Zona de Risco

Acidentes, Desastres, Riscos, Ciência e Tecnologia

terça-feira, setembro 27, 2016

Programa de desativação de equipamentos de proteção contra incêndios

A desativação de um sistema ou equipamento de proteção contra incêndios ocorre quando esse sistema de proteção, alarme ou dispositivo de detecção são parcial ou totalmente retirados de serviço. Isso inclui paradas planejadas ou de emergência do sistema ou dos dispositivos. A probabilidade de um incêndio ou explosão causarem danos de vulto é maior sempre que um sistema, alarme ou dispositivo de detecção está desativado. Quanto mais tempo durar a desativação, maior será essa probabilidade. Desta forma, é preciso minimizar a duração e a abrangência de qualquer desativação, ou providenciar um sistema alternativo de proteção.

Um sistema de proteção pode ser desativado por diversos motivos, incluindo;
■ a manutenção,
■ renovação,
■ construção,
■ falha dos equipamentos ou
■ simplesmente por se esquecer de ativar um sistema ou dispositivo.

Para assegurar que a desativação seja tratada corretamente, a administração deverá ter um programa de desativação implementada, como parte integrante do programa pré-emergência das instalações. Um programa desses exige várias etapas básicas.
1. Atribuir a responsabilidade e a autoridade do controle da desativação a uma pessoa. Normalmente, um engenheiro de fábrica ou supervisor de segurança e proteção contra incêndios é designado. Durante uma emergência, um supervisor de turno ou o chefe da brigada de incêndio poderá ter autoridade para desativar um sistema, mas a responsabilidade geral pela desativação permanecerá com a pessoa designada.
2. Instruir o pessoal da fábrica sobre as precauções básicas a tomar quando um equipamento ou sistema de proteção estiver desativado.
3. Programar procedimentos escritos a serem incorporados ao programa de pré-emergência das instalações. Há três formas de desativação: planejada, de emergência e oculta.
■ Limitar a quantidade, a abrangência e a duração da desativação.
■ Avisar o Corpo de Bombeiros local no início e término de cada desativação.
■ Parar todos os processos perigosos.
■ Retirar os materiais inflamáveis da área.
■ Interromper operações de corte ou soldagem que possam aumentar a probabilidade de ocorrência de um incêndio.
■ Complementar a proteção manual contra incêndios com extintores adicionais.
■ Providenciar uma vigilância de incêndio contínua.
■ Concluir o trabalho de desativação em tempo hábil.
■ Restaurar o sistema de proteção quando o trabalho tiver sido concluído.
■ Verificar, por meio de testes, se o sistema de proteção está em operação.

DESATIVAÇÃO OCULTA
Uma desativação oculta não é conhecida. Ela ocorre quando um sistema de proteção contra incêndio é acidentalmente retirado de serviço ou deixado nessa condição por uma pessoa não autorizada. Normalmente, uma desativação oculta acaba sendo descoberta durante uma inspeção das instalações, por um serviço de segurança ou por uma contratada de sprinklers.
A desativação oculta pode ser evitada:
1. Estabelecendo-se procedimentos a serem seguidos durante uma falta de energia.
2. Assegurando-se que o programa de inspeção das proteções contra incêndios nas instalações seja executado adequadamente e  corretamente. Isto inclui o teste de alarmes e dispositivos de detecção.  
3. Travar todas as válvulas de controle de sprinklers na posição apropriada.
Caso se constate a desativação de um dispositivo ou sistema de proteção, essa condição deverá ser informada imediatamente à pessoa responsável pela proteção contra incêndios. Essa pessoa deverá:
1. Tentar descobrir o motivo de tal condição.
2. Restaurar o sistema de proteção contra incêndios se for possível

DESATIVAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Uma desativação de emergência ocorre quando um evento inesperado compromete o funcionamento normal do sistema de proteção contra incêndios. Um exemplo seria a ruptura ou dano em uma seção da tubulação de sprinklers. Uma situação de emergência costuma ser associada à confusão e a um senso de urgência. Para ajudar a eliminar boa parte da confusão, um procedimento escrito deve ser mantido em um local acessível a todo o pessoal. O procedimento deve tratar do seguinte:
1. Isolar a área onde a condição ou situação esteja causando a desativação. Se possível, manter o restante do sistema de proteção em serviço. Isto poderá exigir conexões provisórias (por exemplo, alimentação cruzada de sistemas de sprinkler usando mangueira e acoplamento de 2½”) ou o desvio do sistema.
2. Avisar o supervisor de turno e a organização de emergência da unidade ou o chefe da brigada de incêndio de que houve uma desativação.
3. Tomar medidas de segurança para as operações perigosas na área onde o sistema de proteção estiver desativado.
4. Etiquetar devidamente o equipamento ou sistema de proteção contra incêndio desativado com uma etiqueta de "Equipamento de proteção contra incêndio desativado"
5. Iniciar os reparos no sistema desativado tão logo a área estiver segura. Continuar trabalhando na desativação até o funcionamento ter sido restaurado. Os trabalhos de soldagem ou corte que possam ser requeridos para esses reparos deverão ser feitos em uma área protegida.
6. Colocar extintores de incêndio portáteis na área comprometida, em pontos de fácil acesso.

Tão logo a situação esteja sob controle e todas as condições inseguras tiverem sido eliminadas, o supervisor encarregado deverá:
1. Avisar o Corpo de Bombeiros que uma desativação de emergência ocorreu e que parte ou todo o sistema de proteção está inoperante.
2. Avisar a empresa de alarmes que uma desativação ocorreu e explicar se algum dos alarmes foi afetado.
3. Avisar à Seguradora que ocorreu uma desativação de emergência.  

DESATIVAÇÃO PLANEJADA
Uma desativação planejada é programada. Ela costuma ser associada a uma modificação ou aperfeiçoamento do sistema existente. Exemplos incluem a adição de uma nova seção de tubulação de sprinklers ou a substituição de sprinklers antigos. Os mesmos procedimentos e considerações descritos para as desativações de emergência deverão ser seguidos para uma desativação planejada.

Entretanto, a desativação planejada deverá ser organizada, reduzindo-se assim a probabilidade de problemas e minimizando o tempo exigido para a desativação. Se os trabalhos a serem executados nos equipamentos ou no sistema de proteção forem terceirizados, não se deve permitir que a empresa contratada desative o sistema sem autorização do pessoal da unidade.

