para controlar melhor o consumo de energia. Muitos fabricantes lutam contra essas obrigações porque aumentariam os custos, e eles também alegam que conteriam as inovações.
"As obrigatoriedades ignoram a natureza fundamental da indústria, que inova devido à demanda do consumidor e aos desenvolvimentos tecnológicos, e não aos regulamentos", disse Douglas Johnson, diretor de política tecnológica na Associação de Produtos Eletrônicos de Consumo.
Há estimativas variáveis sobre quanto custaria para os consumidores um programa de eficiência obrigatória. Para algumas mudanças, como garantir que os equipamentos utilizem energia mínima no modo de espera, os especialistas dizem que o custo poderá ser de apenas alguns centavos a mais. No outro extremo, o mais eficaz dos televisores hoje pode custar US$ 100 a mais que o de consumo menos eficiente.
(Essa despesa seria em parte compensada ao longo do tempo, é claro, pela menor necessidade de energia.) Mesmo hoje, quando o governo e o congresso americano se concentram em problemas energéticos, nenhuma legislação está sendo discutida para enfrentar a questão. Especialistas como Dan W. Reicher, que dirige as iniciativas energéticas da Google, afirmam que os EUA devem fazer melhor, dando um exemplo para o resto do mundo.
"Se não conseguirmos melhorar a eficiência de equipamentos simples e lhes dar maior utilidade, é difícil acreditar que teremos sucesso com coisas difíceis como limpar as usinas de energia movidas a carvão", disse Reicher.
Fonte: Folha de São Paulo - 05 de outubro de 2009

Comentário:
Hoje predomina a eletrônica descartável na sociedade de consumo. Compramos hoje um aparelho eletrônico, instalamos na residência já está quase obsoleto.
Agora houve o lançamento mundial do Windows 7, segundo os especialistas é mais rápido do que o Vista, muito provável os computadores terão mais memórias, maior consumo de energia e grande parte dos consumidores continuarão a fazer a mesma tarefas, com os computadores mais potentes e consumindo mais energia.
Com as máquinas fotográficas digitais seguem o mesmo caminho, compramos, usamos, já está obsoleto. Esquecemos na hora de comprar verificar o gasto de pilhas descartáveis ou recarregáveis. Dependendo do modelo o gasto de pilha é absurdo. Com o celular é a mesma coisa, com bateria recarregável.
O consumo eletrônico chegou até nos veículos, antigamente a bateria padrão era de 35 ampéres e hoje não existe mais, pois o os veículos de passeio exigem no mínimo de 60 ampéres. E qualquer variação da voltagem fora da especificação da eletrônica embarcada, o carro não funciona.
Se prestarmos atenção principalmente à noite no escuro em nossa residência veremos diversos pontinhos vermelhos brilhando, parecem estrelas fixas, são os chamados módulos inteligentes, não sei o porquê, pois gastam tanto energia que não percebemos. O termo técnico dessas luzinhas é standby
A maioria desconhece o consumo do standby.
■ Hoje discute-se muito consumo de energia, mas a energia depende da água e a água está sendo um bem escasso e é um produto estratégico.
■ Será que dispomos de suficiente oferta de energia para usufruirmos dessas maravilhas descartáveis ?
■ O standby é aquele que parece econômico, mas não é.
■ Grande parte dos equipamentos que dispomos hoje em dia podem causar maior impacto no consumo de energia não quando eles estão em uso, mas sim quando estão supostamente desligados.
■ Quanto de energia elétrica é consumido quando os mais diversos aparelhos encontram-se supostamente desligados, leia-se em standby?

Estar supostamente desligado ou em standby não significa estar desligado. Formalmente, tal problema é chamado de desperdício de energia do standby. Perceba que ele é crescente. Hoje em dia, qualquer dispositivo com mostrador digital, teclado por toque ou controle remoto precisa consumir alguma quantidade de energia quando estão em standby. Essa lista inclui desde equipamentos de áudio e vídeo até máquina de lavar pratos e portão eletrônico. Agora, quanto de energia o standby requer?

Alguns aparelhos de televisão, por exemplo, consomem em média 90 w (Watts) quando se encontram ligados. Todavia, considerando este mesmo aparelho no modo standby, seu consumo em média é de 20 w. Há aparelhos de TV com menor consumo no modo standby, algo próximo de 1 w. Outro caso interessante é o microondas que durante quase um terço do ano consome mais energia no modo standby (mantendo seu relógio e teclado por toque ativo) do que cozinhando ou esquentando alimentos. As caixas da TV a cabo é outro grande vilão. Podem ser vistas como verdadeiro sorvedouro de energia, podendo consumir de 5 a 25 w.
Atualmente, os PCs disponíveis no mercado consomem energia mesmo em modo de espera ou desligado, desde que estejam conectados à tomada. A energia é gasta por exemplo, com o transformador, a memória RAM - quando o computador está "hibernando" - e até com a luz indicativa de stand by. O consumo em repouso varia entre 1 e 4 Watts na maioria dos PCs
Muito dessa energia é consumida pelas fontes de potência que convertem energia na forma de corrente alternada (AC) para corrente contínua (DC).

Atualmente, aproximadamente de 5 a 10% do uso de energia elétrica nas residências nos Estados Unidos (EUA) – algo próximo a 65 w por residência – é para o modo standby. Esta quantidade de consumo de energia está crescendo, muito devido ao uso de aparelhos com algum tipo de conexão com a Internet, os quais utilizam o modo standby. Outros países desenvolvidos estão em situação similar. Por exemplo, no Japão, aproximadamente 10% do consumo residencial de energia vai para aparelhos que operam no modo standby. Assim, a menos que se faça uma gestão e uso adequado da energia seja feito, o resultado será residências (quase) completamente conectadas com elevado consumo de energia no modo standby. Estimativas indicam que caixas de TV a cabo mal projetadas, decodificadores de TV para recepção via satélite bem como uma variedade de aparelhos operando no modo standby poderiam dobrar o consumo atual das residências para mais de 120 w por residência, segundo Berkeley National Laboratory dos EUA. Fonte: Antonio Mendes d Silva Filho, Professor do Departamento de Informática da Universidade Estadual de Maringá

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segunda-feira, outubro 19, 2009

Milagre: o trem atinge bebê e sobrevive

Imagens chocantes da câmera da estação ferroviária revelam o momento traumático quando uma mãe temia o pior.

O carrinho com seu bebê de apenas seis meses de idade, movimentou-se fora de seu alcance na plataforma da estação ferroviária de Ashburton e caiu no leito da ferrovia e foi atingido pelo trem que passava no local.

A filmagem do terrível incidente de quinta-feira, 15 de outubro, foi liberada mais cedo.

O vídeo mostra o trem que se aproxima, a mãe deixa por alguns segundos o carrinho, para arrumar sua roupa e o carrinho começa a se locomover antes de segurar novamente.

