Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

terça-feira, maio 31, 2011

Acidentes fatais no frigorífico em Colider

Dois funcionários do Frigorífico Guaporé Carne, em Colíder, no Norte de Mato Grosso, morreram asfixiados na quinta-feira, 26 de maio, no setor de triparia

O ACIDENTE
O metabissulfito é um conservante e era usado no Frigorífico Guaporé, em mistura com os restos intestinais dos bois. O elemento químico quando misturado com água emite um gás tóxico, dióxido de enxofre..
Após desocupar o tanque de depósito chamado de triparia, o trabalhador SCN, resolveu entrar no tanque e limpá-lo com água. Como havia restos do metabissulfito, logo que a água foi jogada, a mistura liberou o dióxido de enxofre. O trabalhador inalou o gás e desmaiou.
Outro trabalhador MB entrou no tanque para socorrer o colega de trabalho e também desmaiou. O terceiro a entrar no tanque VSL, também perdeu os sentidos. Os três que estavam dentro do tanque tiveram dificuldades respiratórias. Os trabalhadores SCN e MB morreram asfixiados, já VSL está internado em estado grave na UTI, no Hospital Regional de Colíder.
Os demais trabalhadores envolvidos no acidente e que também absorveram o gás foram encaminhados ao hospital para o devido atendimento.

CAUSA DO ACIDENTE
De acordo com depoimentos prestados na Delegacia da Polícia Civil de Colíder e informações repassadas pelo delegado, a duas mortes foram causadas pela mistura de água com metabissulfito de sódio.

EMPRESA
O Frigorífico Guaporé Carnes, não se manifestou sobre a fatalidade, apenas informou que o local onde ocorreu o acidente é administrado por uma empresa terceirizada, a Lodesco .

Fontes: 24 Horas News - 26/05/2011 e Folha de Colíder - 27/05/2011

Comentário:
É uma atividade de grau de risco 3 que exige Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.

INDAGAÇÕES
■ É muito provável que os trabalhadores não receberam treinamento dos riscos existentes na operação de limpeza de resíduos (tanque de triparia). Não houve acompanhamento do serviço por um supervisor. Eles não tinham noção do risco do produto químico em reação com outros componentes, a água.
■ Por que o trabalhador entrou no tanque? Se ele foi treinado, não deveria ter entrado?
■ Ele não tinha dimensão do perigo, devido ao desconhecimento da reação do produto químico com outro componente, água?
■ O treinamento do trabalhador abrangeu todos os riscos existentes?
■ O tanque deveria ser sinalizado, Riscos Químicos? Sinalização de Risco de Vida?

Fatalidades que poderiam ser evitadas se a empresa tivesse um programa de identificação de riscos e os procedimentos de permissão de trabalho.

Antes de entrar em qualquer área contaminada com dióxido de enxofre para socorrer uma ou mais vítimas, a pessoa que vai prestar socorro deve estar adequadamente protegida contra os gases tóxicos de preferência usando um aparelho de respiração autônomo ou ao menos uma mascara contra gases ácidos. Ninguém deve entrar em uma área contaminada sem equipamento adequado, pois, correrá o risco de também ser vitimado pelo gás, fazendo com que o acidente tome proporções ainda maiores.

METABISSULFETO DE SÓDIO (NA2S2O5)
O Metabissulfito de Sódio é um agente oxidante que vem em sacos de polietileno de 25 Kg, em pó cristalino de coloração branca a levemente amarelada, usado para esterilização e limpeza. É um forte agente redutor pelo oxigênio molecular. É usado como um esterilizante e antioxidante/preservativo.

DIÓXIDO DE ENXOFRE (SO2)
O dióxido de enxofre é um gás incolor, às condições normais de temperatura, de sabor ácido, odor pungente, sufocante, de enxofre queimando.

TOXICIDADE- EXPOSIÇÃO AGUDA
O SO2 é um gás irritante e seus efeitos são devidos à formação de ácido sulfúrico e ácido sulfuroso ao contato com as mucosas umedecidas em conseqüência de sua rápida combinação com água, quando ocorre reação de oxidação.
A intoxicação aguda resulta da inalação de concentrações elevadas de SO2. A absorção pela mucosa nasal é bastante rápida, e aproximadamente 90% de todo o SO2 inalado são absorvidos na via aérea superior, onde a maioria dos efeitos ocorre. Logo após a absorção, ele é distribuído prontamente pelo organismo, atingindo tecidos e o cérebro. Observa-se irritação intensa da conjuntiva e das mucosas das vias aéreas superiores , ocasionando dificuldade para respirar (dispnéia), desconforto, extremidades arroxeadas (cianose), rapidamente seguidas por distúrbio da consciência. A morte pode resultar do espasmo reflexo da laringe, edema de glote, com conseqüente privação do fluxo de ar para os pulmões, congestão da pequena circulação (pulmões), surgindo edema pulmonar e choque.
O contato com a pele provoca irritação, devido à formação de ácido sulfuroso, com o suor.

EXPOSIÇÃO CRÔNICA
A exposição prolongada a concentrações elevadas de SO2 provoca nasofaringite, com sensação de ardência, dor e secreção sanguinolenta nasal, dor na garganta, tosse seca ou produtiva, eritema e edema (inflamação) da mucosa nasal, das amígdalas, da faringe e laringe. Em estágios mais avançados, ocorre atrofia dessas mucosas com ulceração do septo nasal que leva a sangramentos profundos. A perda do olfato pode ocorrer.
Nas vias aéreas inferiores , o SO2 ocasiona bronquite crônica, enfisema pulmonar e infecções respiratórias freqüentes.

CONTROLE DA EXPOSIÇÃO E PREVENÇÃO DA INTOXICAÇÃO
Controle da emissão, ventilação dos locais, enclausuramento do processo, equipamento de proteção respiratória para os locais com elevadas concentrações.
Trabalhadores devem utilizar filtro químico para gases ácidos, combinado com filtro mecânico tipo P-1.
Higiene pessoal rigorosa, escovação dos dentes após o trabalho e dieta rica em proteínas e vitaminas.
A OSHA(1989) tem estudado os efeitos da exposição ao SO2 há vários anos. A agência comenta que a exposição ocupacional a essa substância causa efeitos agudos e crônicos. Os efeitos da exposição crônica incluem dano pulmonar permanente, que é causado pelas repetidas broncoconstrição. Fonte: Metabissulfito de sódio e SO2 : Perigo químico oculto- Fonte: MTE / DRT/CE

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sábado, maio 28, 2011

Usina Hidrelétrica de Jirau - Consumo de drogas

Barrageiro é preso em flagrante comercializando droga no canteiro de obras de usina

O trabalhador Lucas foi preso no fim da tarde em 10 de março, no alojamento do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Jirau. Ele possuía um grande comércio de substâncias entorpecentes no local. A prisão de Lucas foi efetuada por agentes do SEVIC (Serviço de Investigação e Capturas) do 4° DP que foram informados sobre a ação do rapaz por um chefe da segurança do local.

