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segunda-feira, março 03, 2014

Planejamento de resgate em altura

A elaboração de um plano de proteção contra queda é praticamente inútil se o plano não considerar o resgate do trabalhador. O risco de resgates não planejados é mais sério que o de derrubar um trabalhador, pois envolve também tempo, que é crítico em caso de um trabalhador
ficar pendurado inconsciente.
Foto A – O trabalhador tentando se desprender do cabo.
Foto B – O colega que estava na estrutura auxiliando no resgate do acidentado
Foto C -  Outro colega que estava no solo auxiliando no resgate do acidentado. O trabalhador veio a falecer
Trauma de suspensão pode ocorrer quando uma pessoa fica pendurada por um cinto corporal de proteção contra queda. As tiras das pernas do cinto podem comprimir as veias, fazendo com que o sangue acumule-se nas pernas. Quando isso acontece, o coração e subseqüentemente o cérebro não receberão sangue suficiente para funcionar adequadamente, resultando em uma reação natural: desmaio. Se a pessoa estiver de pé o desmaio trará o sangue acumulado nas pernas para o mesmo nível do coração. Entretanto, quando a pessoa fica pendurada e perde a consciência o cinto a mantém em uma posição vertical, segurando o sangue nas extremidades
inferiores.

Muitos fatores podem ajudar para reduzir a possibilidade de trauma de suspensão, inclusive o uso de cinto e de absorvedor de choque adequado, ou de um sistema que reduza as forças de tensão, e ainda o fato de o trabalhador poder ou não movimentar as pernas.
Infelizmente, a melhor posição para suportar as forças de uma queda (argola dorsal, próxima à vertical) não é a melhor posição para ficar suspenso inconsciente por um período de tempo.

As  tiras de Segurança de Trauma de Suspensão DBI-SALA ajudarão a reduzir esses efeitos, mas é preciso ser capaz de trazer o trabalhador inconsciente e o consciente em queda até o chão.
Para fazer isso rápida, eficiente e seguramente, deve-se ter um plano de resgate que aborde;
■ as áreas de risco,
■ as áreas preventivas,
■ medidas e sistemas de resgate, treinamento, duração e
■ serviços de resgate, entre outros.

A escolha de equipamentos deve sempre depender da situação. Seja conduzindo o resgate de um trabalhador em queda ou em auto-resgate com um dispositivo automático ou controlado manualmente, o objetivo é trazer o trabalhador ao chão segura e rapidamente.
Uma solução de resgate é utilizar um sistema de subida e descida para posicionar a pessoa que fará o resgate no local de forma a prender o trabalhador em queda. Esse sistema deve ser pré-montado e proporcionar um nível de controle maior que qualquer sistema de guincho  improvisado. O sistema original e melhor de subida e descida do ramo é o Rollgliss® R350.
O Rollgliss® apresenta um cabeçote superior que gira com uma corda durante as operações de subida e pára a fim de criar uma fricção de amarração que permite desacelerar a descida e subseqüentemente permitir uma descida controlada.
A beleza desse sistema é a simplicidade: para usar simplesmente retire-o da sacola, prenda o mosquetão de ancoragem a uma ancoragem segura e o outro mosquetão a uma pessoa de resgate ou a um trabalhador em queda. O sistema de vantagem mecânica e descida é pré-projetado e montado.

Em caso de uma situação de emergência que exija a evacuação de um local onde a rota principal de escape não está mais disponível, os trabalhadores necessitarão ter um dispositivo de descida. Um dispositivo de descida de controle automático permite que o operador simplesmente prenda o cinto a um dispositivo e desça ao chão, a uma velocidade de descida controlada.
Algumas situações de trabalho requerem um nível de portabilidade oferecido pelos abaixadores automáticos. A área de aterrissagem abaixo to trabalhador pode não ser condutiva para descida a uma velocidade pré-estabelecida que não tenha a capacidade de parar diante de um obstáculo.

Nesses casos, a ferramenta mais eficaz para o trabalhador é um dispositivo de controle manual que permita ao trabalhador diminuir a velocidade ou parar. Os sistemas de descida manuais são simples de serem colocados em uma corda ou correia e têm capacidade de conexão automática à corda/correia, caso o trabalhador entre em pânico ou solte-se.

Essa característica de travamento é muito importante, uma vez que elimina a possibilidade de o trabalhador cair, caso esteja ferido ou inconsciente. Embora os dispositivos manuais de descida ofereçam maior nível de flexibilidade que os automáticos, eles também requerem um maior nível de conhecimento.
Seja sua necessidade de resgate ou de evacuação, a escolha da ferramenta adequada para o trabalho é crítica. Uma vez escolhida, garanta que os trabalhadores que as usarão sejam devidamente treinados para que o resgate ou evacuação do local seja seguro, simples e eficiente. Lembre-se de sempre resgatar um trabalhador em queda de forma mais rápida e segura possível, fazê-los manter as pernas em movimento para ajudar o fluxo do sangue e de nunca deitar um trabalhador inconsciente ou imóvel com sinais de trauma de suspensão. Fonte: Capital Safety

Comentário:  É imprescindível que inicialmente, a empresa tenha um plano de salvamento para todos os cenários, que possibilitem a ocorrência de traumas ocasionados por quedas (empresas especializadas podem elaborar), após análise de riscos destes locais devem  optar em treinar todos seus funcionários que trabalhem em altura conforme trata a NR-35 e ter uma equipe de resgate para pronto-atendimento ou que seus funcionários  sejam treinados para atuarem em auto-resgate. Não confundir resgate com evacuação, o resgate requer a recuperação da vítima por  uma equipe preparada para esta finalidade e a evacuação é a ação que num menor espaço de tempo, dependendo do tipo de emergência sair do local sinistrado. Fonte: Storz Treinamento

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posted by ACCA@2:53 PM