O carrinho é um triciclo se locomove pela plataforma em direção ao leito da ferrovia, ela tenta desesperadamente alcançar o carrinho, mas desequilibra. Quase alcança o carrinho na borda da plataforma, mas alguns segundos depois um trem de 250 toneladas que se aproxima da plataforma, o maquinista percebeu a iminente queda do carrinho, tinha freado antes, reduzindo a velocidade do trem para 35 km/h, mas atingiu violentamente o carrinho. A mãe quase alcançou o carrinho, mas faltou alguns centímetros, mas também quase foi atingido pelo trem, parou instantaneamente.

O carrinho com o bebê foi arrastado pelo trem por 30 m e destruído. A mulher aflita estava emudecida por alguns segundos , então correu para o leito da ferrovia à frente do trem

Milagrosamente o bebê saiu ileso, ficou preso pelo cinto de segurança do assento do carrinho. O assento do carrinho (chamado bebê conforto) é independente da estrutura do carrinho.
Ao cair entre os trilhos, o carrinho virou de cabeça para baixo. O trem passou por cima do carrinho, que foi arrastado por 30 metros. No vão, embaixo do trem, o bebê ficou o tempo todo preso ao cinto e assento, protegido pela estrutura do carrinho, que foi se despedaçando. Foi o uso cinto que teria impedido o bebê de se desprender e ser atingido pelos trilhos, pelos dormentes ou pelas partes do vagão.

O bebê teve apenas uma pancada na cabeça e foi levado ao hospital e mais tarde recebeu alta.
Os paramédicos disseram que o bebê precisava de alimentação e um cochilo após o incidente.

A operadora de trem de Melbourne, Connex, elogiou a conduta do maquinista, pois quando ele percebeu a iminente queda do carrinho, acionou momento antes o freio de segurança do trem e conseguiu reduzir a velocidade do trem.

A policia informou que não houve investigação policial, pois a mãe da criança não fez alguma coisa errada.

A operadora de trem de Melbourne, Connex, um dia antes, na quarta-feira, 14 de outubro, tinha colocado novos avisos nas plataformas de embarque, alertando os passageiros sobre carrinhos der bebês nas plataformas.

Os avisos eram simples, como;
■ Permanecer afastado da borda das plataformas na aproximação dos trens
■ Aplicar freios nos carrinhos de bebês
■ Manter controle de todos os objetos com rodas
■ Prestar atenção durante o embarque e vizinhança

Vídeo:
No vídeo é possível perceber que, além de ter se distraído, a mãe se esqueceu de fazer algo recomendado pelos fabricantes de carrinhos em lugares perigosos ou inclinados, ela não acionou o freio, que mantém as rodas travadas nessas situações. Perto da estação, policiais retiraram os pedaços do carrinho debaixo do trem.



Fonte: Herald Sun October 17, 2009 e G1 16 de outubro de 2009

Comentário:
Toda tecnologia transporta seus riscos e principalmente os cuidados que devem ser adotados para sua utilização com segurança. No caso desse carrinho de bebê, é um carrinho triciclo, com três rodas, com pneus com câmeras. É um carrinho de fácil movimentação se os pais não tomarem cuidados em pisos inclinados ou gramados, durante a parada, imobilizando-o com freios, o acidente poderá ser grave.
Houve na Austrália uma série de acidentes com esse tipo de carrinho;
■ duas mortes de bebês por afogamento, os pais estavam na margem do rio, quando os carrinhos se locomoveram e caíram no Rio Torrens, em Adelaide
■ cinco casos de carrinhos que se locomoveram e caíram de plataformas de trem em Nova Gales do Sul ( NSW, New South Wales)
A partir desses incidentes foi emitido em 01 de julho de 2008, norma de segurança com recomendações obrigatórias para carrinhos com rodas.
A norma de segurança exige que;
■ alavanca de freio deve ser vermelha para que seja mais visível para os usuários,
■ e a alça de segurança para proteger os pais contra esquecimento de aplicar os freios.

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sábado, outubro 17, 2009

Auréola misteriosa no céu de Moscou


Uma auréola de brilho intenso surgiu nas nuvens sobre Moscou, parecendo com o filme Indepedence Day, o ataque dos alienígenas.

Esse anel surpreendente foi observado sobre a cidade e filmado por pessoas. A visão nas nuvens lembra a cena do filme Indepedence Day de 1996, um grande sucesso de Hollywood.

Esse anel foi descrito como um "mistério" por diversos especialistas em UFO. Nick Pope, um analista de UFO analisou as imagens notáveis e disse: “Nunca vi nada assim. É um verdadeiro mistério. Seja o que for, é uma das coisas mais bonitas e espetaculares que eu já vi”.

Algumas pessoas dizem que é um efeito fantástico meteorológico. As teorias vão desde que seja uma nave-mãe alienígena, teste de tecnologia russa de mudança climática, uma arma de guerra do tempo ou até mesmo um sinal do fim do mundo.

A luz fantástica foi observada na quarta-feira, 7 de outubro de 2009. Mas os meteorologistas rejeitaram as teorias do sobrenatural, chamando-o de um efeito óptico.

Grupos de ambientalistas culpam a poluição industrial pelo misterioso anel de nuvens, mas especialistas meteorológicos rejeitam essa possibilidade.

A agência de serviço de tempo de Moscou disse que várias frentes meteorológicas passaram por Moscou com o sol brilhando no sentido oeste provocando esse efeito. Um porta-voz da agência, disse: "Isto é apenas um efeito óptico, embora parecesse impressionante. "Se olhar mais de perto, pode ver os raios de sol que passa por essa nuvem. Provavelmente, o sol estava se pondo, quando o vídeo estava sendo feito."

Fonte: The Sun - 11 Oct 2009

Comentário:
A imaginação humana não tem limite e a cena é fantástica e semelhante ao filme “Independence Day”, uma nuvem luminosa em formato circular é vista sobre Moscou. O estranho fenômeno deixou as pessoas como no filme intrigada com a auréola, um sinal de ataque alienígena ou até mesmo um aviso do planeta Terra? Mas os especialistas afirmaram que é apenas um fenômeno natural.