Com o suspeito foi apreendida uma grande quantidade de drogas, sendo mais de 150 paradas de maconha, cerca de 100 trouxinhas de cocaína, uma porção grande e prensada também de maconha, além de vários objetos de procedência duvidosa.

Lucas fez questão de informar na delegacia que ele vendia as substâncias no local para todo tipo de gente e que elas tinham bastante saída, pois por dia ele vendia cerca de 400 parângas. Lucas disse que comprou a droga na Bolívia com um homem conhecido apenas pelo apelido de “Negão”.
Diante dos fatos o suspeito foi encaminhado para a Central de Polícia onde foi feito o flagrante e levado para a carceragem.
Fonte: Giro Noticias – 11 de fevereiro de 2011

Comentário:
Depois de 32 dias, 15 de março de 2011, houve protestos dos trabalhadores da usina , após uma briga entre um motorista de ônibus e um dos operários, segundo explicação da Secretaria de Segurança. A partir daí iniciou-se uma manifestação generalizada de atos de vandalismo e depredação do patrimônio da Usina de Jirau e de prestadores de serviços.
Na manha de 15 de Março, as Forças de Segurança Pública retomaram o canteiro de Jirau e controlam a situação.
A Secretaria de Segurança verificou que dos 18 mil funcionários que estavam no canteiro, cerca de 300 estiveram diretamente envolvidos nos atos de vandalismo.

DEPREDAÇÕES E VANDALISMOS
■ 45 ônibus e 15 carros de passeio foram queimados,
■ aproximadamente 65 instalações totalmente danificadas,
■ 15 alojamentos queimados e 20 danificados e mais outras 30 instalações queimadas.
■ Foi registrado atos de vandalismo, como saque na Lanchonete, em uma loja de telefonia celular, áreas de lazer como sala de cinema, academias, gabinetes odontológicos e em um Caixa de Banco Eletrônico.

SEGURANÇA
A ação foi desencadeada em conjunto com a Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Foram empregadas 10 viaturas e 100 membros da Polícia Militar, 10 viaturas e 36 integrantes do Corpo de Bombeiros Militar, oito Policiais Civis e dois Policiais Federais, além de dois helicópteros.
Fonte: Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania –RO

Uma obra desse porte com a quantidade de trabalhadores no local, praticamente é uma cidade, sem policiamento formal, faltou experiência as empreiteiras envolvidas na execução da obra para concentrar um numero excessivo de trabalhadores no local.
Essa concentração de trabalhadores gera riscos envolvidos fora da atividade de trabalho tais como; circulação de bebida e drogas nos alojamentos, bares e diversão no perímetro externo dos alojamentos, etc.

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quarta-feira, maio 25, 2011

Lei proíbe distribuição de sacolas plásticas na cidade de São Paulo

Estabelecimentos têm até o fim do ano para se adequarem e terão que incentivar o uso de sacolas reutilizáveis

A lei que proíbe a distribuição de sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais paulistanos foi publicada nesta quinta-feira, 19, no Diário Oficial de São Paulo. Ela foi sancionada pelo prefeito e passa a valer a partir de 18 de maio.

A lei prevê que os estabelecimentos deverão estimular o uso de sacolas reutilizáveis e afixar placas informativas com os dizeres "Poupe recursos naturais! Use sacolas reutilizáveis". Os locais têm até o dia 31 de dezembro deste ano para cumprir as novas normas.

A lei proíbe ainda que as sacolas plásticas para o acondicionamento e transporte de mercadorias estampem as classificações de degradáveis, oxidegradáveis, oxibiodegradáveis, fotodegradáveis, biodegradáveis e mensagens que indiquem suposta vantagem ecológica.  Fonte: Estadão - 19 de maio de 2011

Comentário: Interessante essa proibição, que está mais preocupada com o ciclo de vida de uso do plástico pelo consumidor do que pela cadeia completa de produção de ciclo de vida (extração de matéria-prima, manufatura, distribuição, uso, reuso e descarte). É mai fácil para as autoridades proibir o uso de sacolas plásticas pelos consumidores do que interferir ou modificar a cadeia produtiva.

Se fizermos uma viagem virtual pelo supermercado, quase tudo é plástico, embalagem, vasilhame, etc. Usaremos sacolas reutilizáveis para transportar plásticos envoltos em mercadorias. É um contra-senso.
Como curiosidade fiz um levantamento quantas sacolas plásticas utilizo para levar as mercadorias do supermercado.
Dados obtidos:
Mensalmente utilizo 117 sacolas plásticas. A maioria dos itens que coloco nessas sacolas, em média 286 produtos comprados mensalmente, quase 95% são produtos acompanhados com plásticos, em vasilhame, embalagem ou o produto envolto em filme plástico.
Anualmente utilizo 1.400 sacolas e 3.432 plásticos envoltos em mercadorias.
Por conseguinte transportarei nessas novas sacolas 3.432 produtos com plásticos que serão descartados no lixo. Além disso, como utilizava essas sacolas plásticas como saco de lixo deverei comprar sacos de lixo para essa substituição.
Efetuando o balanceamento do uso de plástico para poupar recursos é uma falácia do movimento das entidades verdes. Não haverá economia de recursos naturais se o governo não interferir na cadeia de produção.
Vejamos alguns dados:
■ Utilizadas principalmente por indústrias de refrigerantes e sucos, as garrafas PETs movimentam hoje um mercado que produz cerca de 9 bilhões de unidades anualmente, 53% não são reaproveitadas. Com isso, cerca de 4,7 bilhões de unidades por ano são descartadas na natureza, contaminando rios, indo para lixões ou mesmo espalhadas por terrenos vazios.
■ Estudo. Interesse crescente de fabricantes de cerveja por esse tipo de embalagem. Duas pequenas empresas já usam o produto para comercializar chope em São Paulo, e uma terceira, em Recife, está testando resina plástica para embalagem de cerveja. Seriam necessários mais 4,5 bilhões de garrafas para atender à demanda das cervejarias.
■ Em média o brasileiro consome 127 l/ano de leite. Podemos estimar para cidade de São Paulo 1,5 bilhões de caixas do tipo de Tetrapack ou de plástico que são jogados no lixo.
■ O plástico domina grande parte na cadeira de embalagem para o consumidor.
No Brasil o lixo é tratado como um produto de descarte que vai para o lixão ou aterro sanitário. O lixo deveria ser tratado como fonte de conversão de energia.
O governo analisou apenas árvore de plástico e não a floresta de plástico.
No próximo ano veremos em São Paulo, consumidores com sacolas ecológicas, politicamente corretas, carregando produtos com embalagens plásticas?