Além disso, deve-se exigir que a contratada siga as regras e requisitos de segurança da unidade. Isso inclui obter permissões e autorizações especiais para perigos.
Como o trabalho é planejado com antecedência, é possível programar a desativação com o departamento de manutenção e operação da fábrica. Isto irá assegurar que:
1. Processos perigosos sejam isolados antes de o sistema de proteção ser retirado de serviço.
2. Precauções adicionais sejam tomadas na área da desativação.
3. Todas as peças e materiais necessários estejam disponíveis antes de se iniciar o trabalho.
4. Partes interessadas externas, como o Corpo de Bombeiros e as empresas de alarmes, serão avisadas com antecedência que o sistema estará fora de serviço.
5. A Seguradora deverá ser avisada com 48 horas de antecedência

NOTIFICAÇÃO DE DESATIVAÇÃO
Quando ocorrer uma desativação de emergência, ou quando uma desativação oculta for encontrada, deve-se notificar imediatamente a:
Seguradora, Corpo de Bombeiros, etc
As seguintes informações devem ser fornecidas:
■ Nome do responsável
■ O nome da empresa
■ Telefone, email
■ Tipo de desativação
■ Que equipamento ou sistema está comprometido/desativado
■ Se o sistema está parcial ou totalmente desativado
■ Uma estimativa do tempo que o sistema ou equipamento ficará desativado
■ As precauções tomadas enquanto perdurar a desativação

RESTAURAÇÃO
Após a conclusão dos trabalhos, é importante assegurar que a proteção contra incêndios tenha sido adequadamente restaurada. São necessárias oito etapas para confirmar que a proteção foi restaurada. Cada etapa deverá ser verificada pela pessoa que autorizou a desativação. As etapas são:
1. Abrir todas as válvulas que foram fechadas durante a desativação. Remover as etiquetas de “Equipamento de proteção contra incêndio desativado” tão logo a abertura das válvulas tenha sido confirmada. Confirmar que o sistema esteja corretamente configurado e que as válvulas estejam abertas, fazendo um teste de dreno de 2”. (Obs.: Caso a pressão caia abaixo do normal durante o teste, a causa pode ser um estrangulamento do sistema ou uma válvula pode estar parcialmente fechada).
2. Recolocar todos os alarmes e dispositivos de detecção em serviço.
3. Retornar ao modo “automático” todos os equipamentos de proteção contra incêndios que tenham sido travados ou colocados em “manual”.
4. Confirmar que os extintores de incêndio estejam posicionados e plenamente carregados.
5. Avisar aos supervisores da fábrica (de turno, da organização de emergência da unidade, ou o chefe da brigada de incêndio) que os equipamentos/sistemas de proteção contra incêndios foram reativados.
6. Notificar o serviço de alarme ou a estações centrais de alarme que a proteção contra incêndios foi restaurada e que os alarmes estão novamente em serviço.
7. Notificar o Corpo de Bombeiros que o sistema de proteção contra incêndios foi restaurado e que todos os alarmes foram ativados.
8. Notificar a Seguradora que o sistema foi restaurado:
Fonte: AIG - Global Property - Loss Prevention Engineering

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sexta-feira, setembro 23, 2016

Crianças: Acidentes com máquinas de lavar roupa

Criança chinesa fica presa em máquina de lavar roupa
            
Uma criança chinesa entrou na máquina de lavar roupa durante uma brincadeira de esconde-esconde e  ficou entalada. A criança teve ser resgatada por uma equipe de emergência..
A criança de três anos de idade estava brincando com sua mãe em sua casa em Taiyuan na província central de Shanxi, quando ele ficou preso.
Os bombeiros tiveram desmontar a máquina, em seguida,  com serra elétrica cortaram e abriram  o tambor de plástico para retirar o menino. A criança foi libertada  depois de duas horas.
Yahoo News - - Ter Nov 30, 2015

 Vídeo

Criança tem braço decepado em centrífuga de roupas em Uruguaiana

Um menino de três anos teve um dos braços decepados em uma centrífuga de roupas na tarde desta quinta-feira (15) em Uruguaiana, na Fronteira Oeste. Não há informações de como o fato aconteceu e se a criança estava acompanhada com algum responsável no momento do incidente.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, o menino recebeu o primeiro atendimento na Santa Casa de Caridade do município, onde aguardou transferência até o início da noite para uma unidade médica da Região Metropolitana.

TRANSFERÊNCIA
A criança foi transferida de helicóptero para o Hospital de Pronto Socorro de Canoas, na Região Metropolitana, no início da noite de quinta. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde de Canoas, o menino não corria risco de vida e foi levado para o HPS da Capital ainda durante a noite. Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde, não será possível fazer a cirurgia de reimplante do membro.

INVESTIGAÇÃO
A Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) de Uruguaiana acionou a Santa Casa de Caridade para receber informações sobre o caso, já que nenhuma ocorrência foi registrada até o início da noite na delegacia responsável do município. O delegado Enio Tassi aguarda para começar a investigar o caso. "Estamos aguardando as primeiras informações da Santa Casa para iniciar o procedimento investigatório. É um caso grave que precisa ser apurado", afirmou. Fonte: Gaucha - 15/09/2016

Criança de dois anos tem braço amputado por centrífuga

Uma criança de apenas dois anos e meio teve o braço direito amputado, depois de prender o membro em uma centrífuga de roupas na sua residência, localizada no município de Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O menino chegou a ser encaminhado para o Hospital Evangélico, na capital, mas não teve como recuperar as lesões, que se estenderam até a altura do ombro.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a mãe estava estendendo roupas quando a criança abriu a tampa e colocou o braço na máquina ligada. Os pais levaram o menino para o posto de saúde da cidade, mas como o caso era grave ele teria que ser transferido para um hospital de Curitiba. Provisoriamente ele teve o braço enfaixado até que chegasse à capital.

Os bombeiros foram acionados por volta das 15 horas e encaminharam a criança até o Evangélico. "A criança aparentava calma, é muito pequena e não tinha ideia da gravidade do acidente. Infelizmente ocorreu esta gravidade e não teve o que ser feito com o braço. Todo o cuidado é pouco, mesmo dentro de casa, entre os 2 e 3 anos de idade eles estão descobrindo o mundo e querem colocar a mão em tudo. Por isso a atenção com os pequenos tem que ser redobrada sempre", disse o soldado Rodrigo Pereira de Lima, do Corpo de Bombeiros.

Conforme a assessoria do Hospital Evangélico, o menino passou pela cirurgia. Ele segue internado, seu estado de saúde é estável e ainda sem previsão de alta. De acordo com a instituição, ele deve permanecer por mais um período para evitar a possibilidade de infecção devido à amputação. Portal Catve - Curitiba - 27/03/2015

Comentário: A criança é Indiana Jones em busca de aventura e perigo, portanto os pais deverão estar atentos, pois o menor descuido será fatal.
Criança fica entalada na máquina de lavar roupa na China
A Comissão de Segurança de Produtos do Consumidor (CSPC, Consumer Product Safety Commission)  estima que no período de 8 anos cerca de 19.109 lesões relacionadas com máquinas de lavar roupa ocorreram envolvendo crianças com idade inferior a 15 anos.

As lesões relacionadas com máquina de lavar roupa foi responsável por cerca de 2.388 atendimentos de emergência e 128 internações por ano. Centrífugas foram responsáveis por quase 20% do total de lesões ou um número estimado de 5361 atendimentos de emergência.

