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Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

terça-feira, novembro 26, 2013

Operário morre atropelado por máquina

Um operário morreu atropelado no início da tarde de terça-feira (19 de novembro)  no canteiro de obras do 33º Batalhão de Infantaria Mecanizada, em Cascavel.

VÍTIMA
O operário OPL de 65 anos trabalhava no local quando a patrola (motoniveladora) o atropelou. Segundo o que foi apurado, o homem dirigia a patrola e caiu. A  máquina teria passado pela cabeça do operário provocando laceração no crânio.

SOCORRO
O Siate chegou a ser acionado, mas quando os socorristas e o médico chegaram ao local, o operário já estava morto.
A Polícia Científica e a Polícia Civil estiveram no canteiro de obras. O corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) de Cascavel. Fonte: CGN-19 de Novembro de 2013

Comentário: Como é importante que a máquina tenha segurança e é  concebida com o objetivo de reduzir a possibilidade de um operador usando cinto de segurança e em posição de condução ser prejudicado ou ferido em caso de capotamento, protegendo-o até mesmo de objetos que possam entrar na cabine e atingi-lo.
TIPO DE PROTEÇÃO
■CABINES ROPS
ROPS é a abreviação do termo em inglês Roll Over Protective Structure que significa estrutura de proteção contra capotamento/tombamento,  o que significa  que  uma cabine ROPS é a certeza de que o operador estará seguro em caso de capotamento. Se o mesmo estiver fixo em seu assento através do cinto de segurança, os traumas decorrentes de um capotamento serão nulos ou mínimos.

■CABINES FOPS
FOPS também é uma abreviação de um termo em inglês, desta vez, Falling Objects Protective Structure que significa estrutura de proteção contra queda de objetos. Esta designação garante a proteção do operador em caso de queda de objetos durante a operação da máquina, por exemplo, carregamentos.

Vídeo muito bom explicando a importância da segurança  em dirigir motoniveladora

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sexta-feira, novembro 22, 2013

Mortes por raios no Brasil em 10 anos

Em 10 anos, quase 1.300 pessoas morreram vítimas de raios no Brasil. 
Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio
São Paul-181
Rio Grande do Sul-98
Minas Gerais-97
Pará-93
Mato Grosso do Sul-82
Total de mortes – 1259

Onde se morre mais
Atividades rurais – 19%
Residência-15%
Próximo de automóveis-14%
Embaixo de árvores-12%

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2002
São Paulo-23
Maro Grosso do Sul-14
Mato Grosso-12
Rio Grande do Sul-12
Rondonia-12

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2003
São Paulo-14
Paraná-13
Rio Grande do Sul-11
Mato Grosso do Sul-10
Bahia-9

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2004
Tocantins-10
São Paulo-9
Minas Gerais-8
Rio Grande do Sul-7
Mato Grosso do Sul-6

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2005
São Paulo-21
Mato Grosso do Sul-13
Minas Gerais-9
Amazonas-7
Paraná-7

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2006
São Paulo-16
Minas Gerais-15
Pará-12
Piaui-11
Mato Grosso do Sul-8

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2007
São Paulo-18
Rio Grande do Sul-13
Mato Grosso do Sul-10
Amazonas-8
Paraná-8

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2008
São Paulo-23
Rio Grande do Sul-18
Pará-17
Goias-13
Paraná-11

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2009
São Paulo-20
Rio Grande do Sul-10
Pará-10
Minas Gerais-8
Mato Grosso-7

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2010
São Paulo-12
Pará-8
Tocantins-7
Minas Gerais-7
Maranhão-6

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2011
Goias-9
Minas Gerais-9
Amazonas-8
Pará-8
Mato Grosso-6

Os 5 Estados que registraram mais mortes por raio em 2012
São Paulo-19
Pará-14
Minas Gerais-12
Tocantins-10
Mato Grosso-9  

Fonte: Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE

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quinta-feira, novembro 14, 2013

Mortes por raios no Brasil

São Paulo lidera o número de mortes por raios entre os estados da federação, seguido por Rio Grande do Sul e Minas Gerais. No Brasil ocorrem 132 mortes por ano devido a descargas elétricas atmosféricas, os raios, o que nos coloca na quinta posição de fatalidade entre os países com estatísticas confiáveis. E a probabilidade de um homem ser atingido por uma dessas descargas, curiosamente, é dez vezes maior que a de uma mulher. Além disso, a probabilidade de ser vítima de um raio na fase adulta é o dobro da representada tanto por jovens quanto idosos. Viver na zona rural ou urbana também altera essas chances. Na área rural, a probabilidade de receber uma descarga é dez vezes maior.