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segunda-feira, maio 23, 2011

Fim do Ato inseguro?

Através da Portaria n° 84/09, o Ministério do Trabalho corrigiu um antigo erro. A expressão “ato inseguro”, contida na alínea “b” do item 1.7 da NR 1, foi retirada da regulamentação, assim como os demais subitens que atribuíam ao trabalhador a culpa pelo acidente de trabalho.

Mas ele realmente sumiu na atividade do trabalho? Ou ele está espreitando como um fantasma, aguardando o momento certo para agir e provocar o acidente? Realmente fantasma existe e mora dentro de nós?

Esse problema de ato inseguro em que alguns querem demonizar ou exorcizar , lembra na década de 80, o método Taylor. O método de Taylor é apenas lembrado como aumentar carga de trabalho do operário, pois o método através de medições de tempos aferia o tempo gasto por determinado tipo de tarefa. Mas essa aferição fazia parte de um trabalho mais amplo, a organização de tarefa e planejamento de produção. Como fazer um trabalho de modo quase perfeito sem perda de tempo. Mas ele é apenas lembrado como carrasco do operário. Hoje na área de segurança a ordem de serviço ou um manual técnico, nada mais do que o método do Taylor, como fazer de modo à tarefa com eficiência sem interrupção no sistema (acidente/falha). Em todas as atividades usamos a essência do método de Taylor sem saber. Hoje o esporte utiliza esse método de forma mais avançado, através de filmagens, fotograma por fotograma, é analisada a performance do esportista, passo a passo, como ele pisa, como respira, etc., para aumentar o seu desempenho

Com o ato inseguro acontece à mesma coisa, o pessoal analisa o ato em si, mas sem levar em conta os fatores relacionados ao elemento humano que convergem para produzir o ato inseguro. Para estudar o acidente, temos duas vertentes o ato inseguro e condições inseguras. Voltamos a essência do método de Taylor, se fracionarmos todas as etapas que dão origem à falhas humana, podemos estudá-la com mais detalhe e atuar onde a probabilidade de ocorrer uma falha no sistema ou anomalia é mais freqüente. Os fatores/erros relacionados ao elemento humano são semelhantes a quaisquer tipos de atividade.

Hoje, com os avanços no conhecimento e na tecnologia aumentaram consideravelmente a complexidade de sistema. Devido sua combinação singular de processos, interações tecnológica e humana, surgem também riscos inevitáveis, que às vezes, alguma coisa sairá errado. E uma das coisas mais difíceis é mudar o comportamento do elemento humano, pois não é padronizado, ao contrário das máquinas em que podemos alterar o ritmo de produção e de segurança.

Uma visão interessante da causa de acidente utilizado por especialistas no campo aeronáutica e nuclear é o modelo do queijo suíço (cheio de buraco). A condição ideal é separar o perigo da perda potencial, mas na prática parece mais como fatias de queijo suíço. As lacunas estão abrindo e fechando continuamente (sistema de defesa), ao mesmo tempo mudando de posição. O perigo sério aumenta quando um conjunto de linhas de buracos permite uma abertura momentânea de oportunidade para o acidente. Aí estão as falhas ativas e latentes. Para isso devemos criar barreiras de segurança e de proteção.

O sistema de segurança ideal seria como o processador de texto Word, se erramos a palavra ele corrige, se esquecemos de salvar, ele avisa, antes acontecer o desastre, perder o que está sendo digitado. Por causa disso algumas atividades o robô está substituindo o elemento humano.

O que é comum na maioria das organizações quando ocorre uma falha no sistema, por exemplo, acidente ou falha de projeto ou falha no atendimento, é procurar um culpado e não analisar qual foi motivo dessa falha no subsistema. No Brasil é comum procurar/apontar um culpado do que ir a fundo qual a origem dessa falha. O erro não está no ato inseguro, mas quem está interpretando a falha.

“Os fatos não falam, eles precisam ser interpretados por alguém. Tudo que é observado é modificado pela presença do observador. Os fatos mudam a depender de quem está interpretando”.(Principio de Incerteza de Heisenberg).

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sábado, maio 21, 2011

Melancias explosivas na China

O uso de produtos químicos para acelerar o cultivo fez com que 46 hectares de plantações do fruto no leste do país explodissem

O uso de produtos químicos para acelerar o cultivo fez com 46 hectares de plantações de melancias no leste da China literalmente explodissem, um caso que é investigado pelas autoridades após outros escândalos de segurança alimentar no país.

Os casos foram registrados nos últimos dias em povoados do município de Danyang, onde as plantações do fruto ficaram arruinadas devido ao uso de Forchlorfenuron (um acelerador de crescimento) e cálcio, relatou a agência oficial "Xinhua".

O agrônomo e pesquisador da Embrapa Transferência de Tecnologia em Campinas Nozomu Makishima, diz que a prática de utilizar o “anabolizante” não é comum. “Esses produtos são recentes e as empresas, muitas vezes, disponibilizam para testes em fazendas, mas se não for feita uma pesquisa mostrando qual é a dose de aplicação o fenômeno pode ocorrer”, afirma.

Segundo o pesquisador, os produtos aceleram o crescimento sem que a célula da planta acompanhe a velocidade do desenvolvimento. Quando o aumento é normal, a melancia multiplica a célula na medida em que recebe água e nutrientes e o rompimento não acontece. Nas plantas aquosas o volume de água ultrapassa 90% e com o acelerador de crescimento a fruta vai absorver ainda mais líquido e por isso ela não suporta e explode.

Na China, em alguns dos cultivos dois terços das melancias explodiram, muitas delas um dia depois de os agricultores utilizarem os produtos químicos, segundo contou Liu Mingsuo, um dos agricultores.

CONDIÇÕES
O curioso fenômeno pode ter sido causado pela inexperiência de muitos dos agricultores, já que em alguns povoados da região, como Dalu, o número de cultivadores de melancias duplicou este ano, após o êxito das colheitas em 2010. Especialistas assinalaram que muitos injetaram o acelerador de crescimento tarde demais, embora tenham acrescentado que a seca na bacia do Yang Tsé pode ter contribuído para as explosões.