A idade mais comum de lesão era de 1-2 anos. A idade média era de 4 anos para máquinas de lavar e 5 anos para máquinas centrífugas. As vítimas eram predominantemente do sexo masculino com os dois tipos de máquina (60,7% para máquina de lavar e 54,9% para centrífugas).

Os diagnósticos mais comuns de lesões relacionadas com máquina de lavar roupa foram;
 ■ laceração / punção (31,1%),
■ contusão / abrasão / hematoma (25%), e fratura (15,3%).

Os mecanismos mais comuns de lesão associados com lavadoras automáticas;
■Queda ou salto no interior da máquina aparelho (38,5%),
■ Mexer no agitador/cesto  (33,3%), e
■ Colocando uma parte do corpo na máquina em funcionamento (12,8%) 
■ Quando uma parte do corpo foi colocada na máquina em funcionamento, 51,9% das crianças sofreram fraturas. Estas fraturas foram mais frequentemente no antebraço (40,7%) ou na perna (18,5%).

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terça-feira, setembro 20, 2016

Segurança contra incêndios em trabalhos a quente

Os trabalhos a quente são uma das principais causas de incêndio em instalações industriais, segundo a NFPA – Associação Nacional de Proteção contra Incêndios dos EUA. As operações de trabalhos a quente envolvem uma chama aberta que gera calor ou fagulhas, como soldagem, corte com maçarico, corte com arco elétrico, soldagem branda e brasagem. Os trabalhos a quente também envolvem operações de rebitagem a quente, esmerilhamento e descongelamento de tubos. Essas operações aumentam o potencial de incêndio em uma instalação.

Este artigo fornece diretrizes para auxiliar a direção/administração da unidade industrial a adotar uma abordagem sistemática para controlar riscos de incêndio decorrentes de trabalhos a quente e reduzir o potencial de incêndio associado a esses trabalhos. Também explica como preencher corretamente e utilizar as Permissões para trabalho a quente.

O PROGRAMA DEVE SER CLARAMENTE ESCRITO
Um programa eficaz de trabalhos a quente começa pela direção das instalações. A direção desempenha um papel essencial no programa de trabalhos a quente, exigindo e respaldando uma política de permissões de trabalhos a quente na unidade industrial. A política deve ser claramente escrita e documentada para comunicar as responsabilidades, autoridades e consequências do descumprimento do programa de trabalhos a quente. Um programa de trabalhos a quente adequado exige que uma permissão para trabalho a quente seja preenchida antes de se iniciar qualquer trabalho a quente, e devidamente encerrada quando esse trabalho tiver sido concluído. A política deve determinar claramente que qualquer trabalho a quente
que esteja sendo executado sem uma permissão válida será imediatamente interrompido.

Qualquer mudança operacional necessária a execução do trabalho a quente proposto, deve ser analisada segundo o conceito de gestão de mudança do processo. Isso pode incluir a identificação e avaliação de riscos associados a essas mudanças operacionais, mesmo que em caráter temporários.

O programa de trabalho a quente deve se aplicar a todas as empresas contratadas. Os contratos deverão estabelecer que a permissão para trabalho a quente da unidade será utilizada por empresas contratadas em todas as atividades de trabalho a quente.
A permissão para trabalho a quente deverá ser emitida a funcionários próprios ou de empresas contratadas que irão realizar o trabalho somente depois de tomadas as devidas precauções. As permissões para trabalho a quente somente serão emitidas por gerentes e supervisores qualificados (treinados) da unidade industrial. A Parte 1 (Página 1) da Permissão para trabalho a quente deverá ser retida pelo gerente ou supervisor que a emitir, como comprovante de uma permissão para trabalho a quente aberta.

PERMISSÃO PARA TRABALHO A QUENTE
O primeiro passo na avaliação de uma permissão para trabalho a quente é determinar se o trabalho é realmente necessário. É possível executar essa tarefa em segurança de outra forma? O trabalho pode ser transferido para uma área designada onde uma permissão para trabalho a quente não seja exigida, como a área/oficina de manutenção?
Se o trabalho não puder ser feito de outro modo ou em um local designado, o gerente ou supervisor emissor deverá analisar as precauções de segurança do local e preencher a Página 1 da permissão para trabalho a quente.
Data de validade da permissão: A permissão deverá ser limitada a um único turno. A data de validade da permissão deverá ser documentada no formulário. Se o trabalho não for concluído em um único turno, ou até a data indicada no formulário, será preciso emitir outra permissão.

VIGILÂNCIA DE INCÊNDIO PROLONGADA:
A permissão tem um tempo padrão de vigilância de incêndio de 1 hora. Se o trabalho precisar ser realizado em áreas de armazenamento, nas proximidades destas, ou em outras áreas onde um incêndio latente possa se desenvolver, a vigilância de incêndio prolongada deverá ser empregada. Isso poderá requerer até 3 horas adicionais.

DENTRO DE 10 METROS DA(S) ÁREA(S) DE TRABALHO:
O gerente ou supervisor emissor deverá examinar todos os itens nessa seção e confirmar que todas as precauções aplicáveis foram tomadas. Todas as aberturas em sistemas de dutos deverão ser cobertas para impedir que fagulhas penetrem nos dutos e sejam levadas para dentro do sistema.

TRABALHO EM PAREDES OU TETOS:
O gerente ou supervisor emissor deverá confirmar que todas as precauções aplicáveis foram tomadas.

TRABALHO EM EQUIPAMENTOS ENCLAUSURADOS:
O gerente ou supervisor emissor deverá examinar todos os itens nesta seção e assinalar as caixas aplicáveis.

VIGILÂNCIA DE INCÊNDIO:
O gerente ou supervisor emissor deverá examinar todos os itens nesta seção e assinalar as caixas aplicáveis. Todo o pessoal designado para a vigilância de incêndio deve ser qualificado (treinado) para essa tarefa. O entorno da área onde o trabalho a quente será executado, incluindo áreas das instalações localizadas diretamente acima e abaixo das áreas de trabalho a quente, deverá ser monitorado por 3 horas após a conclusão do trabalho. O pessoal designado para a vigilância de incêndio deverá ter recebido treinamento no uso de equipamentos de proteção contra incêndios (extintores de incêndio portáteis e/ou mangueiras de pequeno porte).
Quando o trabalho a quente tiver sido concluído, o pessoal apropriado deverá preencher os dados na Página 2.

ASSINATURA DE CONCLUSÃO DE TRABALHO A QUENTE:
A pessoa designada para executar o trabalho a quente deverá assinar seu nome, indicando a data e o horário em que o trabalho a quente foi concluído. Isto define o horário de início da tarefa de
vigilância de incêndio na área de trabalho.