Esses são alguns dos resultados do levantamento de mortes por raios da década – dados de 2000 a 2009 – elaborado pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O estudo reuniu pela primeira vez informações de diversos órgãos brasileiros como Elat/Inpe do Ministério da Ciência e Tecnologia, Departamento de Informações e Análise Epidemiológica (CGIAE) do Ministério da Saúde, Defesa Civil, veículos de imprensa e dados de população do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Brasil é um dos poucos países que dispõe de um mapeamento detalhado das circunstâncias das mortes por descargas elétricas atmosféricas, o que pode contribuir significativamente para aperfeiçoar as regras nacionais de proteção contra o fenômeno. Nos Estados Unidos, a circunstância que mais provoca mortes por raios são as atividades esportivas ou de recreação, como pescar, acampar e jogar golfe, diferentemente do Brasil. Uma análise sociológica permite deduzir que essa diferença está atrelada principalmente ao fato de os Estados Unidos serem um país desenvolvido e o Brasil estar ainda em desenvolvimento. Assim, atentar para a proteção de pessoas jogando golfe não seria a melhor forma de  fazer uma campanha de proteção nacional. O ideal é instruir a população a não realizar atividades agropecuárias (causa principal das fatalidades no Brasil), assim como orientar as pessoas a não permanecerem próximas aos meios de transporte, sob árvores e em campo de futebol durante as tempestades. Outras circunstâncias também apresentam percentuais comparativos distintos no Brasil e Estados Unidos.

Na década passada, no Brasil, morreram 1.321 pessoas atingidas por raios, número muito acima das estimativas disponíveis antes do estudo (as menos conservadoras indicavam cerca de 100 mortes). O que essas vítimas tinham em comum eram as atividades que praticavam quando foram atingidas pelas descargas. Exatos 19% das vítimas eram trabalhadores rurais que recolhiam animais ou se ocupavam de plantações com enxadas, pás e facões. A segunda circunstância mais comum foi estarem próximas aos meios de transportes (14%), cujas estruturas metálicas elevam a chance de receber descarga. Aqui convém ressaltar que refugiar-se no interior de um veículo, como um automóvel ou avião, é seguro. A sorte de um piloto e seu copiloto em 2008, no interior de São Paulo, poderia ter sido diferente se eles tivessem seguido essa recomendação. Ambos perceberam a aproximação de uma tempestade com o avião pousado em uma fazenda e buscaram abrigo sob uma das asas e morreram atingidos por um raio.

USO DE TELEFONE
Permanecer no interior de uma casa sem os devidos cuidados também foi causa de mortes (14%) na última década. O estudo revela uma conclusão interessante. Apesar de 85% das mortes terem ocorrido ao ar livre quando esses dados são relacionados a diferentes circunstâncias, a porcentagem em cada uma delas é próxima à categoria “dentro de casa”. Esse fato revela que permanecer dentro de casa não é tão seguro quanto se pensava.
A maioria das vítimas atingidas por raios em domicílios;
■estava falando ao telefone com fio,
■descalça em casa com chão de terra batida ou ainda próxima a antenas,
■lâmpadas,
■geladeiras,
■janelas e televisores.
A categoria “sob árvore” ficou em terceiro lugar com 12%, seguida por “campo de futebol”, com 10%.

O estudo traz outro resultado interessante, evidenciando que as circunstâncias em que ocorrem mortes por raios apresentam variações significativas em diferentes regiões do Brasil.