A seca pode sim ter influenciado o fenômeno, segundo o agrônomo Makishima. “Quando consumimos água após um longo período sem tomar o líquido, o corpo responde negativamente. O mesmo acontece com as plantas. No caso das melancias, elas podem ter sofrido com a seca e, a seguir, receberam uma aplicação de um produto como o “anabolizante”, não suportando o excesso de líquido.

Especialistas chineses também indicaram que não é tão estranho que as melancias tenham explodido, assegurando ser normal que em alguns casos cerca de 10% dos cultivos se percam por este motivo, embora nesta ocasião o número de casos pareça ser muito maior.

Alguns produtores chineses, porém, afirmam que não usaram esses aditivos químicos e que, ainda assim, suas melancias também explodiram.

O pesquisador da Embrapa explica que é possível que o fenômeno aconteça em condições naturais. Se chover muito ou a plantação for irrigada demais, o fruto absorve a água disponível e acaba partindo. O prejuízo é inevitável, principalmente se o fruto está no início da maturação.

As explosões de melancias são o mais recente caso provocando preocupação dos consumidores após uma série de questões de segurança alimentar, como o leite contaminado com nitrito e óleo de cozinha reciclado.

Fonte: Globo Rural Online de 18/05/2011 e Xinhua Net – 17/05/2011

Comentário:
Atualmente para atender a demanda de consumidores a agricultura é praticamente uma agroindústria.
Ela é semelhante ao modelo de fabricação industrial quanto:
- atender o mercado com produtos diferenciados
- fabricar produtos com pouca perda ou defeito
- produto com designer diferenciado
Para isso a agricultura usa tecnologia de ponta, tais como; biotecnologia, insumos, fertilizantes, máquinas, implementos, técnicas entre outros, diante disso há uma grande aplicação de técnicas no preparo do solo, cultivo e colheita que resulta em altos índices de produtividade.
Esses dois produtos são largamente utilizados na China.
Forchlorfenuron e o ácido giberélico (gibberellin) são aceleradores de crescimentos de vegetais, hormônios, que regulam o crescimento precoce das plantas, incluindo o desencadeamento da germinação das plantas e frutos.

Resumo de Risco Ambiental – EPA (US Environmental Protection Agency) :
FORCHLORFENURON
Os estudos apresentados para este ingrediente ativo são adequados para a avaliação de risco em nível de seleção.
Baseado nos dados disponíveis, não há risco aparente aguda para animais terrestres ou aquáticos ou, incluindo espécies ameaçadas de extinção.
A Agência EPA também não está preocupado com os riscos crônicos para animais aquáticos por causa da taxa de aplicação extremamente baixa e os valores de quociente de risco agudo que foram tão baixos em nível de preocupação.

No entanto, a agência está preocupada com a toxicidade crônica em ave, em virtude dos efeitos reprodutivos observados em estudo em ratos, e o fato de que as aves são geralmente mais sensíveis do que os mamíferos.

É altamente persistente no meio ambiente de laboratório com meia-vida variando de 226-578 dias em ambientes terrestres e estáveis em ambientes aquáticos.

A Agência tem realizado análise em nível de triagem para avaliar o risco potencial ecológico colocado por Forchlorfenuron. A superação de um quociente de risco (QR) não indica necessariamente “alto risco" para espécies como o QR não é uma estimativa de probabilidade absoluta, magnitude, ou severidade de risco. Entradas para esta avaliação de nível de triagem, foram designadas para superestimar provável exposição e os efeitos do Forchlorfenuron. Dados os valores insignificantes superiores do QR e a baixa taxa e uso limitado, a agência americana acredita que os potenciais riscos ecológicos são baixos.

GIBBERELLIN – ÁCIDO GIBERÉLICO
Meio ambiente – não afeta.
É um produto classificado como não perigoso.

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quinta-feira, maio 19, 2011

Por que acontecem acidentes:Canteiro de Obras – montagem e corte de ferragem


Observa-se na foto que o trabalhador não utiliza protetor facial contra projeção de fagulhas. O protetor facial está no local de trabalho, mas ele usa de vez quando.


Observa-se que os trabalhadores em posição curvada, estão montando as ferragens em local inadequado, no chão, sem uma bancada. A propensão de ter doença ocupacional, lombalgia é elevada.

Qual é a finalidade do PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho)?
Na prática está tendo resultado, diminuindo os acidentes ou aumentando a prevenção?
O Ministério do Trabalho está preocupado com a eficiência do programa ou com a sua eficácia?

O que é o PCMAT?
O objetivo fundamental do PCMAT é a prevenção dos riscos e a informação e treinamento dos operários que ajudarão a reduzir a chance de acidentes, assim como diminuir as suas conseqüências quando são produzidos. Para tanto deverá ser colocado em prática um programa de segurança e saúde que obedecerá, rigorosamente, às normas de segurança, além de haver a integração entre a segurança, o projeto e a execução de obras.
Se, por qualquer razão, for necessária a realização de algumas alterações na execução da obra, com relação ao que foi estabelecido anteriormente, terão que ser estudados os aspectos de segurança e saúde, tomando as medidas necessárias para que essas mudanças não gerem riscos imprevisíveis.

Alguns objetivos do PCMAT:
■ Garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores;
■ Definir atribuições, responsabilidades e autoridade ao pessoal que administra, desempenha e verifica atividades que influenciem na segurança e que intervêm no processo produtivo;
■ Fazer previsão dos riscos que derivam do processo de execução das obras;
■ Determinar as medidas de proteção e prevenção que evitem ações e situações de risco;

Às vezes todos ficam tão focados nos programas que se esquecem de que precisam olhar friamente em volta para ver o que está se passando. O programa está funcionando na prática? Não? Qual é o motivo? É apenas para atender uma obrigação do Ministério do Trabalho?

Os programas de segurança e ordens de serviço do Ministério do Trabalho lembram muito os cartórios, vamos lá, reconhecemos as assinaturas dos profissionais responsáveis pelas autorizações e os documentos ganham as chancelas, estão aprovados, tem fé pública. Enquanto isso o Mundo da Segurança do Trabalho é o mundo dos insensatos.

Interessante o que acontece nesse país, as normas são alteradas, revisadas, e o Ministério do Trabalho, divulga, desta vez a segurança do trabalho deve melhorar, as normas estão abrangendo todos os problemas que podem acarretar acidentes. Mas os acidentes, as infrações continuam os mesmos há anos. É reprise de um filme que já conhecemos o final; acidente e morte. Não existe lógica? Alguma coisa está errada?