ASSINATURA DE CONCLUSÃO DA VIGILÂNCIA DE INCÊNDIO:
A pessoa designada para a vigilância de incêndio deverá assinar seu nome, indicando a data e o horário em que a vigilância de incêndio foi concluída. Quando a permissão exigir uma vigilância de incêndio prolongada, o responsável deverá assinar a liberação depois que o
período prolongado de vigilância de incêndio tiver transcorrido.

ASSINATURA/PREENCHIMENTO DA VERIFICAÇÃO FINAL:
 O gerente ou supervisor emissor deverá assinar a liberação após inspecionar o local e confirmar que todas as assinaturas dos responsáveis constam da permissão.
Depois de o trabalho ter sido aprovado como concluído, a Parte 2 (Página 2) da permissão deverá ser arquivada juntamente com a Parte 1 (Página 1) para indicar que o trabalho foi concluído e que a permissão foi encerrada. Ambas as partes devem ser mantidas em arquivo para análise  ou para auditoria externa/interna.
Fonte: AIG - Global Property - Loss Prevention Engineering
 
PERMISSÃO PARA TRABALHO A QUENTE                                                                                PARTE 1
O trabalho pode ser concluído usando um método diferente, ou em um local menos perigoso, como a oficina de manutenção, de modo a não exigir uma permissão para trabalho a quente?

Permissão número:
Trabalho a quente sendo executado por:
( ) Funcionário:
( ) Contratada:
Data de emissão:
Nº do trabalho, tarefa ou OS:
Localização, prédio e andar:
Natureza da tarefa:
( ) Corte
() Soldagem
( ) Brasagem
() Esmerilhamento
( ) Soldagem branda
() Descongelamento de tubos
() Instalação de coberturas com maçarico
() Outra

O local onde este trabalho será realizado foi
examinado e as precauções necessárias foram tomadas. A presente concede permissão para este trabalho.
Nome do emissor da Permissão:
Assinatura:

Permissão válida até
Data__________ Hora________  ( ) manhã  ( ) tarde
Vigilância de incêndio prolongada

Vigilância de incêndio prolongada exigida
( ) Sim ( ) Não
Duração da vigilância de incêndio prolongada
Horas:

Instruções:
1. Certifique-se de que todas as precauções
aplicáveis tenham sido tomadas e que o local seja seguro para a execução do trabalho a quente.
2. A Parte 1 (primeira página) deve ser preenchida e arquivada.
3. Emita a Parte 2 para a ou as pessoas que irão executar o trabalho a quente e verifique as instruções adicionais na Parte 2.
4. Aviso importante: A unidade deverá seguir as diretrizes indicadas neste formulário, ou as exigidas pela jurisdição local, se mais estritas.

LISTA DE VERIFICAÇÃO DAS PRECAUÇÕES
EXIGIDAS
( ) As operações / tarefas foram revistas e uma Gestão de mudança temporária foi emitida, conforme o necessário.
( ) As permissões de trabalho ou permissões para corte de linha foram examinadas e emitidas conforme o necessário.
( ) As proteções por sprinklers, jatos de mangueira e extintores de incêndio estão em serviço e operacionais.
n Os equipamentos para o trabalho a quente estão em boas condições e disponíveis conforme o necessário.
Dentro de 10 metros da(s) área(s) de trabalho
( ) Todos os materiais inflamáveis foram removidos dos pisos.
( ) Líquidos inflamáveis e combustíveis, poeiras, fiapos e resíduos de óleos combustíveis foram removidos.
( ) Eliminadas todas as fontes que possam gerar atmosferas explosivas.
( ) Pisos inflamáveis foram umedecidos ou cobertos com areia úmida, metal ou outras proteções não combustíveis.
( ) Os materiais inflamáveis foram removidos ou protegidos com lonas resistentes ao fogo ou barreiras de metal.
( ) Todas as aberturas nas paredes e no piso foram cobertas.
( ) Lonas resistentes ao fogo foram colocadas sob o trabalho para recolher fagulhas.
Trabalho em paredes ou tetos
( ) A construção não é inflamável e não tem coberturas ou isolamento inflamáveis.
( ) Os materiais inflamáveis foram afastados da face oposta da parede ou do teto.
Trabalho em equipamentos confinados
( ) Todos os materiais inflamáveis foram removidos do
equipamento.
( ) Os recipientes foram purgados para remoção de líquidos, vapores ou gases inflamáveis ou combustíveis.
( ) Tubulações e tanques pressurizados foram retirados de serviço, isolados e despressurizados (BLOQUEIO E ETIQUETAGEM).
( ) Os equipamentos com energia armazenada ou elétrica foram retirados de serviço e isolados (BLOQUEIO E ETIQUETAGEM).
Vigilância de incêndio
( ) A vigilância de incêndio será executada durante a tarefa e por um período mínimo de 1 hora após a conclusão da tarefa, ou pela duração da vigilância de incêndio prolongada.
( ) Os vigias de incêndio foram treinados no uso de extintores de incêndio portáteis ou linha(s) de mangueiras de incêndio sob pressão e receberam estes equipamentos.
( ) Um vigia de incêndio foi designado para os pisos abaixo, caso exista uma abertura que possa permitir a queda de fagulhas ou brasas.
( ) Os vigias de incêndio foram treinados em como acionar corretamente um alarme de incêndio usando os procedimentos de alarme de incêndio ou o sistema de alarme de incêndio local.
( ) A área de trabalho a quente será monitorada por 3 horas após a conclusão do trabalho.
Esta permissão não pretende descrever todos os perigos, nem indicar que outros perigos não existam na empresa. O formulário  deve se adaptar as característica de cada empresa.



PERMISSÃO PARA TRABALHO A QUENTE                                                                                  PARTE 2
Global Property - Loss Prevention Engineering
O trabalho pode ser concluído usando um método diferente, ou em um local menos perigoso, como a oficina de manutenção, de modo a não exigir uma permissão para trabalho a quente?

Permissão número:
Trabalho a quente sendo executado por:
( ) Funcionário:
( ) Contratada:
Data de emissão:
Nº do trabalho, tarefa ou OS:
Localização, prédio e andar:
Natureza da tarefa:
( ) Corte
() Soldagem
( ) Brasagem
() Esmerilhamento
( ) Soldagem branda
() Descongelamento de tubos
() Instalação de coberturas com maçarico
() Outra

O local onde este trabalho será realizado foi
examinado e as precauções necessárias foram tomadas. A presente concede permissão para este trabalho.
Nome do emissor da Permissão:
Assinatura:

Permissão válida até
Data__________ Hora________  ( ) manhã  ( ) tarde
Vigilância de incêndio prolongada

Vigilância de incêndio prolongada exigida
( ) Sim ( ) Não
Duração da vigilância de incêndio prolongada
Horas:

Instruções:
1. Para a pessoa executando o trabalho a quente:
Registre o horário em que o trabalho começou e afixe a permissão no local do trabalho a quente. Uma vez concluído o trabalho a quente, registre a data e o horário em que o trabalho foi concluído e deixe a permissão no local.
2. Vigilância de incêndio: Antes de deixar o local de trabalho a quente, faça uma inspeção final, assine e registre a data e horário em que a vigilância de incêndio foi encerrada e avise o emissor da permissão que a vigilância de incêndio foi encerrada.
3. Verificação final: A pessoa que fizer a verificação final deve assinar e registrar a data e horário da verificação final e devolver a permissão ao emissor.
Assinatura de conclusão de trabalho a quente:
__________________________ Data/horário_______________

Assinatura de conclusão da vigilância de incêndio:
__________________________ Data/horário_______________

Assinatura da conclusão da verificação final:
__________________________ Data/horário_______________


LISTA DE VERIFICAÇÃO DAS PRECAUÇÕES
EXIGIDAS
( ) As operações / tarefas foram revistas e uma Gestão de mudança temporária foi emitida, conforme o necessário.
( ) As permissões de trabalho ou permissões para corte de linha foram examinadas e emitidas conforme o necessário.
( ) As proteções por sprinklers, jatos de mangueira e extintores de incêndio estão em serviço e operacionais.
n Os equipamentos para o trabalho a quente estão em boas condições e disponíveis conforme o necessário.
Dentro de 10 metros da(s) área(s) de trabalho
( ) Todos os materiais inflamáveis foram removidos dos pisos.
( ) Líquidos inflamáveis e combustíveis, poeiras, fiapos e resíduos de óleos combustíveis foram removidos.
( ) Eliminadas todas as fontes que possam gerar atmosferas explosivas.
( ) Pisos inflamáveis foram umedecidos ou cobertos com areia úmida, metal ou outras proteções não combustíveis.
( ) Os materiais inflamáveis foram removidos ou protegidos com lonas resistentes ao fogo ou barreiras de metal.
( ) Todas as aberturas nas paredes e no piso foram cobertas.
( ) Lonas resistentes ao fogo foram colocadas sob o trabalho para recolher fagulhas.
Trabalho em paredes ou tetos
( ) A construção não é inflamável e não tem coberturas ou isolamento inflamáveis.
( ) Os materiais inflamáveis foram afastados da face oposta da parede ou do teto.
Trabalho em equipamentos confinados
( ) Todos os materiais inflamáveis foram removidos do
equipamento.
( ) Os recipientes foram purgados para remoção de líquidos, vapores ou gases inflamáveis ou combustíveis.
( ) Tubulações e tanques pressurizados foram retirados de serviço, isolados e despressurizados (BLOQUEIO E ETIQUETAGEM).
( ) Os equipamentos com energia armazenada ou elétrica foram retirados de serviço e isolados (BLOQUEIO E ETIQUETAGEM).
Vigilância de incêndio
( ) A vigilância de incêndio será executada durante a tarefa e por um período mínimo de 1 hora após a conclusão da tarefa, ou pela duração da vigilância de incêndio prolongada.
( ) Os vigias de incêndio foram treinados no uso de extintores de incêndio portáteis ou linha(s) de mangueiras de incêndio sob pressão e receberam estes equipamentos.
( ) Um vigia de incêndio foi designado para os pisos abaixo, caso exista uma abertura que possa permitir a queda de fagulhas ou brasas.
( ) Os vigias de incêndio foram treinados em como acionar corretamente um alarme de incêndio usando os procedimentos de alarme de incêndio ou o sistema de alarme de incêndio local.
( ) A área de trabalho a quente será monitorada por 3 horas após a conclusão do trabalho.
Esta permissão não pretende descrever todos os perigos, nem indicar que outros perigos não existam na empresa. O formulário  deve se adaptar as característica de cada empresa.


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terça-feira, setembro 13, 2016

A Grande cheia: O tsunami que arrasou Recife em 1975

CENÁRIO: RIO CAPIBARIBE
O rio Capibaribe nasce na divisa dos municípios de Jataúba e Poção, percolando por vários centros urbanos e servindo de corpo receptor de resíduos industriais e domésticos.
Apresenta direção inicial sudeste-nordeste, até as proximidades de Santa Cruz do Capibaribe, quando seu curso toma a direção oeste-leste, percorrendo uma extensão total de cerca de 280 km até sua foz, na cidade do Recife. Em vários trechos, serve como divisa entre municípios pernambucanos, como entre Santa Cruz do Capibaribe e Brejo da Madre de Deus.
O rio Capibaribe apresenta regime fluvial intermitente nos seus alto e médio cursos, tornando-se perene somente a partir do município de Limoeiro, no seu baixo curso.
A bacia do rio Capibaribe apresenta uma área de 7.454,88 km² (7,58% da área do estado), abrangendo 42 municípios pernambucanos.

A GRANDE CHEIA DE 1975
A grande cheia de 1975 começou numa quinta-feira, em 17 de julho, devastando os principais bairros da cidade. O Rio Capibaribe e diversos canais transbordaram, alagando áreas inteiras de bairros com Casa Forte, Madalena, Torre, Cordeiro, Derby, Graças, Iputinga e tantos outros. As ruas ficaram intransitáveis, milhares de pessoas ficaram desalojadas por conta de desabamentos e perda total de suas residências. A água também devastou outras cidades, como São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana. Segundo a Fundação Joaquim Nabuco, 25 municípios banhados pelo Rio Capibaribe foram atingidos.

DANOS
Na capital e interior, 1.000 km de ferrovias ficaram sem condições de tráfego, pontes desabaram, casas foram arrastadas pelas águas. Em Recife, 31 bairros, 370 ruas e praças ficaram submersos; 40% dos postos de gasolina da cidade foram inundados; o sistema de energia elétrica foi cortado em 70% da área do município; quase todos os hospitais ficaram inundados. Por terra, a cidade ficou isolada do resto do país durante dois dias.
O prejuízo estimado, à época,  foi de 1,5 bilhão de cruzeiros (2,8 bilhões de reais)

VÍTIMAS
A enchente matou 104 pessoas, deixando 350 mil desabrigados.

TESTEMUNHAS
"Ficou tudo inundado. A água só começou a baixar no outro dia, mas a cidade ficou destruída", lembra a aposentada Maria Helena das Neves, 83 anos. "Não estava chovendo, era um dia de sol lindo. Mas o Rio Capibaribe foi subindo e atingiu seu pico máximo. A população ficou incrédula. Ninguém acreditava que a água chegaria àquela altura", conta o historiador Leonardo Dantas.  
"De fato, foi a maior enchente que Recife enfrentou. Dois terços da cidade ficaram inundados. Tivemos que começar tudo de novo", diz o historiador  Leonardo Dantas, que analisou as cheias do Rio Capibaribe desde o século 19. Segundo ele, a construção de barragens ao longo do curso de água evitou novas cheias como esta. As obras ainda teriam permitido o crescimento de áreas que ficavam inundadas com frequência até a década de 1970, como Apipucos e Casa Forte. "Ninguém construía nada ali, porque alagava até com a maré alta. Era considerada uma terra maldita", afirma. Fonte: Jornal do Commercio – 18 e 25 /04/2015, G1-17/07/2015

Comentário: 

DADOS HISTÓRICOS
O período das grandes enchentes em Pernambuco tem sido historicamente de junho a agosto. Entre os meses de janeiro e fevereiro só há registros, em toda a História, de duas pequenas inundações, assim mesmo restritas a algumas áreas de Recife. Uma breve linha do tempo das enchentes ocorridas no estado de Pernambuco, obtida dos arquivos de jornais da cidade, é apresentada a seguir.