REGIÔES
É possível perceber que características de determinadas regiões ficam evidentes nos percentuais das mortes por raios. A atividade agropecuária, por exemplo, atinge o maior percentual na região Sul, a mais tradicional do país nessa área. Já as regiões Norte e Nordeste apresentam os percentuais mais altos para a circunstância dentro de casa, provavelmente indicando que muitas casas nessa região são de chão de terra batida, que as torna muito menos seguras. Outros dois dados que chamam a atenção são: o índice de 20% de mortes devido à circunstância “telefone” (telefone com fio ou celular conectado ao carregador) no Centro-Oeste, que é quase nulo em outras regiões, e o percentual de mortes no Norte “em campos de futebol”, também alto quando comparado a outras regiões.

MORTES
As mortes por ano sofreram variações significativas na última década. Os valores máximos ocorreram em 2001 e 2008, coincidentemente em anos associados ao La Niña, fenômeno oceânico-atmosférico caracterizado por um esfriamento anormal das águas superficiais do oceano Pacífico equatorial. Essa associação, no entanto, merece ser mais investigada nas próximas décadas.

Considerando a população média durante esse período (180 milhões), a probabilidade também média de morrer atingido por um raio é de 0,8 por milhão por ano. Esse índice está entre os valores estimados para os países desenvolvidos (cerca de 0,3 morte por milhão por ano) e os países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos (6 mortes por milhão por ano). Essa probabilidade, entretanto, é uma média e não corresponde à chance de uma pessoa morrer atingida por um raio em dada circunstância., Se uma pessoa está ao ar livre durante uma forte tempestade, por exemplo, esta probabilidade pode ser da ordem de um para mil em vez de um para milhão. Na Austrália, a probabilidade de morte por raio é igual à do Brasil, com base em dados de 1980-1989. Já nos Estados Unidos, a probabilidade é muito menor – 0,2 por milhão por ano – com base em dados de 2000-2006.

■O Sudeste, no Brasil, foi a região onde mais pessoas morreram (29% do total),
■ As demais regiões praticamente empatadas: Centro-Oeste (19%), Norte (18%), Nordeste (18%) e Sul (17%).

Considerando a população de cada região, a probabilidade de morte por raio varia de 0,5 a 2,2 por milhão por ano.

ESTAÇÕES DO ANO
Em termos de estações do ano, a maior parte das mortes ocorreu no verão.
■ 77% das mortes se deram no verão e na primavera, períodos do ano em que se registrou cerca de 80% dos raios no Brasil.
Do total de mortes na década, 81% foram homens e 19% mulheres. A faixa etária com maior número de mortes vai dos 20 aos 39 anos (43%), seguida pelo grupo de 0 a 19 anos, com 27%. Nos Estados Unidos, as porcentagens de mortes por raios em homens e mulheres são semelhantes às do Brasil: 82% são homens e 18% mulheres. Quando os dados são distribuídos nas diferentes faixas etárias, os valores encontrados para os Estados Unidos também são próximos aos do Brasil.

OCORRÊNCIA  DAS MORTES
■ A maior parte das mortes no Brasil ocorreu na zona rural (61%),
■ 26% na zona urbana,
■ 8% no litoral e
■ 5% em rodovias.
Considerando a população urbana e rural, a probabilidade de morte por raio no meio rural (0,7 por milhão por ano) é dez vezes maior que na zona urbana (0,07 por milhão por ano).

ESTADOS
Em termos de estados, São Paulo foi a unidade da federação com maior número de mortes (230), 17% do total, seguido pelo Rio Grande do Sul (106), Minas Gerais (99), Mato Grosso do Sul (89) e Goiás (80). Já a probabilidade mais alta de morte por raio considerando as respectivas populações está no estado do Tocantins (4,6 por milhão por ano), seguida por Mato Grosso do Sul (4,3 por milhão por ano). As menores probabilidades estão na Paraíba e Sergipe (0,1 por milhão por ano), desconsiderando o Amapá, onde não houve registros de mortes. No estado de São Paulo, a probabilidade de morrer atingido por raio é de 0,6 por milhão por ano. Nos Estados Unidos, o estado com maior número de fatalidades por raios é a Flórida, com uma média de 12,6 mortes por ano (período de 1990 a 2003) e a probabilidade de morrer atingido por raio é de 0,8 por milhão por ano.