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terça-feira, maio 17, 2011

O rato e a prevenção

Poderíamos imaginar as opções do rato diante do trabalho?
Quais são os riscos no trabalho?
O que aconteceria se algo desse errado?
O que poderia fazer para melhorar a sua segurança?
O rato está nesse dilema para conseguir retirar o queijo da armadilha?
Com apenas com EPI, ele estaria seguro?
Como ele poderia eliminar a armadilha?
Com apenas com o EPI, ele sente seguro e poderia enfrentar a armadilha?
O rato acha a armadilha familiar, compreensível, controlável ou previsível.? O rato está subestimando o risco?
O trabalhador no seu dia-a-dia também passa por esse dilema no trabalho

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domingo, maio 15, 2011

Por que acontecem os acidentes: canteiro de obras

Em cultura de segurança, a segurança não é uma prioridade que pode ser mudada dependendo das exigências da situação; ao contrário, a segurança é um valor que está ligado a todas as outras prioridades, porém, isto é mais fácil ser dito do que ser feito.

A segurança deveria estar ligada, de modo consistente, a todos os aspectos do trabalho, quer se referindo à produtividade, qualidade, lucratividade ou eficiência.

A segurança deveria ser mais do que usar “equipamento de proteção pessoal”, “desligar a força”, “verificar possíveis riscos com o equipamento” e manter a área de trabalho em ordem.
A segurança deveria ser um valor que os empregados trariam a todos os cargos, apesar das prioridades ou exigências das tarefas. Deveria ser uma regra tácita (norma social) que se seguisse independentemente de situações.
Os fatores para atingir a cultura de segurança são:
1) fatores ambientais em que se incluem equipamentos, ferramentas, layout e temperatura;
2) fatores pessoais tais como: atitudes, crenças e traços de personalidade;
3) fatores comportamentais ou seja práticas de segurança e de risco no trabalho, onde se vai além das obrigações para garantir a segurança de outra pessoa . Os três itens se resumem numa única palavra: Cultura .
Quando a empresa decide agir com segurança, os trabalhadores incorporam a atitude mental da segurança e de comportamentos, freqüentemente resultam em mudanças ambientais. Fonte: A cultura de segurança como resultado de um processo de liderança eficaz
As organizações mudam quando seus líderes querem mudá-las. Warren Bennis.

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sexta-feira, maio 13, 2011

Equipamento de incêndio obstruído

Na foto, o acesso a válvula de governo do sistema de sprinklers está impedida, com mercadorias colocadas de maneira desordenada.

O local deveria ter uma carga incêndio mínima para evitar qualquer tipo de princípio de incêndio e colocasse em risco o próprio sistema de incêndio.

Nota-se também devido a colocação de mercadorias em local indevido, a empresa não tem um programa de inspeção de equipamento contra incêndio

É comum encontrar o acesso a válvula de governo do sistema de sprinklers obstruído por mercadorias e as vezes com grades isolando a área, mas essa área sendo utilizada por outras atividades, por exemplo, depósito.

Os acessos devem permanecer livres de quaisquer obstáculos, tais como móveis, divisórias móveis, locais para exposição de mercadorias e outros, de forma permanente.

Pode colocar grade para ter acesso controlado e evitar o uso não autorizado de operação de válvulas

Em geral sistemas de incêndios devem ser sinalizados de modo que possam ser localizados facilmente e que a área ao seu redor e bem como as vias de acesso deverão estar sempre desobstruídas e livres de quaisquer materiais ou equipamentos.

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segunda-feira, maio 09, 2011

Texas em chamas

Os incêndios florestais no Texas são uma série contínua de incêndios que estão queimando desde o inicio de abril 2011 na maior parte da região oeste e central do Texas.

Mapa: Situação dos incêndios em 17 de abril de 2011

FATORES
A temporada de incêndios está em fase de transição de vento de inverno em direção a temporada de verão, onde os incêndios são conduzidos por vegetação combustíveis (vegetação ou árvores que possuem resina).
Os incêndios têm sido particularmente graves, devido à seca em curso na maior parte do Estado, agravando pela convergência de ventos fortes, temperaturas amenas e baixa umidade

INCÊNDIOS
Dos 254 municípios, 252 foram ameaçados ou afetados pelos incêndios florestais. As equipes de bombeiros atenderam 7.084 incêndios que queimaram 1.300.000 de acres (5.260 km2), até a data de 6 de maio. Alguns incêndios estão em andamento e outros estão surgindo.
Aproximadamente 244 residências foram destruídas pelos incêndios

CAUSAS
■ O período entre outubro e março é tipicamente de seca, mas esse ano quantidade de precipitação está bem abaixo das previsões.
■ baixa umidade, menos de cinqüenta por cento
■ queimada pontual de lixo, arbustos secos
■ fogo criminoso ou imprudência de pessoas (acampamento, fogueira, etc)

PROPAGAÇÃO
■ rajadas de vento de até 50 km/h
■ características da vegetação que possui resina. Durante o incêndio florestal a resina vaporiza formando bola de fogo, com ajuda da rajada de vento, o fogo se propaga rapidamente. Pode se formar tornado de fogo.

RECURSOS DISPONÍVEIS PARA COMBATE AO FOGO
■ Bombeiros de mais de 34 estados dos EUA foram envolvidos na operação de combate ao fogo. Somente do Texas 1.250 bombeiros sem levar em consideração os voluntários e bombeiros de outros estados.
■ Tem sido empregados aviões tanques de grande porte, helicópteros, caminhões-tanques para combater o fogo. A aviação fez 776 missões, lançando 28 milhões de litros de água e retardante de fogo.

VÍTIMAS
Dois bombeiros morreram no combate ao fogo

ESTIMATIVA DE PREJUÍZOS AGRÍCOLAS
Foi estimada pela Texas AgriLife Service perdas agrícolas de pelo menos US $ 20,4 milhões
Os prejuízos são preliminares, esperando mais relatos de perdas.
■ Dano à indústria pecuária representa a "maior parte dos custos de fogo." O prejuízo inclui a destruição de cercas e edifícios agrícolas, tais como galpões, instalações de exploração de gado e outras estruturas.
■ Incêndios destruíram cercas e edifícios destruídos, queimaram pastagens e mataram mais de 500 bovinos, eqüinos.
■ Texas Natural Resources Conservation Service estima prejuízos de US $ 33 milhões de dólares para recuperação de pastagens, reabilitação de terreno e de florestas
As perdas bovinas podem aumentar pós-desastre devido à avaliação dos danos físicos, tais como;
Alterações da saúde, tais como queimadura nos olhos, pés, úberes, nos tecidos dos testículos, bem como a inalação de fumaça, provocando inflamação e edema pulmonar, são os problemas mais comuns, disse Ron Gill, da AgriLife Extension. Pode demorar 10 dias a duas semanas para que os danos começam a surgir.