Vídeo:

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quinta-feira, outubro 15, 2009

Manuseio de Cilindros de Gases

■ Nunca fume nas proximidades das instalações!
■ Não provoque faíscas ou fogo perto dos cilindros de gases!
■ Use luvas protetoras, calçados de segurança com biqueiras de aço e óculos de segurança.
■ Mantenha o capacete protetor da válvula atarraxado quando não estiver em operação.
■ Não movimente um cilindro sem seu capacete
■ Utilize carrinhos com correntes que permitam prender os cilindros durante o transporte
■ Nunca manuseie os cilindros com as mãos sujas de graxa ou óleo.
■ Nunca exponha os cilindros a altas temperaturas
■ Ao armazenar os cilindros em baias separadas, separando os cilindros cheios dos cilindros vazios, sempre com capacete de acordo com o tipo de gás utilizado em ambientes cobertos, ventilados, secos e longe de qualquer fonte geradora de energia que possam gerar faíscas, manter as baias fechadas com correntes para evitar a queda dos cilindros
■ Nunca utilizar toda a carga do cilindro deixar sempre de duas a três libras, para que não haja a contaminação interna do cilindro.
■ Ao término da utilização de seu cilindro de gás, feche as válvulas do mesmo e descarregue por completo a sobra que possivelmente esteja nas mangueiras.
■ Observar sempre o teste hidrostático dos cilindros (validade do cilindro, dia/mês/ano) que, deverão seguir e obedecer as normas vigentes de acordo com o gás e o tipo de cilindro em questão.
■ Não içar ou transportar pelo capacete em nenhuma hipótese os cilindros de gases, sempre usar um carrinho adequado para o transporte do mesmo.
■ Não descaracterizar os padrões de pintura dos cilindros que seguem as normas brasileiras de identificação de gases industriais ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
■ Ter sempre em mãos a FISPQ (Ficha de Informações de Segurança do Produto Químico) ou (MSDS, Material Safety Data Sheet) dos gases sendo utilizados.
■ Em caso de dúvidas, entrar em contato com seu fornecedor de Gás, ele tem total condições de sanar todas suas dúvidas.

Armazenamento dos Cilindros

1. Cobertura
2. Separação do ambiente externo
3. Parede “Corta-Fogo”
4. Extintor de incêndio
5. Correntes de Fixação
6. Identificação dos gases e seus riscos
7. Iluminação à prova de explosão, para gases combustíveis


■ Acondicione os cilindros por tipo de gás;
■ Mantenha-os com seus capacetes, em posição vertical e amarrados com correntes;
■ Separe os cilindros contendo combustíveis (ex.: hidrogênio, acetileno) dos cilindros contendo oxidantes (ex.: oxigênio) à distância mínima de oito metros;
■ Mantenha os cilindros cheios separados dos vazios;
■ Não remova os sinais de identificação dos cilindros (rótulos, adesivos, etiquetas, marcas de fabricação e testes).
■ Não fume na área de armazenamento de cilindros;
■ Não permita o manuseio dos cilindros por pessoal sem prática;
■ Em áreas externas, mantenha os cilindros sem local arejado, coberto e seco, longe de fontes de calor e ignição;
■ Mantenha equipamentos de segurança próximos da área de estocagem


(1) Armazenamento de um único Cilindro
■ Fixar o Cilindro com corrente.
■ Usar sempre capacete de segurança.
■ Em todas as situações, sempre a Política de Não Fumar.

(1A) Sistema de Contato de Três Pontos
Todos cilindros estão em contato em três pontos - ou com outros cilindros ou com a parede.

(1B) Sistema de Contato de Três Pontos
Todos cilindros estão em contato com outros cilindros em três pontos.


Outro tipo de armazenagem de cilindros

Sugestão básica do que se fazer numa emergência com Gases

Vazamento da válvula
■ Verificar se o vazamento é na Gaxeta. Caso positivo, realizar o aperto com a chave de boca adequada;
■ Caso não for possível identificar o vazamento, ligar para o seu fornecedor e registrar a reclamação;
■ Identificar o cilindro com defeito;
■ Segregar para devolução.

Vazamento em cilindros de gases inflamáveis
■ Removê-lo para uma área aberta e ventar;
■ Deixá-lo longe de qualquer fonte de ignição;
■ Ligar para seu fornecedor e registrar a reclamação;
■ Identificar o cilindro com defeito

Estourar a válvula de segurança.
■ Ligar para o seu fornecedor e registrar a reclamação;
■ Identificar o cilindro com defeito;
■ Segregar para devolução.

Tombamento de cilindro
■ Não tente segurá-lo! O cilindro é muito pesado e causará lesões;
■ Se não ocorreu nenhum problema, levante com cuidado a partir do topo;
■ Ocorrendo vazamento, quebra da válvula ou outro problema, isole a área.

Incêndio
■ Isolar a área;
■ Chamar o bombeiro de plantão na sua empresa.
■ Ligar para o seu Fornecedor.

O que diz a norma
É proibido
a) a utilização de equipamentos em que se constate vazamento de gás;
b) submeter equipamentos a pressões superiores àquelas para as quais foram projetados;
c) a utilização de cilindros que não tenham a identificação do gás e a válvula de segurança;
d) a movimentação dos cilindros sem a utilização dos equipamentos de proteção individual adequados;
e) a submissão dos cilindros a temperaturas extremas;
f) a utilização do oxigênio e do ar comprimido para fins diversos aos que se destinam;
g) o contato de óleos, graxas, hidrocarbonetos ou materiais orgânicos similares com gases oxidantes;
h) a utilização de cilindros de oxigênio sem a válvula de retenção ou o dispositivo apropriado para impedir o fluxo
reverso;
i) a transferência de gases de um cilindro para outro, independentemente da capacidade dos cilindros;
j) o transporte de cilindros soltos, em posição horizontal e sem capacetes.

Fontes: DBC Oxigênio e Universidade Federal de Santa Catarina

Histórico de acidentes
■ Explosão de um cilindro de CO2
A explosão de um cilindro carregado de gás carbônico por volta das 11h, 29 de março de 1990, na periferia do Município de Sertãozinho, São Paulo, causou a morte de uma pessoa que passava pelo local. O cilindro atravessou uma residência e chegou inteiro do outro lado do quarteirão. O acidente ocorreu quando um caminhão Mercedes Benz, da Transportadora Amádio, chegou a cidade para deixar um carregamento de 52 cilindros de gás carbônico.
■ Cilindro de nitrogênio explode no Rio
Um cilindro de nitrogênio explodiu na altura do número 20.000 da Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 1992. O acidente aconteceu no pátio de uma fábrica da empresa Aga, filial do grupo alemão do mesmo nome, fabricante de gases atmosféricos, e não deixou feridos.
Moradores do bairro de Coelho Neto, Zona Norte do Rio, ficaram sem luz. O cilindro estava ao ar livre e, segundo alguns moradores, depois da explosão, subiu como um foguete, caindo na rua e provocando danos na fiação elétrica.
A delegacia de polícia, de Honório Gurgel, registrou o acidente e solicitou perícia para avaliar a segurança do restante do material exposto, mas não houve interdição da fábrica. Os peritos recolheram estilhaços do cilindro destruído para análise. Uma guarnição do Corpo de Bombeiros do bairro do Irajá também foi acionada, mas não teve o que fazer. O cilindro não atingiu e nem feriu ninguém.

Vídeo:
Os gases comprimidos são armazenados em cilindros de paredes metálicas muito grossas, especialmente construídos e testados para este fim Eles apresentam riscos especiais. Todo cilindro de gás comprimido contém uma grande quantidade de energia. Quando esta energia é aliviada inadequadamente, ela pode provocar sérios acidentes. O vídeo mostra como uma queda de um cilindro pode se tornar uma arma perigosa, um torpedo que poderá causar danos materiais e pessoais graves.



Vídeo(1)
O programa Mythbuster prova que um cilindro sob pressão pode se tornar uma arma, um torpedo quando se rompe a válvula e atravessando paredes.