1632 - A 28 de janeiro, ocorre a primeira enchente de que se tem notícia em Recife, "causando perdas de muitas casas e vivandeiros estabelecidos às margens do Rio Capibaribe".

1638 - Maurício de Nassau manda construir a primeira barragem no leito do Rio Capibaribe para proteger Recife das enchentes: foi o Dique de Afogados, que tinha mais de 2 km e hoje é uma rua do Recife, a Imperial.

1824 - Entre fevereiro e abril, nova enchente atinge Recife.

1842 - Junho. Enchente atinge Recife, derrubando várias casas. Pontes desabaram; trens saíram dos trilhos; milhares de pessoas ficaram desabrigadas. Foi a primeira enchente de grandes proporções do Rio Capibaribe.

1854 – Ocorre a maior enchente do século XIX. Durou 72 horas, atingindo todos os bairros de Recife. Derrubou a muralha que guarnecia a Rua da Aurora; parte do cais da Casa de Detenção veio abaixo; a cidade ficou sem comunicações com o interior; no porto de Recife, os navios foram atirados uns contra os outros.

1862 - Nova enchente castiga Recife.

1869 - Grande enchente destrói as pontes da Torre, Remédios e Barbalho, e rompe os aterros da via férrea de Recife. Foi a maior enchente até então, tendo o imperador Pedro II determinado que o engenheiro Rafael Arcanjo Galvão viesse a Pernambuco "estudar o problema".

1870 - A 16 de Julho, o bacharel em matemática e ciências físicas José Tibúrcio Pereira de Magalhães, diretor de Obras e Fiscalização do Serviço Público do Estado, sugere ao governo imperial a construção de uma série de barragens nos principais afluentes do rio Capibaribe, para evitar cheias em Recife.

1884 - Outra enchente atinge Recife.

1894 - Em junho, enchente atinge todos os subúrbios recifenses situados às margens do rio Capibaribe.

1899 - 01 de Julho. Vários bairros de Recife foram inundados por cheia do rio Capibaribe. No município de Vitória de Santo Antão, desaba o segundo encontro da ponte sobre o rio Itapicuru.

1914 - Outra enchente desaba sobre Recife, deixando vários mortos.

1920 - A 14 de Abril, grande enchente deixa Recife isolada do resto do Estado, durante três dias. Postes foram derrubados; linhas telegráficas interrompidas; trens paralisados; pontes vieram abaixo, entre elas a da Torre. Os bairros de Caxangá, Cordeiro, Várzea e Iputinga ficaram totalmente isolados do resto da cidade.

1924 - Nova enchente deixa os bairros da Ilha do Leite, Santo Amaro, Afogados, Dois Irmãos, Apipucos, Torre, Zumbi e Cordeiro complemente submersos. O prédio do Serviço de Saúde e Assistência desabou e as obras do Quartel do Derby sofreram grandes prejuízos.

1960 - Nova enchente do rio Capibaribe castiga Recife.

1961 - Enchente deixa 2 mil pessoas desabrigadas em Recife.

1965 - Outra enchente castiga Recife. Os bairros de Caxangá, Iputinga, Zumbi e Bongi ficaram complemente inundados. Nas áreas mais próximas ao Rio Capibaribe, a água cobriu o telhado das casas.

1966 - Enchente catastrófica provocada pelo rio Capibaribe, com a água atingindo mais de 2 metros de altura, nas áreas mais baixas do Recife. Em poucas horas, toda a extensão da Av. Caxangá foi transformada num grande rio. Na capital e interior, mais de 10 mil casas (a maioria mocambos) foram destruídas e outras 30 mil sofreram danos, como paredes derrubadas. Morreram 175 pessoas e mais de 10 mil ficaram desabrigadas. O nível do rio Capibaribe subiu 9,20 metros além do nível.

1967 - A Sudene apresenta relatório de uma comissão de técnicos, constituída logo após a enchente, buscando encontrar soluções para o problema. O relatório sugere a construção de barragens nos seus principais afluentes e no próprio rio Capibaribe, que é a mesma sugestão apresentada quase um século antes pelo engenheiro José Tibúrcio.

1970 - Ano atípico, quando duas enchentes ocorreram, a primeira nos dias 21 e 22 de julho, havendo coincidência entre picos de descarga do rio e maré alta. Vinte dias após esse evento, no dia 10 de agosto, a cidade ficou totalmente inundada por chuvas locais. A chuva, que se concentrou em Recife e em Olinda, atingiu em 16 horas,   uma precipitação de 336 mm, com intensidade que alcançou até 65mm/hora.
Em Julho, as águas atingem a zona da Mata Sul e o Agreste do Estado, por conta do transbordamento dos rios Una, Ipojuca, Formoso, Tapacurá, Pirapama,Gurjaú, Amaraji e outros. A cidade que mais sofreu foi a cidade de Cabo, que teve quatro dos hospitais inundados e várias indústrias pararam suas atividades. Em Recife, as águas da Capibaribe causaram grande destruição. Na capital e interior, 500 mil pessoas foram atingidas e 150 morreram; 1.266 casas foram destruídas em 28 cidades. Em Recife, 50 mil pessoas ficaram desabrigadas. Em Agosto, a nova cheia que atingiu Recife e Olinda, foi provocada pelo rio Beberibe. Em Olinda, 5 mil pessoas ficaram desabrigadas e foi decretado estado de calamidade pública.

1971 – Iniciadas as obras da barragem de Tapacurá, no rio de mesmo nome,sendo a primeira providência tomada com relação ao controle das cheias.

1973 – Concluída as obras da construção da barragem de Tapacurá, em 25/07/1973. A Barragem de Tapacurá era a solução definitiva para dois graves problemas que afetavam Recife: abastecimento de água da população e "o fim" das enchentes.

1974 - Outra enchente atinge Recife. A Comissão de Defesa Civil, que tinha previsão do avanço das águas, retirou a tempo a população das áreas ribeirinhas. Em São Lourenço da Mata, uma ponte ficou parcialmente destruída e a população isolada. No município de Macaparana, 20 pessoas morreram, por conta do transbordamento do riacho Tiúma.