ESTIMATIVA DE PREJUÍZOS DE PROPRIEDADES
■ A associação de seguros do Texas estima perdas de US $150 milhões de dólares em bens de propriedade

CUSTO DE COMBATE AO FOGO
Custo de combate Texas ao fogo chega a US $ 49.2 milhões de dólares
O Estado está amarrado para pagar as agências federais, bem como as suas próprias despesas inesperadas para a temporada de incêndios historicamente ruim
Os incêndios do Texas estão queimando US $ 1 milhão de dólares por dia em dinheiro do contribuinte (impostos).

Fontes: Texas Forest Service, BestWire Services- 04/26/2011, The Abilene Reporter-News-April 27, 2011, Southwest Farm Press - Apr. 27, 2011, Insurance Journal - April 21, 2011 e Texas Tribune - 4/27/2011

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terça-feira, maio 03, 2011

Por que acontecem acidentes: serra elétrica


OS PRINCIPIAS RISCOS QUE PODEM CAUSAR ACIDENTES NA OPERAÇÃO DA SERRA CIRCULAR:
1 - Retrocesso da madeira;
2 - Mau estado do disco;
3 - O desequilíbrio das tensões internas da madeira;
4 - Contato direto com o disco;
5 - contato no final da operação;
6 - Contato com a transmissão de forças;
7 - Organização e limpeza.

RISCO PARA OPERADOR
Contato com o disco no final da operação de serragem, quando as mãos do trabalhador, ao empurrarem a peça se aproximam dos dentes do disco sem a coifa protetora e o empurrador, dispositivo indispensável neste tipo de operação.

CUIDADOS ESPECIAIS:
A máquina só poderá ser operada por profissionais realmente qualificados para função (Marceneiros ou Carpinteiros). E com todos os equipamentos exigidos pela NR 18 e NR 12. (Coifa - Coletor de Serragem - Chave com trava - Protetor de Correia - Aterramento).
■ Coifa protetora do disco Serra - homologado pelo fabricante junto ao Ministério do trabalho.
■ Coletor de Serragem.
■ Protetor de correia do motor elétrico.
■ Chave elétrica com dispositivo de trava, que impeça que outros trabalhadores (não qualificados)façam uso da máquina.
■ Aterramento
■ Nunca utilize sob chuva, em ambientes úmidos ou sujeitos a líquidos e gases inflamáveis.
■ Conferir sempre a voltagem da máquina com o local. (220/380 volts).
■ Utilizar extensão de fio conforme indicado.
■ Nunca utilize com extensão enrolada. Utilize cabo sem emendas ou fios descascados.
■ Se utilizar extensão use tomadas ou plugs aprovadas pelas normas.
■ Verificar se o sentido do disco está correto.
■ Ligue sempre a máquina num circuito com disjuntos
■ Desligue sempre o disjuntor: para trocar o disco, fazer regulagens na máquina e/ou quando for interromper o serviço por algum tempo.
■ Nunca utilize para outras atividades como: serrar madeira roliça, esmerilhar, cortes de ferro, cortes de blocos ou tijolos, etc. (mesmo trocando o disco).
■ Nunca retire as peças de proteção da máquina.

NO LOCAL DE TRABALHO
■ Verifique se a máquina não sofreu avarias durante o transporte.
■ Não utilize com peças soltas. Não retire partes da máquina.
■ Isole o local onde se vai trabalhar, não permita o acesso de outras pessoas especialmente crianças.
■ Instale em superfície estável, local nivelado, coberto e protegido contra quedas de objetos.
■ Utilize tomadas e plug corretos para ligação.
■ Retire do local tudo que possa atrapalhar.
■ Essa máquina deverá ser mantida com a chave de partida travada para evitar que outros operários (pedreiros, ferreiros, serventes) façam uso da mesma.
■ Toda e qualquer avaria, problema de funcionamento deverá ser interrompida a operação.
■ Durante o trabalho, o operador deverá utilizar os EPI. (Equipamentos de Proteção Individual), máscara com viseira, protetor de ouvidos.

ACIONAMENTO DA MÁQUINA
■ A partida e parada dessa máquina são simples, basta ligar e desligar a chave elétrica.
■ Durante as pausas para descanso, desligue o disjuntor e trave a chave de partida

Para transportar a máquina
■ Retire sempre o disco de serra para transportar.
■ Nos veículos de transporte fixar a máquina para evitar que se desloque causando danos ao equipamento, aos veículos ou a terceiros.
■ Em tempo chuvoso cobrir as partes elétricas com lona plástica, para evitar que água da chuva cause danos a parte elétrica.
■ Lembre-se de levar os acessórios necessários como: Disco de Serra Amolados, extensão elétrica e EPI. (Equipamentos de Proteção)
Fonte: Casa do Construtor

O QUE DIZ A NORMA NR-18
NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Carpintaria
■ As operações em máquinas e equipamentos necessários à realização da atividade de carpintaria somente podem ser realizadas por trabalhador qualificado nos termos desta NR.
■ A serra circular deve atender às disposições a seguir:
a) ser dotada de mesa estável, com fechamento de suas faces inferiores, anterior e posterior, construída em madeira resistente e de primeira qualidade, material metálico ou similar de resistência equivalente, sem irregularidades, com dimensionamento suficiente para a execução das tarefas;
b) ter a carcaça do motor aterrada eletricamente;
c) o disco deve ser mantido afiado e travado, devendo ser substituído quando apresentar trincas, dentes quebrados ou empenamentos;
d) as transmissões de força mecânica devem estar protegidas obrigatoriamente por anteparos fixos e resistentes, não podendo ser removidos, em hipótese alguma, durante a execução dos trabalhos;
e) ser provida de coifa protetora do disco e cutelo divisor, com identificação do fabricante e ainda coletor de serragem.
■ Nas operações de corte de madeira, devem ser utilizados dispositivo empurrador e guia de alinhamento.
■ As lâmpadas de iluminação da carpintaria devem estar protegidas contra impactos provenientes da projeção de partículas.
■ A carpintaria deve ter piso resistente, nivelado e antiderrapante, com cobertura capaz de proteger os trabalhadores contra quedas de materiais e intempéries.

COMENTÁRIO:
A foto indica tudo o que não deve fazer no canteiro de obras. Falta de proteção da máquina, local sujo, serragem no chão, etc.