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terça-feira, outubro 13, 2009

Cigarros - Prevenção e avaliação de riscos

Comentário:
O artigo é um resumo das diretrizes do projeto europeu de proteção aos trabalhadores contra o tabagismo passivo. O projeto é coordenado pelo TUC (Trades Union Congress - Congresso Sindical), no Reino Unido, e conduzido por responsáveis sindicais de sete países europeus: incluindo a Bélgica, Dinamarca, Irlanda, Portugal, Suécia, Romênia e Reino Unido.
O principal objetivo do projeto é recolher, desenvolver e disseminar informações pela Europa, a fim de ajudar os trabalhadores a negociar as políticas de tabagismo no local de trabalho.
No Brasil, o Ministério da Saúde, focalizou apenas na propaganda do cigarro usando imagens para alertar os consumidores sobre os riscos à saúde do tabagismo, numa tentativa de reduzir o número de fumantes. Não temos uma política de prevenção para disseminar nas empresas ou ajudá-las na sua implantação. Segundo o Ministério da Saúde, o consumo de tabaco no país é responsável por 200 mil mortes por ano.

É possível que o seu país não disponha de leis que proíbem o tabagismo ou de uma política de tabagismo que proíbe o tabaco no local de trabalho. Neste caso, as leis relativas à avaliação de riscos poderão ajudar.
Todos os Estados-Membros na União Européia deverão dispor de leis transpostas da Instrução (89/391/CEE) e outras que exigem que as entidades patronais efetuem avaliações de riscos, de modo a eliminar, prevenir e controlar os riscos para os trabalhadores.

A má saúde e as mortes prematuras causadas pelo tabagismo passivo no trabalho apenas podem ser evitadas se os riscos forem identificados antes dos danos serem causados.

As avaliações de riscos, caso sejam efetuadas na forma correta, com as entidades patronais a consultarem plenamente os sindicatos e os trabalhadores, podem levar à eliminação ou prevenção dos riscos do tabagismo passivo. Estas avaliações apresentam uma verdadeira oportunidade para os sindicatos exercerem pressão sobre as entidades patronais para que estas ajam em conformidade com as suas responsabilidades de saúde e segurança.

Controlar a exposição ao tabagismo passivo (ou ETS - Environmental Tobacco Smoke)
A Instrução (89/391/CEE) exige que as entidades patronais resolvam os riscos segundo uma hierarquia. Os primeiros três elementos da hierarquia são:
■ evitar os riscos;
■ avaliar os riscos que não podem ser evitados;
■ combater os riscos pela raiz.

Prevenção de riscos
O primeiro passo é perguntar se os riscos podem ser evitados. As proibições de tabagismo asseguram que os riscos do tabagismo passivo (ETS) sejam evitados. Se o tabagismo não for proibido, os riscos têm de ser avaliados e terão de ser implementadas medidas de prevenção e proteção.

Medidas de prevenção e proteção
Para os trabalhadores de alguns países, a proibição do tabagismo através da legislação ou de uma política de local de trabalho (particularmente no setor do lazer) poderá não ser realista a curto prazo. Se o tabagismo não for proibido, terão de ser implementadas outras medidas de prevenção e proteção.
Estas incluem:
■ separação e isolação de áreas para fumantes;
■ utilização de ventilação, de modo a melhorar a qualidade do ar nas áreas onde o cigarro é permitido;
■ proibição do cigarro nas áreas dos bares;
■ áreas de não-fumantes que variam de acordo com a hora do dia; e
■ limitação da exposição dos empregados ao cigarro ambiental, através da monitorização e restrição do tempo que passam nas áreas para fumantes.

Qual é o nível de eficácia de algumas das medidas de prevenção e proteção?
Algumas ou todas as medidas de prevenção e proteção apresentadas nos itens acima mencionados, melhoram as condições dos trabalhadores expostos ao ETS. Contudo, os trabalhadores deverão estar cientes de que muitos organismos argumentam que estas medidas não protegem totalmente os não-fumantes dos seus riscos.

A Tobacco Free Initiative (Iniciativa por um Mundo Livre de Tabaco) da Organização Mundial de Saúde (2001) declara que,
"Embora a boa ventilação possa ajudar a reduzir a irritabilidade do fumo, não elimina os seus componentes tóxicos. Quando as áreas de fumo compartilham a ventilação com as áreas para não-fumantes, o fumo dispersa-se para todo o lado. As áreas de fumo apenas ajudam a proteger os não-fumantes quando estes se encontram totalmente fechados, possuem um sistema de ventilação separado que manda o ar diretamente para fora do edifício sem voltar a circular no interior do mesmo e quando os empregados não têm de atravessar as áreas de fumo".

Um Resumo do Relatório intitulado The Health Effects of Environmental Tobacco Smoke (ETS) in the Workplace ["Os Efeitos do Fumo do Tabaco Ambiental (ETS) no Local de Trabalho Sobre a Saúde", Dezembro de 2002] encomendado pela Health and Safety Authority (HSA - Autoridade de Saúde e Segurança) na Irlanda afirmou que:
"As pesquisas demonstram que a gama atual de tecnologias de ventilação, incluindo sistemas de ar-condicionado convencionais, não é capaz de controlar adequadamente a exposição dos trabalhadores ao ETS. Embora as novas tecnologias propostas, tais como a ventilação de deslocamento, tenham a capacidade de reduzir os níveis de ETS em 90%, isto significaria ainda níveis de exposição 1.500 a 2.500 vezes superiores ao nível de risco aceitável para poluentes atmosféricos nocivos. A utilização de ventilação para eliminar o ETS apresenta uma tarefa considerável, para não dizer impossível, para os engenheiros de ventilação. As proibições do tabagismo continuam a ser a única medida de controlo viável para assegurar que os trabalhadores e donos de bares, discotecas e restaurantes sejam protegidos da exposição aos produtos tóxicos derivados da combustão do tabaco".

O Relatório da HSA cita igualmente uma pesquisa da Nova Zelândia, "As instalações que operaram políticas de ar puro, através da restrição do tabagismo dos clientes a certas áreas, reduziram a exposição média do pessoal ao ETS. Contudo, esta exposição permaneceu muito superior (aproximadamente 60 vezes) em comparação com as instalações livres de fumo".

Lista de verificação de sindicatos da avaliação de riscos para o tabagismo passivo
Avaliar os riscos
■ Foi concluída uma avaliação de riscos para o tabagismo passivo?
■ Os representantes sindicais foram consultados?
■ Os trabalhadores com possibilidade de sofrerem danos foram identificados?
■ Os trabalhadores encontram-se expostos a que toxinas, durante quanto tempo e com que freqüência?
■ A entidade patronal tomou medidas para prevenir a exposição ao tabagismo passivo?
■ A entidade patronal considerou a prevenção de riscos através da proibição total do tabaco?
■ Caso o tabagismo não tenha sido proibido, os riscos foram avaliados, com decisões sobre a adequação de precauções existentes, e que mais deverá ser feito?
■ Os resultados foram registrados?
■ A avaliação foi revista, onde necessário?
■ A entidade patronal dispõe de procedimentos para responder a casos confirmados ou suspeitos de má saúde que possam estar relacionados com o tabagismo passivo?