INCIDÊNCIA DE RAIOS
A incidência média de raios por ano no Brasil na última década foi de cerca de 57 milhões. O estado do Amazonas registrou o maior valor, com cerca de 11 milhões de raios. São Paulo registrou cerca de 2,3 milhões de raios por ano. Em relação a municípios, Manaus apresentou o maior número de fatalidades (16 casos), seguido por São Paulo com (14). O número de fatalidades não corresponde diretamente ao valor anual da incidência de raios no Brasil ponderado pela população de cada estado. Isso sugere que outros fatores, além da incidência de raios, devem ser considerados.
Alguns desses fatores provavelmente são as diferentes proporções da população urbana e rural em cada estado, devido à diferença da probabilidade de morrer atingido nas áreas rurais e urbanas, e também pelos hábitos de vida da população, distintos em cada região do país. Outro fator relevante é o fato de que as mortes por raios diminuem quando a população se torna mais ciente dos riscos. Fonte: Scientific American Brasil – 27 de julho de 2011

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domingo, novembro 03, 2013

Turquia abre túnel que liga Europa à Asia

A Turquia inaugurou em 29 de outubro, o primeiro túnel subaquático do mundo a ligar dois continentes.

O Marmaray, túnel ferroviário de 13,6 km com uma parte submersa de 1,4 km, conectará a Ásia e a Europa sob o estreito de Bósforo, em Istambul. Principal metrópole do país, a cidade é dividida entre os dois continentes --a ligação terrestre é feita por duas pontes atualmente.

Na parte aquática, o túnel com 1,4 km, as seções foram colocadas sobre o leito do estreito, com profundidade de 50m..

Localizada em região de forte atividade sísmica, a obra foi projetada para resistir a terremotos de magnitude 9.

A ideia de um túnel sob o Bósforo foi citada pela primeira vez em 1860 pelo sultão otomano Abdulmedjid. Dificuldades técnicas e financeiras impediram a execução da obra..

Nos anos 1990, o projeto voltou a ser cogitado devido à explosão demográfica em Istambul, cuja população dobrou desde 1998 e ultrapassa hoje os 15 milhões.

INÍCIO DA CONSTRUÇÃO
O trabalho começou em 2004, mas as escavações arqueológicas atrasaram a construção .

INVESTIMENTO
Japão investiu US $ 1 bilhão dos US $ 4 bilhões  do custo total do projeto , denominado Marmaray , que é a fusão da contração da palavra do Mar de Mármara que localiza nas  proximidades com  a palavra " ray", palavra turca para o transporte ferroviário .

SERVIÇO
O túnel ferroviário ainda não está totalmente operacional.

CIDADE
Istambul é uma das maiores cidades do mundo, com  16 milhões de pessoas . Cerca de dois milhões  atravessam o Estreito de Bósforo diariamente pelas duas pontes existentes , provocando grande congestionamento de tráfego.

FUTURO
Aproxima o dia em que será possível viajar de Londres a Pequim via Istambul por trem.

O PROJETO

Gráfico - 1-gráfico-11 seções de concreto e aço construídas em terra, em seguida, as seções flutuaram e foram  submersas em trincheiras no leito do mar

O contrato de construção do projeto foi concedido a um consórcio turco-japonês ,liderado pelo Taisei Corporação .  
O projeto inclui a 13,6 km  de travessia do Estreito de Bósforo,  a               modernização e expansão de 63 km  de linhas ferroviarias suburbanas para criar uma linha de alta capacidade de 76,3 quilômetros entre Gebze e Halkal e o fornecimento de 440 vagões.
O túnel subaquático no Estreito de Bósforo tem 1,4 km de comprimento, à prova terremoto, montado a partir de 11 seções, oito são de 135 metros, dois são de 98,5 metros e uma de 110 metros de comprimento. As seções pesam até 18 mil toneladas e foram  colocados até 60 metros sob o nível do mar: 55 metros de água e 4,6 metros de terra.  O túnel subaquático é ligado  pelos túneis do lado europeu e lado asiático de Istambul. É o túnel submarino mais profundo  do mundo. O concreto usado é  resistente ao fogo, foi desenvolvido na Noruega,  e foi crucial para a segurança do projeto.