1975 - Considerada a maior calamidade do século, esta enchente ocorreu entre os dias 17 e 18 de Julho. Recife foi mais uma vez vítima de inundações, que alcançou níveis nunca antes verificados, atingindo mais de 50% de toda a área urbana da cidade. Outros 25 municípios da bacia do Capibaribe também foram atingidos. Morreram 107 pessoas e outras 350 mil ficaram desabrigadas.

1977 - A 01 de Maio, nova enchente do Rio Capibaribe deixa 16 bairros de  Recife embaixo d'água. Olinda e outras 15 cidades do interior do Estado também foram atingidas. Mais de 15 mil pessoas ficaram desabrigadas e só não foram registradas mortes porque a população das áreas ribeirinhas foram retiradas antes. São Lourenço da Mata foi o município mais atingido. Em Limoeiro, houve desabamento de ponte.

1978 – E m 29 de Maio é inaugurada a Barragem de Carpina, construída para conter as enchentes do rio Capibaribe. Com 950 metros de comprimento, 42 metros de altura, a barragem tem capacidade para armazenar 295 milhões de m3 de água.

2000 - Entre os dias 30 de julho e 01 de agosto, fortes chuvas castigaram o Estado, inclusive a Região Metropolitana do Recife, deixando um total de 22 mortos, 100 feridos e mais de 60 mil pessoas desabrigadas. Cidades foram parcialmente destruídas, tendo ás águas que transbordaram dos rios levado pontes e casas. As chuvas foram anunciadas com 40 dias de antecedência pelos serviços de meteorologia, mas as autoridades governamentais deram pouca importância à previsão. As chuvas atingiram 300 milímetros em apenas três dias e só na RMR aconteceram 102 deslizamentos de barreiras.

2004 - Fortes chuvas entre 08 de janeiro 02 de fevereiro de 2004 castigam todas as regiões do Estado, deixando 36 mortos e cerca de 20 mil pessoas desabrigadas. As chuvas (jamais registradas entre os dois primeiros meses do ano) foram provocadas por fenômenos meteorológicos atípicos (frente fria e outros) e destruíram pontes e estradas, açudes romperam, casas desabaram, populações inteiras ficaram ilhadas.

2005 – Entre os dias 30 de maio e 02 de junho, fortes chuvas provocaram enchentes em 25  cidades do Agreste, Zona da Mata e Litoral pernambucanos, deixando 36 mortos e mais de 30 mil pessoas desabrigadas. Cerca de sete mil casas foram parcial ou totalmente destruídas; 40 pontes foram danificadas; 11 rodovias estaduais foram atingidas, sendo que sete delas ficaram interditadas; a água inundou ruas centrais, hospitais, escolas e casas comerciais de várias cidades, provocando enormes prejuízos materiais.

2010 – Entre os dias 17 e 19 de junho, uma enchente atingiu 67 cidades pernambucanas, principalmente da Zona da Mata e Agreste do Estado, deixando um rastro de destruição. Foi a maior tragédia da década: 21 pessoas morreram, enquanto 26.970 ficaram desabrigadas e 55.650 pessoas ficaram desalojadas; 14.136 casas foram destruídas; 142 pontes ficaram danificadas, sendo que muitas delas foram totalmente levadas pela água; 5.000 km de estradas foram danificadas; 12 municípios decretaram estado de calamidade pública e 27 ficaram em situação de emergência. Fonte: Riachos Urbanos do Recife - 13 de julho de 2015

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sexta-feira, setembro 09, 2016

Carro com piloto automático faz sua primeira vítima

Modelo Tesla Model S 
A inteligência artificial aplicada em veículos fez sua primeira vítima,  Joshua Brown,  proprietário de um carro Tesla Model S, perdeu a vida quando seu carro acabou embaixo de uma carreta em uma estrada da Flórida. Segundo o registro oficial os fatos aconteceram em 7 de maio  de 2016 às 15h40, horário local.  

COMO ACONTECEU O ACIDENTE
O veículo estava no modo semiautônomo ou "Autopilot", em que o carro dirige sozinho dentro de algumas restrições.
O acidente com o Model S aconteceu em uma rodovia em Williston, Flórida,  e os sensores do carro não perceberam que uma carreta virou à esquerda à sua frente, em um cruzamento. O carro acabou entrando embaixo do caminhão e o teto foi arrancado e continuou se arrastando até sair da pista e bater em uma cerca. O motorista morreu na hora. O condutor do caminhão não se machucou.

O QUE É O AUTOPILOT
Em sistemas como o 'Autopilot' da Tesla, o carro assume o controle sob certos limites e regras, como a de que o motorista deve manter a mãos no veículo, para reassumir o controle a qualquer momento, se necessário.
Essa tecnologia, chamada de semiautônoma, seria um passo anterior à autonomia total, que é quando o carro terá controle completo durante toda a jornada, dispensando a atenção do motorista. Carros totalmente autônomos só existem em testes, mas ainda não são vendidos em nenhum lugar do mundo.
Segundo a Tesla, o "Autopilot" também está em fase de testes e os motoristas são avisados disso.  

POR QUE CARRO SEMIAUTÔNOMO DA TESLA SE ACIDENTOU?
Morte de motorista num acidente envolvendo piloto automático indica fraquezas desse tipo de veículo.  
■ Quais sensores estavam instalados no acidentado Tesla S?
O veículo dispõe tanto de um radar como de sensores óticos. O radar detecta objetos refletores, tais como metal, pedras e asfalto. As câmeras óticas identificam as áreas ao redor do carro como uma nuvem de pixels. A partir do movimento dos pontos, os sensores calculam se pedestres ou outros veículos invadem o caminho previamente traçado pelo sistema.

■ O que se sabe sobre o acidente?
Sabe-se que o piloto automático estava ativado e que um grande caminhão entrou na via, após virar num cruzamento. O Tesla S colidiu com a carreta, provavelmente sem frear. A  montadora disse que as condições de iluminação eram incomuns: a carreta do caminhão tinha uma lateral branca, que pouco se destacava de um céu claro e sem nuvens.

■Por que os sensores não detectaram o caminhão?
Nesta fase, podem ser dadas apenas respostas especulativas. Em qualquer caso, os dois sistemas de sensores precisam ser analisados separadamente. É possível que os sensores óticos não tenham reconhecido o caminhão, porque este não se destacou do fundo também claro – a distinção entre céu e lateral da carreta.
Por que o radar não detectou nada é mais difícil de responder: possivelmente, o meio da carreta estava demasiadamente elevado para ser detectado pelos sensores de radar montados no para‑choque do Tesla.

■Por que o motorista não freou?
Isso, com certeza, ninguém saberá dizer. A Tesla adverte que os motoristas devem se dedicar integralmente ao tráfego, mesmo quando usam o piloto automático. Quando o motorista retira as mãos do volante, surge uma mensagem de aviso, e o carro reduz a velocidade gradualmente até que o motorista recoloque as mãos no volante outra vez.
O software do piloto automático ainda é uma versão beta. Em softwares de computadores, tais versões são oferecidas a clientes para colher experiências e feedback antes de a versão final ser lançada. Críticos têm observado que isso talvez não devesse ser aplicado em casos de tecnologias tão sensíveis.