Vigilância de saúde
■ Os trabalhadores encontram-se sob vigilância de saúde nos locais onde estão expostos ou sujeitos a exposição ao tabagismo passivo?
■ Informações, instruções e formação
■ Os trabalhadores encontram-se adequadamente informados e cientes acerca de:
a)Sintomas de má saúde causada pelo tabagismo passivo?
b)Procedimentos para comunicação dos sintomas?
c)Precauções introduzidas pela avaliação de riscos?

Áreas de preocupação
Calcula-se que cerca de 3 milhões de pessoas no Reino Unido se encontram expostas ao fumo do tabaco ambiental. Na U.E., este número aumenta para cerca de 30 milhões. Os empregados da indústria do lazer, que são mais afetados pelo fumo do local de trabalho, constituem cerca de 5% a 10% deste número.
Um relatório da University College de Londres avaliou os níveis de exposição dos trabalhadores não-fumantes dos bares de Londres ao tabagismo passivo. Afirma que os trabalhadores dos bares ingerem cerca de 10 vezes mais quantidades de fumo do tabaco ambiental do que um trabalhador não-fumante de outro setor. O sindicato irlandês que representa os empregados dos bares calcula que 150 morrem, anualmente, na Irlanda, devido a problemas de saúde causados pela exposição ao tabagismo passivo.
Um estudo mais aprofundado realizado na Noruega afirma que os empregados de mesa e de bares correm um risco significativamente maior de desenvolver o cancro do pulmão em comparação com os trabalhadores de outras profissões.
Os sindicatos que representam os trabalhadores destas indústrias querem a proteção dos seus membros, principalmente através da disponibilização de áreas onde é proibido fumar. Contudo, estão igualmente preocupados com os efeitos no seu emprego.
À medida que as restrições ao tabagismo no local de trabalho se vão tornando mais comuns, os sindicatos têm igualmente de ajudar os seus membros fumantes que poderão enfrentar penalidades devido ao tabagismo ou necessitar de locais onde possam fumar, da mesma forma que, no passado, os não-fumantes necessitavam de áreas onde o tabagismo é proibido. Isso faz igualmente parte da negociação de uma política de tabagismo no trabalho.

Pesquisa científica
O tabagismo passivo é cada vez mais reconhecido como um risco no local de trabalho e uma ameaça ao bem-estar das pessoas. Muitos países consideram hoje o fumo do tabaco ambiental (ETS - Environmental Tobacco Smoke) como um cancerígeno ou um agente cancerígeno.
A Organização Mundial de Saúde e a Agência Internacional de Investigação sobre o Cancro da ONU declararam igualmente o ETS como cancerígeno.
Muitos relatórios científicos declaram o tabagismo passivo como sendo uma causa de doenças cardíacas e do cancro do pulmão nos adultos expostos. De acordo com a Health and Safety Authority (HSA – Agência de Saúde e Segurança) na Irlanda, "existem provas convincentes de que trabalhar com colegas fumantes aumenta em 20% a 30% o risco de cancro do pulmão nos não-fumantes".
Existe igualmente um acordo geral de que o ETS causa doenças respiratórias nos adultos. Mais uma vez, a HAS na Irlanda declara que o risco de doenças cardíacas aumenta em 25% a 35% no caso de trabalho com colegas fumantes. A maior parte das agências de saúde considera que a exposição de mulheres grávidas ao fumo do tabaco ambiental causa nascimentos de bebês com peso abaixo do normal.

ASH (Action on Smoking and Health) calculou que, anualmente, no Reino Unido, cerca de 600 mortes resultantes do cancro do pulmão e cerca de 12.000 casos de doenças cardíacas em não‑fumantes podem ser atribuídas ao tabagismo passivo.
Para as pessoas com asma, o ETS pode provocar graves problemas de saúde e o fumo do cigarro é uma causa comum de ataques de asma.
Os cientistas do Instituto de Saúde Ocupacional do Helsinque afirmam ter produzido a primeira prova irrefutável que comprova o papel do tabagismo passivo no desenvolvimento de asma nos adultos.

Fonte: Políticas de prevenção de tabagismo em empresas e países europeus, Juan Carlos Melero, Centro de Recursos da Comunidade EDEX, Espanha, da Rede Européia de Prevenção do Tabagismo.

Estudo de Caso:
Empresa: Bae Systems - Brough, Reino Unido
Esta empresa dispõe de uma política de tabagismo há mais de 10 anos. A política original proibia o tabaco nas áreas comuns, mas os trabalhadores votaram para autorização do tabagismo em certas áreas.

Foram identificados alguns problemas com esta política;
■ Alguns empregados permaneciam expostos ao tabagismo passivo;
■ O tabagismo era permitido perto das portas e áreas de venda;
■ O tabagismo contribuiu para a fraca manutenção do local, levando a um número de pequenos incêndios; e
■ A política era difícil de se fazer valer e não era clara.

Um grupo de trabalho composto pela direção e representantes sindicais foi criado para considerar a forma como alterar e atualizar a política.
O grupo considerou as seguintes opções:
■ proibição total do tabagismo no local;
■ proibição do tabagismo nos edifícios e não no exterior; e
■ proibição do tabagismo nos edifícios e não no exterior apenas num ambiente controlado.

Após uma consulta com os trabalhadores, o grupo de trabalho decidiu instalar dez abrigos externos espalhados em locais estratégicos. Esta decisão permitiria aos empregados fumar no exterior, mas não no interior do edifício.
Uma nova política foi esboçada e a orientação para os diretores foi revista. A empresa proporcionou igualmente aulas de cessação de tabagismo aos empregados que necessitavam de ajuda para deixar de fumar.
A nova política e as conclusões do grupo de trabalho foram comunicadas aos trabalhadores por e-mail, através de um boletim informativo e em reuniões de equipa. Houve um período de introdução após o lançamento da política antes da sua implementação total.

A empresa e as organizações sindicais vêem os seguintes benefícios na nova política:
■ Os não-fumantes não estarão mais expostos ao tabagismo passivo no trabalho;
■ A orientação abrangente para os diretores ajudou a implementação da política sem conflitos desnecessários;
■ A política é mais clara e fácil de se fazer cumprir;
■ A manutenção e imagem do local melhoraram;
■ A empresa age em conformidade com a lei; e
■ Os trabalhadores são mais saudáveis.

Fonte: Smoke at Work - Protecting workers from passives smoking

Vídeo:

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sábado, outubro 10, 2009

Celular e infecção hospitalar


Todos possuem telefone celular, todos o usam na maioria das vezes em lugares inconvenientes, como ônibus e elevadores, e ainda falam em voz alta.

Nos automóveis, já é proibido seu uso para os motoristas. Agora, é a vez de falar do celular nos hospitais.