MARMARAY PROJETO - ALGUNS NÚMEROS DO PROJETO:
Comprimento total: 76,3 km  
Seção do túnel: 13.6 km  
Túnel subaquático: 1.387 m
Ponto mais profundo: 60,46 m
Raio da curva mínima: 300 m
Gradiente máximo: 1,8%
Estações de superfície: 37
Estações de Metro: 3
Intercâmbios: 4
Estações inter-cidades: 8
Comprimento da plataforma mínima: 225 m
Espaçamento médio da estação: 1,9 km
Velocidade máxima: 100 km/ h
Velocidade comercial: 45 km/h
Intervalo-10 minutos
Passageiros por hora e direção: 75.000
Número de vagões: 440

Fontes: Wikipedia, BBC News – 29 de outubro de 2013, Folha de São Paulo -  30 de outubro de 2013

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sábado, novembro 02, 2013

Água: Idéia simples produz grande economia para empresa de ônibus

Um motorista de ônibus do Espírito Santo,  teve uma ideia supersimples, mas de uma utilidade enorme Para limpar o para-brisa, o ônibus leva 2,5 litros de água. É comum acabar no meio da viagem. Um transtorno.

A água que falta no para-brisa, sobra no ar-condicionado. Toda vez que ligava o aparelho, o motorista percebia que começava a pingar água do ônibus para o chão. Ela vem de dentro do motor, do contato do ar quente com a serpentina fria do ar-condicionado. Essa água era canalizada para fora do ônibus. Por que não aproveitá-la? Foi o desafio que o motorista, Douglas Lascosck, levou para a oficina da empresa.

São dois litros e meio de água por hora. Para acabar com o desperdício,  os funcionários da oficina bolaram uma esquema simples: emendaram um pedaço de PVC que passou a levar água do ar-condicionado para o reservatório do limpador de para-brisa. Ele nunca mais ficou seco. “Graças a Deus hoje a gente faz uma viagem tranquila”, revela o motorista. Também gerou economia de equipamento. Quando ficava sem água o limpador arranhava o vidro. Em média nessa empresa, era preciso trocar 12 vidros por mês.

Mesmo reaproveitando a água na limpeza do para-brisa, o desperdício continuava, porque ainda estava sobrando muita água do ar-condicionado. Onde mais ela poderia ser utilizada dentro do ônibus? Simples, no banheiro.
Eles fizeram o mesmo processo só que agora na traseira do ônibus. Antes, só dava para usar a descarga 30 vezes e tinha que parar o ônibus para encher o reservatório. Agora, sempre tem água. Simples e barato.

“Um custo médio de R$ 16 por veículo. É um preço muito pequeno perto dos benefícios que a gente tem”, avalia o gerente de operações André Cerqueira.
Somando toda a frota, com a mudança, a empresa está economizando mais de 1,5 milhão de litros de água.

“A ideia é tão boa para o desperdício de água, pensando no meio ambiente. Ninguém até hoje pensou nisso”, diz o eletricista Armando Ribeiro. Fonte: Jornal Nacional - 01/11/2013


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sexta-feira, novembro 01, 2013

Caracterização de acidente do trabalho

De acordo com o art. 19 da Lei nº 8.213/91(Planos de Benefícios da Previdência Social), acidente do trabalho é aquele ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho prestado pelos segurados especiais:

“Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”

Entretanto, sob o ponto de vista doutrinário essa definição legal se mostra insuficiente para se ter uma noção adequada sobre o que de fato seja acidente do trabalho, pois somente se presta a indicar quem são os segurados que têm direito à proteção acidentária: os empregados (inclusive, os temporários e domésticos), os trabalhadores avulsos e os segurados especiais, além destes, os médicos-residentes.

Isso não obstante, para os segurados isso não é relevante porque houve equiparação nos benefícios acidentários com os previdenciários, a partir da lei n. 9.032/95.

