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quarta-feira, setembro 29, 2010

Raio mata gado

Um raio matou 18 cabeças de gado em uma fazenda no município de Uberaba

Fazendeiro perdeu na tarde de terça-feira, 28 de setembro de 2010, 18 cabeças de gado que estava debaixo de uma árvore, atingida por um raio. De acordo com o proprietário, cinco bois foram parar dentro de um córrego e outro ficou dependurado numa árvore, na fazenda Ponte Alta, localizada no município de Uberaba, Minas Gerais. Eram animais da raça Nelore PO, registrados pela ABCZ, com dois anos e meio de idade. De acordo com o proprietário, os animais não tinham seguro e cada um deles estava avaliado em cinco mil reais, chegando o prejuízo a aproximadamente em cem mil reais (55 mil dólares). Fonte: Jornal Uberaba, 29/09/2010

Raio mata 43 cabeças de gado em sítio de Paranavaí

Um raio matou 43 cabeças de gado em um sítio de Paranavaí (a 75 quilômetros de Maringá), na noite de sábado, 25 de setembro de 2010. De acordo com o dono do rebanho, Roque de Souza Dias, apenas dois animais sobreviveram à descarga elétrica. O prejuízo foi de aproximadamente 40 mil reais (22 mil dólares)..

Após o resultado de um laudo de veterinários da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), que comprovou a morte dos animais em decorrência das queimaduras provocadas pelo raio, a secretária afirma que uma equipe da secretaria de agricultura de Paranavaí está abrindo uma vala na propriedade, onde os animais serão enterrados. Fonte: Jornal da Manhã – Ponta Grossa, 27/092010


Raio Mata Gado

Em 14 de fevereiro de 2010, um caiu numa fazenda, no município de Sebastião Leme, Bertolinea, Piauí, matando 17 gados e deixando 2 feridos.

Comentário: Podemos agrupar as quedas de um raio em quatro tipos.
Primeiro tipo. Ataque direto
Quando uma pessoa ou alguma coisa que ela está segurando é atingida, é um ataque direto. A corrente do raio entra pela cabeça ou pela parte superior do tronco passando através do corpo para o chão através dos pés. Se várias pessoas estão de pé muito juntas mais de uma pode ser atingida.
Segundo cálculos feitos, a corrente sobe rapidamente até um pico de 1.000 A (ampéres), caindo imediatamente e, cerca de 10 microssegundos do começo, alcança 4A, conservando‑se esse valor pela duração da descarga. A ocorrência de uma centelha externa amplamente evidenciada, é confirmada nos relatos do acidente. Se ela ocorre fora do corpo ou através ou na parte externa da roupa, o cabelo e a barba podem ficar chamuscados. Pode haver marcas de queimaduras na sola dos pés e também nas roupas, e estas podem incendiar-se. Metais sobre o corpo, podem fundir provocando queimaduras. Se a centelha passa entre a roupa e o corpo, a corrente fluindo sobre a superfície da pele, pode converter o suor e a umidade da pele em vapor e, em conseqüência, a pressão resultante pode arrancar fora e as botas.
Segundo tipo de queda de raio é a centelha lateral.
Gráfico: Centelha lateral de uma cobertura ondulada de ferro, isolada do chão por uma estrutura de madeira seca. Quando um raio cai nas proximidades, o efeito das capacitâncias elétricas representadas por Cl e C2, é fazer elevar a cobertura a um potencial V2, em relação à terra, igual a VlCl(Cl-C2). A diferença de potencial entre a cobertura e a cabeça do ocupante do abrigo, pode se tornar suficientemente alta para provocar uma centelha sem que o abrigo seja atingido.
É mais claramente compreendida considerando-se o que acontece quando alguém está abrigado sob uma árvore e esta é atingida por um raio.

Estando em pé no chão, a pessoa está inicialmente no potencial terra. Contudo, como a corrente do raio descarregada sobre tronco pela árvore abaixo aumenta, a voltagem cai para a parte inferior do tronco que pode ter uma resistência de alguns quiloohms, podendo se tornar maior do que a força elétrica de ruptura do espaço de ar entre a pessoa e o tronco. Uma centelha lateral ocorre então através das vítimas.




Gráfico: Centelha lateral do tronco de uma árvore provocada par um raio. Primeiro, a corrente flui através do tronco.


A resistência elétrica do tronco, entre a solo e a cabeça de uma pessoa de pé, perto do tronco, pode ser de alguns quiloohms.


A formação da corrente através dela, pode descer pela parte inferior do tronco, para exceder a força de ruptura elétrica do ar entre o tronco e a vítima. Nessa etapa ocorre uma centelha lateral.


O terceiro tipo de queda de raio é a voltagem escalonada.


Se o raio cai em chão aberto, seja diretamente ou através de um objeto alto, como uma árvore ou um poste, a corrente é descarregada na massa da terra. Num solo acidentado, a distribuição da corrente produz diferentes voltagens de acordo com a distancia do local da queda. Uma pessoa ou um animal andando ao longo de um raio do ponto da queda, sofrerá uma diferença de
potencial entre as pernas.
Gráfico: Tipo comum de corrente (a) num solo uniformemente constituído, originada por um raio caindo em campo aberto. A curva da distribuição do potencial (b) mostra como uma voltagem "escalonada" se desenvolve entre as pernas de um homem ou de um animal de pé nas vizinhanças O quadrúpede tem mais probabilidades de morrer disso, do que os humanos, porque a corrente, fluindo entre as pernas dianteiras e traseiras, atravessa o coração, enquanto que no homem, a passagem e de uma perna para outra e o coração escapa.

O quarto tipo de queda é o da voltagem de contacto, chamado também às vezes, de potencial de toque. Pode ser considerado como um caso particular de centelha lateral, no qual a vítima, no momento em que o raio cai, faz realmente contato. Fonte: W. R. Lee - Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE)

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posted by ACCA@3:12 PM