Um estudo sobre a taxa de contaminação de celulares e mãos de equipes médicas das UTIs e em salas de cirurgia mostra que:
■ 94,5% dos celulares estão contaminados por vários tipos de micro-organismos.
■ Entre eles, está o Staphylococcus aureus, que é frequentemente relacionado a infecções hospitalares.

O S.aureus foi isolado;
■ em 52% dos telefones celulares e,
■ em 37,7% das mãos de alguns dos 200 membros da equipe médica (15 professores, 79 médicos-assistentes, 38 enfermeiros e 68 atendentes),
Mostrou-se resistente à meticilina (penicilina semissintética que não é comercializada no Brasil).

A médica Fatma Ulger e seus colaboradores da Faculdade de Medicina da Universidade Ondokuz Mayis, na Turquia, relatam os detalhes da pesquisa na revista "Annals of Clinical Microbiology and Antimicrobials", publicada no último mês de setembro.

Fonte: Folha de São Paulo - São Paulo, 04 de outubro de 2009

Comentário:
Imaginem a cadeia de transmissão de micro organismos entre médicos, não médicos, lanchonetes de hospital, cumprimento de mão, etc.

As fossas nasais têm sido relatadas como a fonte mais importante de disseminação. (quem gosta de cutucar o nariz é um prato cheio de disseminação de microorganismo).

Os portadores nasais podem, por meio das mãos, desempenharem papel importante na disseminação do microrganismo, principalmente através dos alimentos por eles manuseados.

Partindo da hipótese que o principal reservatório de estafilococos no homem são as fossas nasais e na tentativa de mostrar a colonização das mãos pela mesma cepa presente nas fossas nasais, propusemo-nos a estudar amostras colhidas de mãos e fossas nasais de um grupo de manipuladores de alimentos de estabelecimentos comerciais da cidade de Araraquara, Estado de São Paulo e de universitários.

Variações na microflora autóctone ao homem ocorrem de acordo com a área geográfica, nível socioeconômico, alimentação, hábitos de higiene e outros fatores que modificam a susceptibilidade do hospedeiro. Com o objetivo de comparação, amostramos também um grupo constituído por estudantes universitários onde presumimos ser apenas a área geográfica o fator comum ambas as populações.

Foram colhidas amostras de mãos e fossas nasais de 48 manipuladores de alimentos das principais casas comerciais da cidade de Araraquara, Estado de São Paulo (Brasil), e de 20 estudantes universitários.

Os resultados obtidos foram os seguintes:
■ Dentre os indivíduos foram encontrados 44,1% (manipuladores) e 34,8% (estudantes universitários) que portavam Staphylococcus aureus em fossas nasais e mãos, respectivamente.
■ Em 48 indivíduos que manipulam alimentos e estudantes universitários, a proporção de portadores nasais de Staphylococcus aureus foi de 41,7% e 50,0%, respectivamente, taxas consideradas altas.

■ A percentagem de portadores de Staphylococcus aureus nas mãos foi mais alta para o grupo dos manipuladores (41,7%) quando comparada ao grupo de estudantes universitário (15,0%).
O carreamento de Staphylococcus aureus pelas mãos pode representar um papel importante na cadeia epidemiológica das intoxicações alimentares. Tradicionalmente, as medidas de controle incluem a implementação de técnicas de lavagem das mãos, treinamento e conscientização dos profissionais envolvidos. Fonte: Staphylococcus aureus: portadores entre manipuladores de alimentos - Revista de Saúde Pública - vol.22 no.1 São Paulo Feb. 1988

Por que a higiene das mãos é tão difícil ?
A adesão à lavagem das mãos é baixa, comprovada por várias pesquisas, tanto na freqüência (cerca de 40%) e qualidade (tempo menor que o recomendado).
As razões relatadas para a baixa adesão à prática da higiene das mãos incluem: falta de conscientização entre os membros das equipes de saúde a respeito das indicações da higiene das mãos, falha na política institucional, na atitude pessoal e nas várias barreiras logísticas. Quando se perguntou aos membros das equipes de saúde quais fatores eram determinantes para não lavar as mãos como recomendado, eles citaram o ressecamento e a irritação na pele, causados pela freqüente lavagem das mãos e por estarem muito ocupados.

Veja as recomendações da OMS para lavar as mãos:
■ se a quantidade de sabão suficiente para que a espuma cubra toda a superfície das mãos
■ Dedique 15-20 segundos só no ato de esfregar; o ritual completo deve durar cerca de 50 segundos
■ Capriche na limpeza do espaço entre os dedos; esfregue também o dorso e o punho
■ Seque com toalha descartável (em ambientes coletivos)
■ Se a torneira não for automática, use a tolha de papel para fechá-la, ou lave também a torneira antes de lavar as mãos

Vídeo:
Lavar as mãos da forma certa também evita a contaminação por inúmeras doenças provocadas por vírus, bactérias e fundos que podem ser adquiridos através das mãos sujas tocando partes do corpo como boca, nariz e olhos. Mostre este vídeo para todos os seus amigos, parentes e conhecidos para que todos nós possamos ter o costuma saudável de lavar as mãos da forma correta.

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quinta-feira, outubro 08, 2009

Voluntários salvam vítima de enxurrada no interior de SP

Uma forte chuva de 20 minutos em São José do Rio Preto, a 430 km de São Paulo, na quarta-feira, 07 de outubro de 2009, inundou as principais avenidas da cidade, arrastou carros e deixou pessoas ilhadas e em desespero; oito delas foram retiradas de dentro dos veículos nas operações de salvamento de voluntários e do Corpo de Bombeiros.

Foi o caso do drama vivido por Gisele Cristina Nunes e Regiane Lima Cardoso, filmado por uma equipe de televisão. Ambas estavam na avenida Alberto Andaló, a principal da cidade, que se transformou em um rio, onde veículos pararam no meio da enxurrada, deixando seus ocupantes apavorados.

■ Gisele encostou sua moto num dos carros, tentando um apoio para não ser arrastada. Um homem amarrado por uma corda ajudado por voluntários tenta resgatá-la, mas a força da água acaba derrubando os dois. A motociclista chega a ficar submersa por cerca de dois minutos. Ela ficou presa sob o carro, conseguiu levantar uma das mãos e acabou sendo salva sem ferimentos graves e levada ao Pronto-Atendimento Central, onde passou por observação e foi liberada com arranhões.
■ No mesmo momento, Regiane Lima Cardoso tentava sair de dentro de um carro, que também estava sendo levado pela força da enxurrada. Outro voluntario ajudou a retirar pela janela do Fiesta Hatch.“Pensei que ia morrer. Foi tudo muito horrível. Graças a Deus estou vida.” Regiane disse que nunca passou por uma situação dessas e que só tinha visto algo semelhante pela televisão.

Meia hora depois da chuva a água baixou e o trânsito voltou ao normal na avenida onde tudo aconteceu.

De acordo com o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, 24 veículos foram arrastados pela correnteza que se formou em vários pontos da cidade. A chuva teve início às 14 horas, pegando a todos de surpresa.