CARACTERÍSTICAS DO ACIDENTE DO TRABALHO
As características do acidente do trabalho são:
■evento causado por agente externo;
■violência (o acidente produz violação à integridade do indivíduo),
■subitaneidade (evento súbito); e
■relação com a atividade laboral (nexo causal).

A lei estabelece quatro espécies de equiparação ao acidente-tipo:
 Primeira – doenças: a) doença profissional;
 b) doença do trabalho (ambas relacionadas em ato oficial);
c) doença endêmica (sob certas condições);
d) doença não incluída em ato oficial, mas resultante de condições especiais do trabalho.

Segunda – acidente ligado ao trabalho mesmo que não tenha sido a causa única (concausa); b) acidente no local e horário de trabalho, como decorrência de ato de agressão, ofensa física intencional, ato de imprudência, força maior etc (art. 21).
Terceira – doenças provenientes de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade.
Quarta – acidente sofrido, mesmo fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou serviços sob a autoridade da empresa; b) em viagem e a serviço da empresa; c) in itinere etc  

EQUIPARAM-SE TAMBÉM AO ACIDENTE DO TRABALHO
O legislador, no art. 21 da lei n. 8.213/91, também considera acidente do trabalho ocorrido;
■no local e no horário de trabalho por agressão,
■sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
■ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho;
■ato de imprudência, negligência ou imperícia de terceiro ou companheiro de trabalho;
■ato de pessoa privada do uso da razão;
■casos fortuitos ou de força maior; em qualquer local e horário, em caso de contaminação acidental do segurado no exercício de sua atividade;
■na execução de ordem ou realização de serviço sob a autoridade da empresa;
■na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
■em viagem a serviço da empresa, inclusive para fins de estudo quando financiada por esta;
■no percurso residência-local de trabalho e vice-versa;
■nos períodos destinados à refeição ou descanso intrajornada, ou satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, sendo nessas oportunidades considerado no exercício do trabalho.

ACIDENTE IN ITINERE,
Em relação ao acidente in itinere, assim considerado aquele ocorrido com o segurado no percurso usual entre sua residência e o local de trabalho, e vice-versa, a jurisprudência não tem exigido que o segurado tenha percorrido o caminho mais curto entre a sua residência e o local de trabalho, tolerando um ligeiro desvio no percurso, como por exemplo, quando o obreiro entra em um estabelecimento comercial para aquisição de um bem, antes de prosseguir no trajeto para a sua residência.

Para descaracterizar o acidente de percurso, o desvio de rota deve ser relevante, como por exemplo, no caso do obreiro que passa horas bebendo com amigos ou vai para a faculdade e depois para a sua residência.

O meio de transporte utilizado pelo empregado não afeta a caracterização do acidente de trajeto, podendo ocorrer em veículo de propriedade do próprio segurado.

Para a caracterização do acidente do trabalho há necessidade, ainda, de existência de lesão corporal ou perturbação funcional que cause uma das seguintes conseqüências:
a) incapacidade temporária;
b) incapacidade parcial e permanente;
c) necessidade de maior esforço para o exercício da própria ou qualquer outra profissão;
d) morte

Lesão corporal pode ser definida como aquela que atinge a integridade física do indivíduo, causando um dano físico-anatômico. Já a perturbação funcional é aquela que apresenta dano fisiológico ou psíquico, relacionado com órgão ou funções específicas do organismo humano, sem aparentar lesão física.

Se o acidente não gerou incapacidade para o trabalho, não será considerado acidente do trabalho por força da legislação previdenciária (art. 19, caput, Lei 8.213/91). Isto porque o risco social protegido é a incapacidade laboral decorrente de acidente.

É irrelevante para a caracterização do acidente do trabalho, a existência de culpa do trabalhador. Interessa apenas a existência ou inexistência de culpa do empregador para efeitos de responsabilidade civil. O motivo de força maior não evita o pagamento do benefício ao acidentado, somente o dolo. Fonte: Última Instância - Granadeiro Guimarães Advogados - 28.10.2013

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