O QUE DIZ A NORMA NR-18 SOBRE SEGURANÇA DE MÁQUINAS

MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS
■ A operação de máquinas e equipamentos que exponham o operador ou terceiros a riscos só pode ser feita por trabalhador qualificado e identificado por crachá.
■ Devem ser protegidas todas as partes móveis dos motores, transmissões e partes perigosas das máquinas ao alcance dos trabalhadores.
■ As máquinas e os equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes móveis, projeção de peças ou de partículas de materiais devem ser providos de proteção adequada.
■ As máquinas e equipamentos de grande porte devem proteger adequadamente o operador contra a incidência de raios solares e intempéries.

ACIONAMENTO E PARADA DE MÁQUINA
As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivo de acionamento e parada localizado de modo que:
a) seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho;
b) não se localize na zona perigosa da máquina ou do equipamento;
c) possa ser desligado em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador;
d) não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador ou por qualquer outra forma acidental;
e) não acarrete riscos adicionais.
f) toda máquina deve possuir dispositivo de bloqueio para impedir seu acionamento por pessoa não autorizada.

INSPEÇÕES DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
As inspeções de máquinas e equipamentos devem ser registradas em documento específico, constando as datas e falhas observadas, as medidas corretivas adotadas e a indicação de pessoa, técnico ou empresa habilitada que as realizou.

Vídeo: Dispositivos de segurança


Vídeo: Dicas de segurança na operação da serra circular
Observa os acessórios de segurança para empurrar a madeira

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domingo, maio 01, 2011

Segurança dos novos carros criam novos riscos ocultos

As características de segurança dos novos carros criam novos riscos ocultos para equipe de resgate

Os bombeiros de Edgely, município de Bucks teve imediatamente extinguir um pequeno incêndio no piso de um Merceds-Benz, 2004, quando o comandante da unidade dos bombeiros, Kevin Flanagan, ouviu dois estrondos fortes, como estampido de uma arma. Flanagan correu detrás de seu caminhão ao Mercedes e encontrou um de seus bombeiros caído inconsciente no banco dianteiro do carro e outro, filho de Flanagan, vagueando ao redor, aturdido.

Os airbags dianteiros do carro dispararam em seus rostos, nocauteando Andy Taggart e deixando Ryan Flanagan com queimaduras (airbag possui um detonador, que possui uma carga explosiva, substancia sólida, granulada e explosiva, que atua como disparo) e a perda temporária da audição.

Os dois homens poderiam ter morrido na explosão se eles não tivessem utilizando capacetes, disse Kevin Flanagan.

O incidente naquela noite em abril, reflete um quadro do problema para a equipe de resgate de âmbito nacional: Os fabricantes acondicionam os carros e caminhões com novos dispositivos para aumentar a segurança dos motoristas, tais como; os airbags que podem disparar duas vezes ou estão localizados nas portas ou nos tetos, mas esses equipamentos colocam em perigo o pessoal de resgate, que freqüentemente não tem certeza de sua existência.

"Os cintos de segurança com pré-tensionador", que usam um detonador com carga explosiva (tipo de um cartucho) para puxar o cinto de encontro ao ocupante, durante o impacto, pode explodir nas mãos de um bombeiro que está trabalhando para cortar e libertar alguém.

Um cilindro que salta para cima, atrás dos assentos em alguns conversíveis (capota automática) pode causar ferimentos graves em paramédico que desconhece o mecanismo. Os detonatores de metal (pequenos cilindros) embutidos no teto para inflar os airbags laterais podem detonar como mísseis se for cortado pela equipe de resgate, queimando no interior do veículo.

Os carros atuais são “bombas latentes" esperando a oportunidade para tentar ferir-nos, como as equipes de emergência," disse Mark McKinney, um especialista de resgate de veículo do Corpo de Bombeiros e de Resgate do município de Howard.

As equipes de emergência estão acostumadas a lidar com os perigos normais de tanques de gasolina e de baterias de 12 volt, mas a tecnologia está mudando tão rapidamente que muito não podem manter se informados com o que está na rua, desde carros com muitos airbags, alguns com uma dúzia, a veículos híbridos gasolina-elétrico com baterias com alta voltagem suficiente para eletrocutar uma pessoa.

A Agência de Administração Nacional de Segurança e de Tráfego de Rodovia (NHTSA) está solicitando as equipes de emergência relatar as vítimas ou problemas de segurança sobre airbags e outro equipamento de veículo e pediu que o Registro Nacional de Técnicos de Emergência Médica coletar tal informação de seus membros por todo o país.

A Agência está tentando "começar a juntar as partes do quebra cabeça das ocorrências, que resolveria o problema" disse Jeff Michael, diretor dos escritórios da Agência ( NHTSA) de direção perigosa e proteção aos ocupantes (passageiros).

Os advogados afirmam que as agências do governo deveriam exigir dos fabricantes manter informadas as equipes de emergência, como colocar etiquetas nos veículos enumerando todo potencial perigoso do sistema a bordo. A agência (NHTSA) diz que está considerando como o primeiro passo, mas necessita de mais dados.

David Long, enfermeiro de Minnesota e paramédico que ministra palestra aos trabalhadores em todo o país sob o nome de “Detetive de airbag”, tem viajado pelo país compilando os casos de vítimas pós-desastre.

Entre seus 30 exemplos estão;
■ de uma mulher de Arizona, que morreu depois que um policial acidentalmente acionou o airbag enquanto a libertava do veículo destruído;
■ um bombeiro de Minnesota foi atingido na cabeça por um airbag enquanto trabalhava num veículo em chamas e
■ vários mecânicos foram atingidos pelos airbags quando mexeram no fio errado.

Hoje, os carros são projetados salvar vidas no momento do impacto, disse Longo. "Depois disso, é uma loteria ..... Não há nenhuma garantia para a equipe de emergência, para a polícia, para os bombeiros tentando fazer o resgate. Isto não está sequer no programa curricular de treinamento do pessoal de resgate."

A indústria automobilística está se inteirando do problema e debatendo como reagir, disse Bernard I. Robertson, vice-presidente sênior para tecnologia de engenharia e assuntos regulatórios da DaimlerChrysler Corp. "É válido o ponto de vista, e toda indústria está começando compreender o que fazer sobre isso, " disse. "Temos etiquetas já afixadas em todos os veículos; em alguns pontos não estão visíveis. Mas há muito interesse em como conseguir melhorar a informação para a equipe de resgate? É sorte em seu início."

Alguns Corpos de Bombeiros tomam providências extras para permanecer atualizados. O Corpo de Bombeiros do município de Fairfax, por exemplo, trabalha com as revendedoras de carro para aprender tecnologia dos novos carros e como lidar com eles.