De acordo com o tenente José Luís Ferrari, a rapidez com que a água impediu que os Bombeiros e a PM realizassem um plano de emergência que é colocado em prática quando o tempo fica nublado. "Desta vez, nem a Defesa Civil, nem o radar da Unesp, nada previa essa chuva", disse Farrari.

Fotos do resgate

Fontes: UOL Noticias - 07 de outubro de 2009 - Diário da Região -08 de outubro de 2009

Comentário:
A força das águas pode equivaler à dezenas de quilos, o que para corpos em movimento é a causa principal para a perda de equilíbrio. Para ter uma idéia do peso da água no local, estimando 40 cm o nível da enxurrada, equivale a 400 quilos.
O volume da enxurrada por metro, com declividade de 7%, precipitação de 32 mm, conforme constatado no local pode chegar a 60 litros por metro.
A enxurrada prossegue com maior força nas áreas de declínio do solo, aumentando sua velocidade e como conseqüência arrastando veículos, pessoas, etc.
Recomenda-se em caso de enxurrada, é permanecer no local e aguardar a sua passagem. Caso percebe-se a elevação do nível das águas no local, a melhor solução é procurar ficar nos lugares mais elevados. Em geral a área de passagem de uma enxurrada é sempre de regiões de elevadas para baixas, o que facilita a permanência.

Como dirigir na chuva
Segue algumas dicas para dirigir na chuva:
■ Acenda o farol baixo. Além de melhorar a visão, o veículo de trás poderá se guiar melhor com as luzes vermelhas e evitar uma colisão. Se estiver em movimento, nunca ligue o pisca alerta. Ele só deve ser acionado quando o carro estiver parado.
■ Diminua a velocidade e mantenha uma distância mínima de 8 metros do veículo à sua frente.
■ Não freie bruscamente e nem faça manobras perigosas
■ Quando acionar o pára-brisa. Use-o com o esguichador. Mantenha a velocidade do limpador de pára-brisa no mesmo nível que o volume de água. As palhetas devem ser trocadas uma vez por ano e o reservatório deve sempre ter água mesclada com detergente neutro ou aditivos.
■ Quando os vidros começarem a embaçar, passe um pano limpo por dentro do carro. Jamais use as mãos, pois a gordura natural da pele só piora a situação. Tente deixar os vidros uns dois dedos abertos para criar uma circulação de ar. Ligue o ventilador interno ou o ar-condicionado. O carro deve esfriar por dentro para desembaçar os vidros.
■ Se os vidros já estiverem embaçados, o processo é inverso, Ligue o ar quente.
■ Não pense duas vezes antes de parar o carro no acostamento e esperar a chuva diminuir ou passar. Fonte: G1 - 1 de novembro de 2007

Não atravesse alagamentos
Se o volume das chuvas aumentar e houver alagamento, pode ser o caso de optar por uma pausa antes de seguir em frente. Até metade da altura da roda você consegue ter condições mínimas de dirigibilidade. A partir daí o veículo fica exposto a panes mecânicas. Debaixo da enchente é impossível saber os obstáculos, buracos ou sujeiras que existem no asfalto. Além disso, há a possibilidade do veículo flutuar e ser arrastado pela enxurrada, o que coloca em risco a segurança do motorista e de seus passageiros.

Howstuffworks - Dirigir o carro sob a água

Vídeo:

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terça-feira, outubro 06, 2009

Acidente fatal com cortador de grama

Mauro Vieira de Souza usava um cortador de grama quando ocorreu a descarga elétrica, que atingiu também a mulher dele, Maria Sueli Vicente Cruz. Antes de iniciar a roçagem do terreno na chácara, choveu forte em Araçatuba e o chão estava bastante molhado O acidente ocorreu em Araçatuba, a 530 km de São Paulo, na noite de sexta-feira, 02 de outubro de 2009.

De acordo com a família, Souza recebeu a descarga elétrica enquanto trabalhava com o aparelho. A mulher tentou ajudá-lo, mas também foi eletrocutada.

O choque foi de 220 volts. A máquina estava ligada diretamente na caixa de distribuição de energia. Um detalhe chama a atenção: o cortador de grama, bem antigo, não tinha isolamento no apoio das mãos.

Fonte: G1 - 03 de outubro de 2009

Comentário:
Vários fatores contribuíram para a descarga elétrica (choque);
■ Choveu e a grama estava muito molhada
■ A fiação elétrica não tinha dispositivo de proteção diferencial (DDR ou DR) contra choque e/ou sobrecarga e curto circuito.
■ O braço do cortador de grama não era isolado (vide foto).
Conclusão: solo e grama molhada, braço do cortador de grama metálico, qualquer problema na fiação elétrica, a corrente de fuga tinha o terra perfeito
É comum encontrar pessoas usando o cortador de grama elétrico sem observar as mínimas condições de segurança pessoal, tais como;
■ Uso de sandália, chinelo, descalço;
■ Extensão de fiação elétrica inadequada.
■ Sem observar a umidade da grama (orvalho, sereno, etc)

Os manuais de cortadores de grama recomendam
■ Evite ambientes perigosos - Não utilize o equipamento em lugares úmidos ou molhados.
Não utilize o equipamento na chuva.
■ Mantenha as crianças afastadas - Todas as pessoas, especialmente crianças devem se encontrar à uma distância segura da área de trabalho. O operador ou usuário é responsável por acidentes ou riscos a outras pessoas em sua propriedade.
■ Vista-se de maneira adequada - Não use roupas soltas ou jóias, pois podem se enganchar nas partes móveis do equipamento. Recomenda-se a utilização de luvas e calçados quando se trabalhar ao ar livre.
■ Utilize óculos de segurança.
Para reduzir riscos de choques elétricos - Não exponha o equipamento à umidade e se houver danos na extensão elétrica, faça a substituição imediatamente e nunca utilize fita isolante para fazer qualquer tipo de reparo.

Outro acidente fatal semelhante
Homem morre eletrocutado em Balneário Camboriú

O corpo de um homem que morreu eletrocutado foi encontrado por volta das 8h30min de quarta-feira, 18 de março de 2009, no Balneário Camboriú, Santa Catarina. O cadáver de Paulo César Bhering estava em um terreno à margem da Rodovia Interpraias, no bairro Estaleiro. O corpo foi encontrado ao lado de um cortador de grama e estava em contato com os fios.
D e acordo com o Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi uma eletrocussão. Um dos peritos afirmou que óbito pode ter ocorrido até 24 horas antes de o corpo ter sido encontrado.
Fonte: Jornal De Santa Catarina - 18 de março de2009

Vídeo
O vídeo mostra as recomendações de segurança necessárias para usar o cortador de grama. O vídeo alerta que é uma máquina perigosa se não tomar algumas medidas de segurança e no período de 8 anos (1996-2004) houve 634.000 acidentes nos Estados Unidos.