■Quais os pontos fracos de sensores óticos?
Sensores óticos têm várias tarefas em carros autônomos: eles devem reconhecer sinais de trânsito e semáforos, pedestres, crianças, animais e ciclistas. Mas eles podem falhar com fraca visibilidade. Assim como seres humanos, os sensores óticos também podem ser "cegados" por luz contrária.
Além disso, neblina, neve, chuva pesada e escuridão podem fazer com que os sensores não detectem tudo corretamente. O mesmo vale para ventos fortes próximos as árvores durante o outono, época em que as folhas estão secas e caindo.
Além de sensores de câmera, existe a possibilidade de fazer uma varredura da área circundante do veículo com um scanner a laser rotativo. Porém, esses equipamentos raramente são instalados em veículos no mercado.

■Quais os pontos fracos de sensores de radar?
Sensores de radar detectam principalmente outros veículos e superfícies duras. Eles também têm sua percepção prejudicada por chuva, nevoeiro e neve, mas não por luz contrária. Por outro lado, cursos de estradas curvilíneos e montanhosos podem gerar análises incorretas.
Por exemplo, quando um carro autônomo trafega por uma via descendente ou ascendente, o asfalto pode refletir o sinal do radar. O sistema então pensa "há um veículo à frente" e reduz a velocidade – mesmo se a estrada estiver completamente livre.
O radar também tem dificuldades para avaliar o tráfego contrário de caminhões numa estrada estreita. O pouco espaço é suficiente para o sistema inicializar uma frenagem brusca.

■Quais as fraquezas do sistema central do veículo autônomo?
O mais complicado na condução autônoma é a programação inteligente do cérebro do veículo. Quando ele deve tomar a decisão de frear ou desviar? Nas rodovias, que são largas, aonde todos vão somente numa direção e a atenção está praticamente voltada somente para carros, caminhões e motocicletas, ainda é relativamente fácil. No tráfego da cidade ou em estradas arborizadas, no entanto, já em bem diferente.
Erros típicos ocorrem, por exemplo, quando há tráfego em sentido contrário: se um carro entra numa faixa para dobrar à esquerda, e isso numa via sinuosa, o carro autônomo poder dar início a uma frenagem. O mesmo pode ocorrer quando outro veículo está estacionado na rua, mas ainda há espaço suficiente para passar. Dependendo da situação, o carro autônomo pode simplesmente frear também. Fonte: Deutsche Welle – 02.07.2016

Comentário: Não devemos esquecer que a falha sempre acompanha a tecnologia. Não existe tecnologia cem por cento segura.

Tecnologias em modelos produzidos em série
■ Detecta e alerta sobre mudança intencional de faixa, sinais de sono, pneu com baixa pressão, ponto cego, etc.
■ Ensina a dirigir de forma mais econômica, com alertas sobre troca de marcha e consumo.
■ Protege os ocupantes quando é necessário inflar os airbags.
■ Aciona farol, limpador de para brisa e escurece o retrovisor interno, quando há necessidade.
■ Freia automaticamente para evitar colisão com o carro da frente, em velocidades limitadas
■ Ajuda a retornar a faixa, caso o motorista não reaja ao alerta de que está saindo dela.
■ Mantém velocidade pré-selecionada (controle de cruzeiro ou piloto automático)
■ Altera a suspensão ao ler curvas ou obstáculos adiante na via, para dar conforto
■ Estaciona sozinho ou deixa para o motorista controlar só pedais e o cambio
           
■Liga para o resgate, se perceber que o motorista não reagiu após uma colisão
■ Dirige sozinho, seguindo o carro da frente, em velocidade baixa, mas é preciso manter as mãos  no volante Fonte: G1- 30/06/2016 

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quarta-feira, setembro 07, 2016

NR12-Nota Técnica DSST n.º 179/2016

Análise sobre a aplicabilidade da NR-12 às ferramentas elétricas portáteis e ferramentas elétricas transportáveis; aplicação de normas técnicas nacionais (ABNT) e internacionais (ISO e IEC), bem como de normas Europeias (EN) harmonizadas como evidência do cumprimento do estado da técnica.

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terça-feira, setembro 06, 2016

Samsung suspende venda do Galaxy Note 7 após baterias pegarem fogo

A empresa sul-coreana Samsung anunciou nesta sexta-feira (02/09) que vai realizar um recall mundial do smartphone Galaxy Note 7, após relatos de consumidores de que aparelhos pegaram fogo ou explodiram durante a recarga da bateria. A Samsung já vendeu 1 milhão de aparelhos Galaxy Note 7 na Coreia do Sul e nos Estados Unidos e no mundo, o número chega a 2,5 milhões.

As vendas do modelo serão provisoriamente suspensas em ao menos dez países, incluindo a Coreia do Sul e os Estados Unidos. "Recebemos várias informações sobre a explosão da bateria do Note 7, que foi lançado oficialmente em 19 de agosto", afirmou à imprensa o diretor da divisão de celulares inteligentes da Samsung, Koh Dong-Jin.  

Segundo Koh, os problemas teriam sido causados por "defeitos nas baterias". A empresa estima que para cada um milhão de aparelhos haja 24 baterias defeituosas.
Até quinta-feira, 01 de setembro,  ocorreram 35 casos que foram relatados problemas de bateria. Donos do aparelho começaram a publicar fotos e vídeos do Note 7, alguns deles totalmente carbonizados. Os internautas afirmaram que o smartphone pegou fogo de forma súbita.
O diretor da divisão de telefonia celular da Samsung, Koh Dong-jin, informou que os usuários que compraram o Galaxy Note 7 poderão trocá-los por outros modelos de forma temporária. O smartphone, não chegou a ser lançado oficialmente no Brasil.

A maior inovação do Galaxy Note 7, de bordas curvas e com lápis ótico, é o fato de ser á prova d'água.
Este é o primeiro recall em massa de smartphones da Samsung e deverá ser um duro golpe para a empresa, que havia recentemente recuperado força no mercado após perder espaço nos últimos anos para a americana Apple. Fonte: Folha de São Paulo e Deutsche Welle -  02/09/2016  

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sexta-feira, setembro 02, 2016

Raio mata 323 renas na Noruega

Uma tempestade de raios matou 323 renas no planalto de Hardangervidda, na Noruega. 

Especialistas acreditam que os animais estavam agrupados para se proteger da chuva, o que permitiu que a corrente elétrica se alastrasse. Fonte: Deutsche Welle -Data 29.08.2016









Artigos publicados
Saiba como o raio mata
Proteção contra Raios
Lesões do raio no corpo humano
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