Mas porque não há nenhuma maneira rápida para verificar que equipamento está num carro, como Jeep Cherokee com airbags laterais, não parece diferente dos demais, por exemplo, mas contem detonatores explosivos (pequenos cilindros) no teto e os socorristas devem perder tempo valioso no local do desastre para desempenhar o papel de detetive, fazendo a varredura de cada veículo a procura de vestígios para que o potencial das armadilhas esteja esperando para explodir.

"O seminário que estamos assistindo e o que lemos nas revistas, tudo isso está disponível imediatamente para nós” disse Ken Bouvier, vice-presidente da Associação Nacional de Emergência de Médica e paramédico da cidade de Nova Orleans. "E em pequenas comunidades rurais, talvez não tenham oportunidade de ter exposição de novos carros e aquele tipo de treinamento, eles podiam buscar esses conhecimento e como lidar com esses problemas nesse tipo de seminário."

Não é apenas com os dispositivos de segurança que o pessoal de resgate está preocupado.
As novas tecnologias de combustível ou de motor também colocam em riscos, tais como; carros a gás (GLP) ou elétrico com baterias de alta voltagem.

Um bombeiro do município de Montgomery, por exemplo, notou algo estranho recentemente quando aproximou um carro colidido. Embora o motor foi desligado, o motorista ferido manteve seu pé no freio. Ele saiu do carro e o carro ainda estava funcionando de maneira silenciosa com motor elétrico e poderia ter movimentado e atingido os socorristas e as pessoas presentes no local.

O carro era um Toyota Prius, um veículo híbrido gasolina-elétrico que utiliza bateria para velocidades baixas. "Conversamos sobre esse assunto no treinamento" disse Monte Fitch, instrutor de resgate do Corpo de Bombeiros do município de Montgomery que levou esse relatório para um de seus alunos.

Além de funcionar silenciosamente, a bateria do carro híbrido acumula uma voltagem suficiente para matar uma pessoa, mais de 500 volts no Prius 2004, comparado a 12 volts na bateria de carro convencional. No Prius, a bateria está num ponto imprevisto, atrás do assento traseiro.

Toyota e Honda, são os únicos fabricantes que vendem atualmente carros híbridos, ganham elogios dos socorristas por sinalizar as peças de alta voltagem com cor alaranjada e pelo projeto de engenharia de seus carros com segurança em mente.

Por exemplo, as baterias de alta voltagem não são aterradas ao chassis, assim há um pequeno perigo que alguém poderia ser eletrocutado simplesmente tocando no carro destruído. Os socorristas necessitam saber rapidamente, que eles estão lidando com carro híbrido, assim eles podem tomar as precauções especiais para não cortar a bateria ou seus cabos, embora, isso não é sempre fácil.

Se o logotipo de identificação de Prius's fosse esmagado numa colisão, um socorrista apressadamente cortasse o teto para remover um passageiro, poderia identificar o carro como híbrido se encontrasse uma abertura de ar na coluna da sustentação do lado do motorista. Mas bombeiros queixam-se que freqüentemente não conseguem obter carros novos, (últimos lançamentos), para praticar o treinamento.

A empresa Holmatro, fabricante de equipamento hidráulico para resgate, procurou compilar esses problemas em 2000, publicando "Manual de Resgate para Sistema de Segurança de Veículos" livro de referência. Até agora, a empresa vendeu o manual de 600 páginas, preço de US$138. para aproximadamente 3.000 dos 35.000 Corpos de Bombeiros do país, disse o gerente de marketing Fran Dunigan. Agora a empresa está desenvolvendo a versão em CD-ROM que os bombeiros poderiam usar rapidamente procurando os detalhes sobre veículos nos locais dos acidentes.

A agência do governo (NHTSA) testa os veículos para a segurança em colisão, mas ela não procura o que pode acontecer aos socorristas ou aos ocupantes em conseqüência da colisão (pós-colisão). A agência criou vídeos para treinamento dos socorristas, mostrando métodos seguros para lidar com alguns tipos de veículos em colisão, mas não são atualizados regularmente. O vídeo mais recente sobre veículos combustíveis alternativos, por exemplo, foi feito em 1996, quando os híbridos gasolina-elétrico não estavam ainda no mercado.

A Sociedade de Engenharia Automotiva (SAE) que indica as diretrizes da indústria automobilística para projetos de veículos, considerou a colocação de etiquetas padronizadas sobre sistemas de airbag para carros e caminhões novos, mas suspendeu a questão há um ano após não alcançar consenso, disse o porta voz Keith Hancock da SAE . "Dado que os comitês da SAE's tratam rotineiramente dos problemas de segurança, é inteiramente possível que esta questão poderia outra vez estar na agenda, " disse.

A etiqueta foi proposta a SAE por Ron Moore, comandante do Corpo de Bombeiros de McKinney, Texas., é reconhecido nacionalmente como especialista em veículos de resgate. Disse que os fabricantes estão relutantes para assumir os gastos adicionais das etiquetas sem a obrigatoriedade do governo. "É talvez alguns níqueis ou centavos por carro, mas que faria diferença para nós, como socorristas. Poderia acessar imediatamente a informação, isso é salvar vidas , " disse Moore.

Flanagan, comandante do Corpo de Bombeiros de Pensilvânia, disse que algum tipo do aviso seria valioso para seus bombeiros, como naquela noite em abril. Disse que não tinha nenhuma idéia que os airbags poderiam disparar muito tempo depois da colisão, se o sistema elétrico está danificado, embora a causa do incidente que feriu seus homens está ainda sob investigação.

"Não precisamos de problemas extras para lidar, quando estamos no local do desastre, e realmente é isso que tecnologia está trazendo para nós agora, " disse Flanagan. "Todas estas coisas são ótimas em seus lugares e provavelmente muito boas em proteger o motorista e o passageiro, mas são algo que pode causar danos em bombeiros . . . [ e ] penso que os avisos deveriam ser exigidos pelo governo." Fonte: The Washington Post Company, November 25, 2003

Comentário: Cada vez mais os fabricantes estão transformando os painéis dos carros em centrais de informações e de controles, utilizando a eletrônica como elemento principal de gerenciamento. Com isso, softwares e módulos eletrônicos estão mais presentes nos veículos e substituindo módulos mecânicos e eletromecânicos. De acordo com Jon William Toigo, especialista em desastres de informação; “a falta de energia, defeito de software, defeito mecânico, sabotagem foram responsáveis em média por 300 desastres de processamento de informações nos últimos anos. Essas fontes de desastres provavelmente continuarão a ser uma ameaça no futuro previsível apesar do interesse aumentado na tolerância de falhas de equipamento e software, na estatística de tempo médio entre falhas e na melhoria gerais nas técnicas de sistema”.
Quanto mais complexo o sistema, maior é a probabilidade de algo sair errado (Lei de Murphy).

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