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sábado, outubro 03, 2009

No presente e no futuro: água um recurso estratégico

Leis da água são ignoradas, e cidadãos sofrem

Jennifer Hall-Massey sabe que não deve tomar a água que sai das torneiras em sua casa, nas proximidades de Charleston, Estado americano da Virgínia Ocidental.
Na verdade, sua família inteira procura evitar qualquer contato com a água. Seu filho menor traz em seus braços, pernas e peito crostas de feridas dolorosas provocadas pela água do banho poluída com chumbo, níquel e outros metais pesados. Muitos dos dentes de seu irmão já foram recapeados para substituir o esmalte corroído pelo contato com a água.
Os vizinhos de Hall-Massey aplicam loções especiais ao corpo após o banho, para aliviar a sensação de queimadura na pele. Exames revelam que a água que sai de suas torneiras contém arsênico, bário, chumbo, manganês e outras substâncias químicas, em concentrações que, segundo reguladores federais, podem contribuir para provocar câncer e prejudicar os rins e o sistema nervoso.
"Como é possível que tenhamos internet e TV a cabo digital em casa, mas não tenhamos acesso a água limpa?", disse Hall-Massey, que é contadora. "Como é que isso pode acontecer hoje em dia?"
Quando ela e 264 de seus vizinhos processaram nove empresas de carvão das redondezas, acusando-as de jogar resíduos perigosos na água, seu advogado não precisou ir longe para buscar provas. Conforme o exigido pelas leis do Estado, algumas das empresas tinham divulgado em relatórios que estavam injetando concentrações ilegais de substâncias químicas no solo. São os mesmos poluentes que saem das torneiras dos moradores da cidade.
Mas os organismos reguladores estaduais nunca multaram ou puniram as empresas por desobedecer às leis sobre a poluição.

Lei da Água Limpa,
O fenômeno não é restrito à Virgínia Ocidental. Há quase quatro décadas, o Congresso dos EUA aprovou a Lei da Água Limpa, que obriga os poluidores a divulgar as toxinas que despejam nas vias hídricas e para dar aos reguladores o poder de multar ou encarcerar os infratores. Diferentes Estados americanos aprovaram seus próprios estatutos da poluição. Nos últimos anos, porém, as violações da Lei da Água Limpa vêm aumentando em todo o país.

Poluição e falta de fiscalização
Nos últimos cinco anos, fábricas químicas, plantas manufatureiras e outros locais de trabalho cometeram mais de meio milhão de infrações das leis sobre a poluição das águas. E a grande maioria escapou impune. Autoridades estaduais têm ignorado casos de despejo ilegal de substâncias poluentes, e a Agência de Proteção Ambiental do país (EPA), que pode processar poluidores nas situações em que os Estados se omitem, em muitos casos tem se negado a intervir.
Como a maior parte da poluição não tem odor ou sabor, muitas pessoas que consomem substâncias químicas perigosas não têm consciência do fato, dizem pesquisadores, mesmo depois de adoecerem.

Doença e água contaminada
Um estudo publicado pelo periódico "Reviews of Environmental Contamination and Toxicology" revelou que estimados 19,5 milhões de americanos por ano adoecem por consumir água contaminada por parasitas, bactérias e vírus. Essa cifra não abrange doenças provocadas por outras substâncias químicas e toxinas.

Excesso de produção e contaminação do solo
Nos Estados que são os maiores produtores de laticínios, como Wisconsin e Califórnia, agricultores pulverizaram fezes animais liquefeitas sobre campos. Os resíduos infiltraram poços, causando infecções graves. A água de torneira encontrada em partes do chamado cinturão agrícola, incluindo cidades de Illinois, Kansas, Missouri e Indiana, já apresentou pesticidas em concentrações que alguns cientistas vinculam a defeitos congênitos e problemas de fertilidade.
Alguns das substâncias contaminadoras mais frequentemente detectadas já foram vinculadas a câncer, defeitos congênitos e desordens neurológicas.

Falta de fiscalização e multas
No entanto, menos de 3% das violações da Lei da Água Limpa resultaram até agora na aplicação de multas ou outras punições. E em vários momentos a EPA se negou a processar os poluidores ou obrigar os Estados a reforçar o policiamento, ameaçando suspender o repasse de verbas federais ou revogar poderes delegados a autoridades estaduais.

Doença de pele
Certa noite, o filho de seis anos de Jennifer Hall-Massey, Clay, pediu para brincar na banheira. Quando saiu dela, partes de seu corpo estavam vermelhas e irritadas, doendo tanto que ele não conseguiu dormir. Hall-Massey apresentou queixas às autoridades estaduais. Elas lhe disseram que não sabiam por que sua água estava tão poluída, mas que duvidavam que as empresas de carvão tivessem feito algo de errado. A família pôs a casa à venda, mas, devido à água poluída, nenhum comprador se interessou pelo imóvel.
Em dezembro, ela e seus vizinhos abriram um processo no tribunal do condado, pedindo indenização. O processo ainda não foi a julgamento. A maioria dos moradores ainda usa água poluída para tomar banho e lavar a louça.
"O trabalho mais importante dos pais é proteger os filhos", disse Hall-Massey. "Mas onde estava o governo quando precisamos dele para nos proteger contra essa sujeira?"

Fonte: Folha de São Paulo - 28 de setembro de 2009 e New York Times

Comentário:
O problema da água ou da produção, lembra o balanço estequiométrico onde temos as quantidades dos reagentes (matérias primas) que são necessários para produzir determinadas quantidades de produto. Nesse balanço não existe equilíbrio perfeito, sempre há excesso de matéria prima, desperdício. Esse excedente volta para natureza em forma de resíduos, poluição, etc. A natureza apresenta um ciclo de equilíbrio dinâmico e quando rompe essa cadeia dinâmica de equilíbrio, predomina na natureza a contaminação.
É difícil equacionar esse problema devido ao modo de vida da sociedade moderna, consumismo desenfreado. Veja o exemplo do celular, no inicio era um telefone móvel, atualmente, é um aparelho multimídia. Quanto de matéria prima e energia é gasto para produzir esse aparelho, para durar apenas um ano? E depois volta para natureza como lixo industrial.
Existe uma correlação entre o crescimento do PIB, crescimento populacional, aumento do consumismo e a necessidade de água. Mais alimentos, mais produtos significam um aumento no consumo de água, para as diferentes atividades agrícolas e industriais.
Não há como a natureza repor esse consumo excessivo de matéria prima e ao mesmo absorver esse desperdício. O ciclo de vida da natureza é lento e demorado.
Usar água significa que ela se torna indisponível, demora para retornar ao seu ciclo natural.
A agricultura é responsável por dois terços do uso e por quase 90% do consumo de água, o excedente da água volta para natureza contaminada por fertilizantes, agrotóxicos, etc..
A indústria usa um quarto e consome menos de 5% da água, o excedente da água volta para natureza contaminada por resíduos industriais
O desperdício é representado por uso e/ou consumo excessivo e desregrado da água e a poluição é causada pelo desmatamento ciliar, pela falta de proteção nas nascentes, pelo mau manejo de solo, pelo uso inadequado de agrotóxicos e fertilizantes, pela falta de investimento no tratamento de efluentes, etc.

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